Depressão Psicótica: o que é, sintomas e tratamento

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Também chamada de psicose depressiva, a depressão psicótica é uma das formas mais severas de depressão.

A Organização Mundial da Saúde destaca um dado preocupante: apenas 3% das pessoas em países em desenvolvimento recebem tratamento adequado para a depressão.

Portanto, a seguir traremos algumas importantes sobre a depressão psicótica, incluindo suas causas, sintomas e os riscos que ela apresenta.

Além disso, veja também como prevenir essa condição e quais são os melhores tratamentos para ajudar quem está passando por essa situação!

O que é depressão psicótica?

A depressão psicótica é um tipo de depressão grave que envolve sintomas psicóticos, como delírios e alucinações, além dos sintomas comuns da depressão, como tristeza profunda, perda de interesse, alterações no sono e no apetite.

Delírios são crenças falsas que não condizem com a realidade, como acreditar que está sendo perseguido ou que tem uma doença grave, mesmo sem evidências para isso.

Alucinações são percepções sensoriais que não têm base na realidade, como ouvir vozes ou ver coisas que não existem.

Esses sintomas psicóticos podem ser muito angustiantes e afetar seriamente a capacidade da pessoa de funcionar no dia a dia.

A depressão psicótica é uma condição grave que geralmente requer tratamento intensivo, com medicamentos antidepressivos e antipsicóticos, além de terapia.

Portanto, é importante procurar ajuda médica se você ou alguém próximo estiver experimentando sintomas de depressão psicótica, pois o tratamento adequado pode aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Causas

Não há uma causa única e definida para a depressão psicótica. Geralmente, é resultado de uma combinação de vários fatores, incluindo:

  • Genética: Ter familiares com transtornos depressivos ou psicóticos aumenta o risco de desenvolver a doença.
  • Desequilíbrio químico no cérebro: Mudanças nos níveis de certos químicos cerebrais, como a serotonina, podem contribuir para o surgimento de sintomas psicóticos e depressivos.
  • Estresse intenso: Eventos extremamente estressantes ou traumáticos podem desencadear ou piorar a depressão psicótica em pessoas vulneráveis.
  • Uso de substâncias: O abuso de álcool ou drogas pode aumentar o risco de episódios psicóticos em pessoas com depressão.
  • Outras doenças: Algumas condições médicas, como doenças neurológicas ou certos tipos de câncer, podem estar relacionadas ao desenvolvimento da depressão psicótica.

Contudo, é importante ressaltar que a depressão psicótica é uma condição complexa e multifatorial, ou seja, geralmente envolve uma combinação desses e possivelmente outros fatores de risco.

Além disso, o apoio familiar e o tratamento adequado são fundamentais para lidar com essa doença.

Sintomas

depressão psicótica

Os sintomas da depressão psicótica podem ser:

  • Agitação
  • Ansiedade
  • Constipação
  • Hipocondria (achar que tem uma doença sem evidência médica)
  • Insônia
  • Dificuldades intelectuais
  • Imobilidade física
  • Delírios ou alucinações
  • Tristeza profunda recorrente
  • Mudanças de humor
  • Baixa energia mental e física
  • Alterações no apetite ou no peso
  • Pensamentos suicidas
  • Comportamento autolesivo

Quais os principais tipos de delírios?

Os pacientes com depressão psicótica podem ter vários tipos de delírios, às vezes acompanhados de alucinações.

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    Veja os mais comuns:

    Alucinações auditivas

    Em primeiro lugar, na alucinação auditiva, a pessoa ouve sons que não existem. Isso pode incluir vozes dando comandos ou conversas que parecem reais, mesmo quando está sozinha.

    Alucinação visual

    Em segundo lugar, na alucinação visual, a pessoa vê coisas que não estão realmente lá. Esse tipo de alucinação também pode ocorrer em outros distúrbios, como demência, esquizofrenia e casos graves de dependência química.

    Alucinação olfativa

    Por fim, na alucinação olfativa, a pessoa sente cheiros desagradáveis que não existem, como fezes, urina, vômito ou animais em decomposição.

    Esse fenômeno é conhecido como fantosmia, que é a percepção de odores sem qualquer estímulo real.

    Diagnóstico

    o que é depressão psicótica

    O diagnóstico da depressão psicótica é realizado por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo. Ademais, ele envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas e do histórico do paciente.

    Primeiramente, o profissional fará uma entrevista detalhada para entender os sintomas que a pessoa está apresentando, como humor deprimido, delírios, alucinações, alterações no sono e apetite, entre outros. Além disso, ele também investigará o histórico médico, familiar e social do paciente.

    Em alguns casos, podem ser solicitados exames adicionais, como análises de sangue ou exames de imagem do cérebro, para descartar outras causas físicas para os sintomas.

    O profissional de saúde mental analisará todas essas informações para determinar se os sintomas preenchem os critérios diagnósticos para a depressão psicótica, de acordo com os manuais de diagnóstico aceitos.

    Em situações mais complexas, pode ser necessário envolver uma equipe multidisciplinar, com outros profissionais de saúde, como neurologistas ou terapeutas, para obter um diagnóstico mais preciso e elaborar um plano de tratamento adequado.

    O diagnóstico correto é fundamental para fornecer o tratamento apropriado e ajudar o paciente a lidar com os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.

    Qual é o tratamento para depressão psicótica?

    O tratamento da depressão psicótica é uma doença mental grave que exige tratamento profissional e pode incluir:
    • Medicamentos: Normalmente, são usadas combinações de antidepressivos e antipsicóticos para estabilizar os sintomas. No entanto, ainda não está claro qual é o tratamento farmacológico mais eficaz. Algumas análises sugerem que a combinação de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) + antipsicóticos de segunda geração é a melhor escolha.
    • Psicoterapia: A combinação de psicoterapia e medicamentos pode ajudar a melhorar os níveis de ansiedade, desesperança e ideação suicida.
    • Hospitalização: Em alguns casos, quando a pessoa está em risco ou os sintomas são debilitantes, pode ser necessária a hospitalização para monitorar e tratar os sintomas de maneira intensiva.
    • Gestão de estresse e estilos de vida saudáveis: Adotar um estilo de vida saudável e práticas de redução de estresse também pode ajudar no tratamento.
    • Suporte psicossocial: O suporte psicossocial também pode ser importante.
    • Eletroconvulsoterapia (ECT): A ECT também pode ser uma opção de tratamento, especialmente para casos refratários. Neste tipo de terapia, uma corrente elétrica é aplicada ao cérebro durante alguns segundos, com o paciente anestesiado.

    No entanto, o tratamento da depressão psicótica vai depender do diagnóstico.

    Por exemplo, se for uma depressão psicótica ligada ao transtorno afetivo bipolar, geralmente é necessário também o uso de um estabilizador. 

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