Carlitos - ideias da Psicanálise sobre Charles Chaplin

Carlitos: 20 ideias da Psicanálise sobre Chaplin

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Charles Chaplin sobrevive no imaginário do cinema mesmo após ter partido décadas atrás. Contudo, seu empenho, imaginação e ousadia sem limites o colocam como uma das figuras mais célebres da sétima arte. Vamos conhecer um pouco da trajetória do famoso Carlitos e 20 ideias da Psicanálise sobre ele.

 

Origens de Charles Chaplin e de Carlitos

Charles Spencer Chaplin Jr. nasceu em 16 de abril de 1889 em Londres, sendo filho de atores e cantores. Os palcos o chamaram muito cedo aos 5 anos onde cantou a canção “Jack Jones”. Acabou órfão quando sua mãe foi colocada em um asilo e o pai morreu, este bem distante do próprio filho.

Charles Chaplin acabou se tornando um ator, diretor, dançarino e produtor inglês de renome na sua época. Dado o talento e inventividade, Carlitos se tornou o artista cinematográfico do cinema mudo mais famoso do mundo. Suas mímicas e comédias do gênero pastelão o consagraram no gênero, embora também construísse críticas nessas obras.

O vagabundo“, The tramp, acabou se tornou o seu personagem mais famoso na carreira. Isso porque, em parte, combinou perfeitamente o homem bastante pobre com a postura de um rico. Vestia-se com casaco, sapatos e calças gastas e largas, além do chapéu de coco, a bengala e seu famoso bigode.

 

O primeiro de muitos sucessos

A trajetória de Carlitos na arte começou de maneira modesta e crescente, mas com muitas possibilidades. Com 19 anos trabalhou em um teatro de variedades como um notório mímico de sucesso. Aos 21 anos estava em turnê pelos EUA com a trupe de Fred Karmo, estreando no cinema 3 anos depois.

Sendo contratado e com alto salário, produziu a sua comédia The tramp, talvez o seu maior sucesso em fama. Graças ao carisma do vagabundo Carlitos que o público se apegou ao seu trabalho com afinco e carinho. Assim, o personagem galante e humilde deu origem a uma série de filmes protagonizados por Charles Chaplin.

 

Autonomia de produção: surge a United Artists

Carlitos, por conta do sucesso e reconhecimento, acabou fundando a sua própria produtora, a United Artists para produzir seus filmes. Isso foi possível juntamente com Mary Pickford, D.W. Griffith e Douglas Fairbanks que a aliança tirou do papel essa proposta. Com isso, produziram comédias poéticas recheadas de críticas sociais bem diretas.

Nisso, surgiram produções como:

The kid, 1921

A história acabou mostrando um bebê órfão que é cuidado por um vagabundo.

The gold rush, 1925

Sendo ambientada no Alasca, fala sobre a corrida incessante do ouro.

The circus, 1928

Um ladrão de carteiras deixa o fruto escondido no bolso de um vagabundo para despistar a polícia. Quando retorna para buscar, o mesmo vagabundo entra sem querer no picadeiro, fugindo dele e fazendo sucesso lá.

Mesmo com a vinda do cinema falado em 1927, Charles Chaplin se opôs à nova forma de experimentar arte. Com isso, continuou a produzir obras sustentadas em sua mímica, carregando um incrível sucesso sobre. Nisso, temos acesso a City lights, 1931, e Modern times, 1936, sendo este uma sátira ferrenha da mecanização da modernidade.

 

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    O poder da fala

    Por mais que a originalidade de Carlitos com o cinema mudo seja incontestável, a mídia falada acabou tomando conta. O público se mantinha fiel, mas Charles Chaplin sabia que precisava revitalizar o seu catálogo. Daí surge The great dictator, lançado em 1940 e aclamado por muitos.

