importância da amamentação segundo freud psicanálise

Amamentação: importância segundo a Psicanálise

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Para a psicanálise, a importância da amamentação deve-se ao fato de ter uma dupla função. Uma função nutritiva, de oferecer os nutrientes ao bebê. E uma função ligada à sexualidade, que é o prazer que a criança tem na sucção oral. Como isso funciona? Vamos ver!

Além desse duplo aspecto, há também o simbolismo da proteção. O bebê sente-se acolhido pela mãe, uma condição de proteção que mais se aproxima da ultraproteção uterina.

A importância da amamentação está além da necessidade nutricional do bebê

Conforme Freud (2006), a fixação do bebê em sugar, vai além da satisfação nutritiva, pois significa a busca de obter prazer. Essa fixação deve ser denominada de sexual. A finalidade é o objeto de um instinto: a pulsão.

Esse objeto da pulsão pode ser o próprio corpo, e pode ser alterado quantas vezes for pertinente no decorrer das alterações que o instinto sofre na sua vida. Vale destacar que essa modificação exerce papel extremamente significativo.

Não é simples delimitar tudo que abarca o conceito de sexual. É muito mais do que a união dos genitais de uma pessoa com o sexo oposto. É sexual também o beijo, a masturbação, o toque etc.

Freud e a descoberta de uma sexualidade na infância

Freud chocou a sociedade ao afirmar que havia uma sexualidade infantil. O senso comum possui concepções muito limitadas a respeito da sexualidade. E ainda compreende que a criança é desprovida de sexualidade.

Afirma a opinião popular, que a sexualidade surge na puberdade como um processo de desenvolvimento da maturidade e se expressa apenas na atração intensa por um outro sexo, em geral, o sexo oposto. Afirmado que o objetivo sexual seja apenas a união dos genitais.

Na obra “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, Freud (2006) foi além. Ultrapassou o mundo idílico que foi e é construído em torno da criança, indicando para o fato de que as crianças possuem vivências de prazer e desprazer sexuais. Ele também afirmou que desejos amorosos e odiosos em relação aos genitores ocorrem no íntimo de todas as crianças.

A preservação do equilíbrio vital

Em linhas gerais, o primeiro investimento da energia sexual acontece na figura do cuidado. O ser do cuidado, geralmente é a mãe, assim como, o primeiro desejo violento se dá sobre a figura daquele que cria obstáculos à primeira satisfação: o pai. Aqui, encontramos os fundamentos do complexo de Édipo.

É no período do ato de “mamar”, no momento em que a criança almeja a preservação do equilíbrio vital, que aparecem as experiências primeiras do prazer. Tendo em vista que, ao sugar o seio da mãe, sua boca entra em contato com a dela dela e seus lábios procedem como condutores de sensações prazerosas.

Podemos afirmar que é pela boca que a criança começará a experimentar e a conhecer o mundo. O mundo é primeiro sentido pela boca. É pela boca que inicialmente sentirá prazer. Isso já é uma demonstração da sexualidade. É pela boca que realizará o mais significativo encontro afetivo, que é o encontro com o seio.

A ligação da criança com o peito materno

Quem já viu uma criança saciada recuar do peito e cair no sono, com as faces coradas e um sorriso beatífico, há de dizer a si mesmo que essa imagem persiste também como norma da expressão da satisfação sexual em épocas posteriores da vida (FREUD, 2006, p. 171).

Os lábios e a língua do bebê são verdadeiras zonas erógenas pela qual, ao mesmo tempo em que suga o leite, sente prazer em se alimentar e desta forma, associa a sensação prazerosa à necessidade de alimento.

Como afirma Freud (2006), em crianças de três a cinco anos podemos observar o quanto a sexualidade está existente e é justamente neste período que se inicia a procura do saber e do investigar. Conforme Freud:

Período de latência

Suas relações com a vida sexual entretanto, são particularmente significativas, já que constatamos, pela psicanálise que a pulsão de saber é atraída, de maneira precoce e inesperadamente intensa, pelos problemas sexuais, e talvez seja até despertada por eles (FREUD, 2006, p. 183).

Freud (2006), ao retratar o período de latência, compara a repressão da energia sexual a diques, barreiras que impedem a passagem de energia. Assegura que neste período de latência edificam-se as forças anímicas que, mais tarde, aparecerão como entraves no caminho da pulsão sexual e limitarão seu curso.

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    Fase genital

    Atendo-se um pouco à fase genital, que se inicia por volta dos dez anos de idade, na puberdade e prossegue até o final a vida do ser humano. Nesta fase, o ser humano passará por transformações corporais, biológica, afetivas e sociais. A fase genital é um período de maturidade psíquica e também de organização da estrutura da psique.

    Na fase genital a libido se direciona aos órgãos genitais. Eles passam a ser os principais objetos de prazer. Segundo Fiori (2003), atingir a fase genital significa, para a psicanálise, atingir o pleno desenvolvimento do adulto. Esta fase pressupõe que as adequações biológicas e psicológicas já foram alcançadas.

    Nela, segundo Fiori (2003), o indivíduo é capaz de amar num amplo. Sendo capaz também de definir um vínculo sexual significativo e duradouro. Tendo também uma plena capacidade orgástica, e o prazer que é dela proveniente será elemento fundamental de sua capacidade de amar.

    Conclusão

    É importante destacar que o objeto sexual só estimula a excitação sexual se for colocado no grupo de representações psíquicas.

    Freud desenvolveu elementos para a compreensão das neuroses e da sexualidade no nível psicológico. Desenvolveu-se uma estreita relação entre neurose e a repressão da sexualidade.

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    Referências bibliográficas

    FIORI, Wagner da Rocha. Teorias do Desenvolvimento: Conceitos fundamentais: modelo psicanalítico. São Paulo: Cortez, 2003.

    FREUD, Sigmund. Um caso de histeria, Três ensaios sobre sexualidade e outros Trabalhos. 1901-1905. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume VII. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2006.

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