Polifemo trecho

Polifemo: história do ciclope da mitologia grega

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Polifemo é o nome do lendário Ciclope, filho do deus Poseidon e da ninfa Toosa. Esta figura mitológica foi retratada como um gigante de um olho só e pastor de ovelhas que habitava em uma caverna próxima a Sicília.

Além disso, sua história foi registrada nos poemas de Homero, principalmente na Odisseia. Ali, é narrado como ele participou das aventuras de Ulisses, trazendo simbolismos e associações ao longo da narrativa.

A mitologia grega foi uma fonte de inspiração para diversas obras de arte, literatura e lendas ao longo dos séculos. Uma das criaturas míticas mais icônicas desta cultura é o ciclope Polifemo. Esta figura lendária tem raízes profundas na história e cultura gregas e possui uma história interessante que é contada há séculos.

O que é mitologia grega?

A antiga Grécia foi o berço de muitos mitos lendários, alimentando a imaginação com histórias de deuses, monstros e heróis. A Mitologia Grega abrange a origem da vida, as lutas entre os deuses e os desafios enfrentados pelos heróis, como no mito de Polifemo, onde um homem luta contra um ciclope para salvar sua vida.

Assim, estas lendas fornecem uma profunda compreensão da natureza e de como a humanidade se relaciona com ela, fornecendo uma visão fascinante sobre a cultura grega antiga.

Em outras palavras, as narrativas mitológicas fornecem aos estudiosos informações valiosas sobre a evolução dos comportamentos humanos e suas origens, além dos aspectos sociais das antigas civilizações. Ao longo dos séculos, esses mitos foram registrados não apenas na literatura grega, mas também em outras formas de expressão artística.

Quem foi Polifemo na mitologia grega?

Polifemo resumo

Polifemo tinha a descrição de um temível ciclope que vivia em sua própria ilha, que recebeu a visita de Odisseu e Percy Jackson em suas expedições. Em suma, Polifemo era:

  • um gigante de três metros de altura;
  • extremamente forte, conseguindo levantar várias toneladas;
  • conhecido por ser o mais famoso dos ciclopes, que tinha um olho só;
  • era filho de Poseidon, rei do mar, e da ninfa Thoosa.

Seu principal instrumento de combate era um porrete de madeira enorme e pesado, além de pedras. Notavelmente, ele foi um dos raros monstros da mitologia que nunca foram mortos.

Nas narrativas homéricas, os ciclopes têm suas descrições como uma raça de pastores gigantes, desobedientes e sem lei, que habitavam o sudoeste da Sicília.

Basicamente, os não tinham leis ou instituições políticas e cada um vivia com suas famílias em uma caverna da montanha, com um poder arbitrário. Embora Homero não tenha sido explícito se a maioria dos ciclopes era caolha, o principal deles, Polifemo, era descrito como tendo apenas um olho na testa.

Origem do mito de Polifemo na mitologia grega

Quando Odisseu e seus homens desembarcaram na Sicília, eles ficaram muito felizes ao descobrir uma caverna repleta de provisões, o que era muito necessário já que estavam viajando sem rumo e sem alimento.

Infelizmente, a caverna era propriedade de Polifemo, que a guardava com zelo para se alimentar durante o ano. Então, quando o ciclope retornou de pastorear, encontrou os marinheiros em sua caverna e, como consequência, devorou alguns deles.

Polifeno e Odisseu

Em seguida, com um plano astuto em mente, Ulisses percebeu que estava necessário agir para mudar seu destino. Assim, ofereceu ao gigante um alimento repleto de vinho, a fim de embriagá-lo. À medida que Polifemo ingeria a bebida, foi se tornando cada vez mais sonolento, até que perguntou ao herói da Odisseia qual era seu nome.

No entanto, Ulisses sabia que era preciso enganar o rei Ciclope, então respondeu que seu nome era “ninguém”. Quando o monstro já estava adormecido, Ulisses e seus homens sobreviventes furaram seu olho com um cajado aquecido no fogo, permitindo que eles escapassem, aprisionando Polifeno.

Polifemo gritava desesperadamente por ajuda para seus amigos ciclopes, mas suas palavras não faziam sentido, deixando-os impotentes diante da situação. Após o saque à caverna, o rei ciclope ficou ferido e abandonado.

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    Embora os marinheiros conseguissem escapar, o gigante ainda clamava para seu pai, Poseidon, punisse-os. Assim, o deus dos mares puniu Ulisses durante toda sua jornada.

    Simbologia ciclope Polifemo

    O mito de Polifemo é uma história antiga que ainda tem um poderoso significado. É usado para lembrar aos jovens que receber convidados em nossas casas é uma grande responsabilidade. Esse conto revela que a hospitalidade não deve ser negligenciada e que é importante cumprir as regras de etiqueta e boa educação ao receber visitas.  

    Desse modo, com essa lição, os gregos tentavam ensinar seus jovens a comportarem-se de forma gentil e cortês para com quem os visitava.

    Ao passo que, também há outro lado da simbologia do mito de Polifemo, a respeito da maldade dos heróis em relação aos monstros mitológicos. Embora ele fosse um Ciclope de aparência aterradora, ele despertou mensagens de gentileza e consideração em relação às criaturas inocentes criadas pela natureza. Em suma, essa história é uma narrativa de desigualdade e rejeição para um gigante que já sofria preconceito.

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    Além disso, alguns historiadores acreditam que a expressão “furar o olho” para se referir à traição surgiu de um poema de Homero – o episódio de Ulisses. Nele, o herói consegue conquistar a confiança do gigante ao embebedá-lo, para depois feri-lo. Isso sugere que a expressão é uma lição sobre engano e desconfiança.

    Por fim, alguns afirma que o mito do rei Ciclope se trata de uma sábia lição de causa e consequência. A punição divina de Poseidon à maldade feita com seu filho foi um aviso de que todos devem arcar com as consequências de seus atos. Embora seja uma narrativa fictícia, a história de Ulisses nos ensina importantes valores ao ser incorporada à cultura popular.

    Polifemo trecho

    Demais versões sobre o mito de Polifeno

    Versão de Ovídio

    Ovídio conta que antes de conhecer Odisseu, Polifemo já estava apaixonado por Galateia, uma nereida que vivia na Sicília. Infelizmente, o sentimento não foi retribuído e ela preferiu o jovem pastor Ácis, filho de Fauno e ninfa Symaethis. Quando Polifemo os encontrou juntos, furioso com a rejeição, ele matou Ácis com um enorme bloco de pedra.

    Versão de Díctis de Creta

    Nos escritos de Díctis de Creta há uma versão racionalizada dos acontecimentos. Odisseu e seus companheiros foram recebidos com má vontade pelos irmãos Ciclope e Laestrygon. Seus filhos, Polifemo e Antiphates, mataram inúmeros dos homens de Odisseu, mas Polifemo acabou se compadecendo deles e aceitando uma trégua.

    No entanto, os homens de Odisseu tentaram levar Arene, a filha do rei, que Alphenor havia se apaixonado, e foram expulsos como consequência.

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