O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta pessoas desde a infância. No entanto, muitos só descobrem que estão no espectro ao chegar na fase adulta.
Esse diagnóstico tardio de autismo em adultos acontece por diversos motivos, principalmente porque, com o tempo, muitas pessoas aprendem a esconder ou “camuflar” certos comportamentos para se encaixar nas normas sociais.
Mas afinal, como reconhecer o autismo em adultos? Quais são os tipos de autismo na vida adulta e como lidar com essa condição no dia a dia?
O que é o autismo em adultos?
O autismo não é uma doença e, por isso, não existe “cura”. Trata-se de uma condição neurológica que acompanha a pessoa por toda a vida. Ele pode ser leve, moderado ou severo, e cada indivíduo apresenta um conjunto único de características que variam em intensidade e forma.
No entanto, algumas manifestações são mais comuns e podem indicar a presença de TEA em adultos. A seguir, vamos explorar os principais sinais que podem ajudar a identificar o autismo em pessoas adultas.
Sinais de autismo em adultos
Os sintomas de autismo em adultos nem sempre são fáceis de perceber, principalmente porque muitos adultos com TEA passaram anos aprendendo a “mascarar” certos comportamentos.
Ainda assim, algumas características podem chamar a atenção:
- Dificuldade em interpretar linguagem não verbal: Adultos com autismo podem ter dificuldade para entender gestos, expressões faciais e outros sinais não verbais. Por exemplo, podem não perceber quando alguém está incomodado ou feliz, a menos que isso seja verbalizado.
- Dificuldade com ironias e metáforas: Outro sinal comum é a dificuldade em compreender linguagem figurada. Muitas vezes, essas pessoas interpretam tudo de forma literal, o que pode gerar situações embaraçosas ou parecer que são ingênuas.
- Aparentam falta de empatia: Embora muitas pessoas adultas autistas sintam empatia, elas podem ter dificuldade em demonstrar ou perceber emoções nos outros. Isso pode ser interpretado como falta de sensibilidade, quando na verdade é uma limitação em interpretar esses sinais emocionais.
- Dificuldade em expressar sentimentos: Demonstrar afeto ou falar sobre emoções pode ser um desafio. Além disso, receber demonstrações de carinho também pode gerar desconforto.
- Hiperfoco em interesses específicos: Adultos autistas costumam ter interesses restritos e intensos, o que pode levar a um alto desempenho em áreas específicas. Muitas vezes, isso é visto como um talento excepcional em determinadas áreas.
- Necessidade de rotina: Alterações na rotina podem ser bastante desconfortáveis. Pessoas com autismo adulto tendem a se sentir mais seguras quando seguem uma programação previsível. Mudanças inesperadas podem gerar ansiedade ou irritação.
- Sensibilidade sensorial: Muitos adultos autistas apresentam hipersensibilidade a barulhos, luzes, ambientes muito movimentados e até mesmo ao contato físico. Situações que envolvem muito estímulo sensorial podem ser extremamente desconfortáveis.
Esses sinais, é claro, não são uma regra. Cada adulto autista é único e pode apresentar características diferentes.
Tipos de autismo em adultos
Dentro do espectro autista, existem diferentes níveis que indicam a intensidade dos sintomas e o grau de suporte necessário para lidar com as demandas do dia a dia.
- Autismo leve: Nesse caso, o adulto consegue lidar com a maioria das situações cotidianas, embora possa sentir dificuldades em interações sociais e mudanças na rotina. Muitas vezes, esses indivíduos são considerados introvertidos ou excêntricos.
- Autismo moderado: Pessoas com autismo moderado podem precisar de suporte adicional em atividades diárias, principalmente em situações que exigem interação social ou flexibilidade.
- Autismo severo: Nesse nível, o suporte constante é necessário. A comunicação pode ser bastante limitada e a rotina é fundamental para o bem-estar do indivíduo.
Diagnóstico do autismo na vida adulta
O diagnóstico de autismo em adultos pode ser desafiador, principalmente porque muitas características podem ser confundidas com traços de personalidade, ansiedade ou outros transtornos.
Por isso, o diagnóstico deve ser realizado por um profissional especializado, como um psiquiatra ou psicólogo, que irá avaliar o histórico comportamental, as dificuldades enfrentadas no dia a dia e possíveis comorbidades.
Vale destacar que o diagnóstico não é um rótulo negativo, mas sim uma forma de entender melhor as necessidades da pessoa e buscar formas de melhorar sua qualidade de vida.
Como lidar com o autismo em adultos?
Se você é um adulto com autismo ou convive com alguém no espectro, algumas dicas podem ajudar a tornar o dia a dia mais leve:
- Busque conhecimento: Entender o autismo é o primeiro passo para lidar com a condição de forma mais empática e assertiva.
- Crie uma rotina estruturada: Pessoas com autismo adulto tendem a se sentir mais seguras em ambientes previsíveis. Por isso, estabelecer uma rotina pode ajudar a reduzir a ansiedade.
- Respeite os limites sensoriais: Se barulhos, luzes fortes ou aglomerações são desconfortáveis, evite esses estímulos sempre que possível.
- Fortaleça as habilidades sociais: Participar de grupos de apoio ou terapia pode ajudar a desenvolver habilidades sociais e melhorar a comunicação.
- Valorize os interesses: O hiperfoco em determinados temas pode ser uma força. Aproveite essas habilidades para impulsionar sua carreira ou encontrar atividades que tragam satisfação pessoal.
Conclusão
O autismo em adultos é uma condição que pode trazer desafios, mas também apresenta características únicas que enriquecem a vida dessas pessoas e das que convivem com elas.
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