complexo paterno na psicanálise

O que significa Complexo Paterno na psicanálise?

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Complexo paterno

À luz deste tema, serão trazidos os conceitos principais sobre o Complexo Paterno, a relação ambivalente com o pai, o Complexo de Édipo e os reflexos para meninos e meninas, assim como curiosidades e peculiaridades.

Adiante, de acordo com a psicologia, um complexo é um grupo de associações inconscientes, ou fortes impulsos inconscientes, cujos quais podem ser positivo (admirar e buscar figuras paternas em pessoas mais velhas) ou negativo (desconfiar ou ter medo).

Sendo assim, o pai é um agente primordial e incondicional para existência de um ser humano, isto é, a imagem do pai encontra-se no universo dos arquétipos.

A imagem do pai

A imagem do pai sempre existiu na história da humanidade, desde sua era mais remota, seja ele como imagem espiritual ou desdobrada em atributos de personalidade de deuses paternos. Como por exemplo, os deuses patriarcais da mitologia Grega.

Assim, essas informações se fixam na psique ou no inconsciente coletivo, onde se abriga o conteúdo do arquétipo. Desta forma, o complexo paterno envolverá a relação pai x filho e pai x filha e suas peculiaridades.

Outrossim, esta imagem, envolverá a história de vida do indivíduo, colaborará para a formação do complexo e, durante a formação da personalidade, a imagem do pai sob a dimensão coletiva de paternidade que se tem nos tempos atuais.

A formação do complexo

A formação do complexo na psique ocorre de forma autônoma, em uma situação específica envolvendo uma imagem arquetípica determinada. E há o temor que sua força, em momento específico, provoque a desintegração da psique.

Além disso, a formação ocorre quando ainda não há base segura para o indivíduo lidar com um tipo de conteúdo. O complexo, quando acionado intensamente, leva a pessoa que o vivencia à uma condição de quase imobilidade emocional.

Contudo, o complexo “é a imagem de uma determinada situação psíquica de forte carga emocional e, além disso, incompatível com as disposições ou atitude habitual da consciência” ( JUNG, 2011 – p. 43).

O complexo de Édipo

Nessa linha, segundo Freud, o Complexo de Édipo se refere a uma fase de desenvolvimento psicossexual da criança (fase fálica) na qual ela começa a sentir desejo pelo elemento paternal do sexo oposto e raiva e ciúmes pelo elemento do mesmo sexo.

Ademais, segundo Carl Jung, considera-se que o arquétipo patriarcal é o arquétipo da organização e não deve ser privado apenas ao masculino, pois está presente na psique da mulher e do homem. Portanto, meninos ou meninas podem acionar este complexo.

Somando-se os fatos, figuras paternas que praticam atos de negligência e outras formas de violência tendem a incutir em seus filhos sentimentos de menos-valia. Além disso, há sentimentos de insegurança, baixa autoestima e dificuldade de estabelecer satisfatórios relacionamentos.

Sobre a fase fálica

De acordo com Freud, a fase fálica acontece por volta dos três anos de idade, fase em que a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e que o amor dos pais não é só para si, mas também partilhado entre eles.

É também nesta fase, que o menino começa a descobrir o seu órgão genital, manipulando-o com frequência, e este fato pode ser reprovado pelos pais, criando nele o medo da castração. Essa situação pode faze-lo recuar diante do amor e desejo pela mãe, visto que o pai é um rival muito superior a ele.

Enfim, este é um período determinante para o seu comportamento na idade adulta, principalmente em relação à sua vida sexual.

Sobre o Complexo de Édipo

Ainda segundo Freud, também por volta dos 3 anos de idade, o menino começa a afeiçoar-se mais à mãe, desejando-a apenas para si, mas como descobre que o pai também ama a mãe, sente que ele é seu rival.

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    Como a criança não consegue eliminar o seu rival, que é o pai, ela pode tornar-se desobediente e ter algumas atitudes agressivas.

    Por fim, é também nesta fase que os meninos e as meninas estão preocupados com as diferenças anatômicas entre os sexos. As meninas passam a sentir inveja do órgão masculino e os meninos têm medo da castração, porque pensam que o pênis da menina foi cortado.

    Complexo paterno segundo Freud

    Para Freud, um complexo é um grupo de associações inconscientes ou fortes impulsos inconscientes, cujos quais podem ser positivo (admirar e buscar figuras paternas em pessoas mais velhas) ou negativo (desconfiar ou ter medo).

    Em sequência, Sigmund Freud e a psicanálise depois dele, viu o complexo paterno nomeadamente como “sentimentos ambivalentes” para o pai, por parte da criança do sexo masculino, e um aspecto do complexo de Édipo.

    Sendo assim, para o menino, a castração funciona como desfecho do complexo, à medida que, para preservar seu membro sexual frente à fantasia de castração na relação ambivalente ao pai, “o ego da criança vira as costas ao complexo de Édipo”

    Complexo paterno para Jung

    Por outro lado, para Carl Jung, o pai é um agente primordial e incondicional para a existência de um ser humano, isto é, a imagem do pai encontra-se no universo dos arquétipos.

    Assim, na nossa psique existe uma contraparte sexual, ou seja, numa mulher existe uma contraparte masculina e no homem uma feminina. Essa parte masculina poderá determinar a escolha dos nossos parceiros por meio de uma projeção.

    Por fim, todas essas relações ficam guardadas em uma “caixa interna” que, na psicologia analítica junguiana, é chamada de complexo paterno.

    O complexo de édipo para as meninas

    Ante o exposto, enquanto o menino demora mais para admitir a castração, a menina se vê obrigada a admitir o fato mais rapidamente. Ela passa então a considerar o homem como detentor do falo, ocupando uma posição de superioridade.

    Apesar disso, a menina se rebela contra a possibilidade de não vir a possuir um pênis um dia, passando a invejar o órgão masculino. Ela costuma culpar a mãe pela situação e desenvolve um sentimento de ódio pela figura materna.

    Porém, mais tarde observa que as outras meninas e os adultos do sexo feminino também não possuem pênis e acaba concluindo que sua mãe não o possui. Desta forma ela se afasta da mãe, que por ser ‘castrada’ sofre grande depreciação frente à esta criança.

    Descoberta decepcionante

    A partir de sua descoberta decepcionante, a sexualidade da menina poderá trilhar três caminhos:

    • frustração pela comparação com os meninos. A menina cresce insatisfeita com seu clitóris e abandona sua atividade fálica e sua masculinidade;
    • ela se agarra à sua masculinidade e é movida pela esperança de conseguir um pênis. No entanto, frustrada essa esperança, pode surgir um um objetivo e a fantasia de ser um homem. Fato que explicaria a escolha homossexual
    • no terceiro caminho, a menina atingirá a atitude feminina normal final, retomando o relacionamento com a mãe, com o amor original, e tendo a ligação com o pai construída sobre ele (Freud, 1931).

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