    Em suma, é uma sátira ao nazismo e ao fascismo, época em que a Segunda Guerra Mundial estava chegando. Mesmo com o ambiente e tempos repressores, acabou ganhando cinco indicações ao prêmio Oscar. Melhor filme, melhor ator para Charles Chaplin, melhor trilha sonora, melhor roteiro original e melhor ator coadjuvante para Jack Oakle.

     

    A agitada vida pessoal

    Assim como da arte, Carlitos era um amante das mulheres, tendo se casado por quatro vezes. Sua vida sentimental era bastante agitada, principalmente em paralelo com a carreira. Por isso que as suas três primeiras esposas eram colegas de trabalho, sendo atrizes renomadas na época.

    Todavia, cada divórcio era mais escandaloso que outro, de modo que a mídia tinha um prato cheio para notícias. Suas ex-mulheres eram a Mildred Harris, Lita Grey e Paulette Goddard. Aos 54 anos conhece Oona O’neill, mãe dos seus seis futuros filhos e sua companheira de vida.

     

    A fuga

    Mesmo sendo extremamente famoso, Carlitos acabou se tornando alvo de críticas de uma classe específica. Isso porque as suas ideias se mostraram “inadequadas” aos conservadores norte-americanos.

    O filme Shoulder Arms, de 1918, acabou por atrair protestos de patriotas fervorosos com a produção. Nisso, foi acusado de comunismo e perseguido pelo Macarthismo, abandonando os EUA em 1952 para morar na Suíça.

    Só retorna ao país 20 anos depois para receber o Prêmio Especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Após isso, em 1975, a rainha Elizabeth concedeu o título de Sir. Acabou falecendo no Natal de 1977 na Suíça.

     

    Ideias e aprendizados

    Carlitos tinha uma percepção apurada da própria realidade e dos relacionamentos humanos. Valendo-se da Psicanálise, conseguimos condensar algumas ideias a respeito da essência dele:

    • Charles era um amante da vida e incentivava a todos a fazer o mesmo;
    • Motivava a sermos diretos e viver intensamente;
    • Observava os riscos de viver com alguém que comete os mesmos erros;
    • Ensinou que não é egoísmo ter amor-próprio;
    • Ele sabia que a compreensão coletiva sobre a mesma coisa culminaria em um esforço genuíno para se elevar intelectualmente.

    Mais lições que podemos aprender com Carlitos

    • É preciso enxergar e viver determinadas situações e trabalhar nosso ponto de vista;
    • Só coloque em seu coração quem merece;
    • Valorize os aprendizados de cada situação;
    • A beleza da vida não é fácil de se ver, mas é maravilhosa de se encontrar;
    • Sempre alimente os seus sonhos e nunca deixe que falte sustento a eles;
    • Só tem uma oportunidade de viver, então aproveite;
    • O riso é um bom remédio contra a dor e tristeza;
    • A vida que temos na infância nem sempre garante o que seremos no futuro;
    • Sonhar é a porta para construir o seu futuro;
    • Não se importe se as pessoas não respondem ao seu riso e não se culpe por ser diferente delas;
    • Sempre tenha determinação para conquistar o que deseja;
    • Nada dura para sempre, mesmo as coisas ruins;
    • Sempre seja natural e esteja confortável em sua própria pele;
    • A cada segundo você tem uma nova chance de mudar a sua vida;
    • Não existe o amor perfeito e buscar isso trás apenas frustração.

    Considerações finais sobre Carlitos

    Carlitos foi uma das mentes revolucionárias da humanidade, seja pelo seu trabalho ou seu modo de ser. Assim, por meio da arte, conseguiu evocar reflexões profundas a respeito de nossas próprias falhas e destino.

    O aspecto lúdico normalmente rompe as regras rígidas do ego e do superego. Por isso, é visto como uma forma de extravasamento do Id e do inconsciente. Neste sentido, o personagem Carlitos de Chaplin é uma manifestação da surpresa, da revelação e do não óbvio.

    Embora seus personagens tenham vida própria, isso não significou que ele perdeu a sua. Viveu como nasceu: convicto de quem queria ser e morreu com a certeza de ter sido feliz.

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