significado de complexo

Complexo: significado no dicionário e na psicologia

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O complexo, ao que se refere ao estudo da mente humana, se caracteriza por nossos comportamentos e pensamentos. Ou seja, funciona como um padrão de respostas, memórias, desejos inconscientes, percepções, entre outros.

Primeiramente, o termo complexo foi introduzido por Carl Gustav Jung (1875-1961), através de experimentos por meio de associações. Quando, então, definiu o termo como conteúdos conflitantes da mente, ainda que inconsciente, que interferem na consciência. Em resultado, provocam transtornos e reações perturbadoras.

Assim, para psicologia junguiana, complexo não se trata de um elemento patológico, mas sim um sinal de que conteúdos conflituosos da mente que não foram devidamente assimilados.

Em outras palavras, o complexo afeta a vida quando se está em situações contraditórias, provocando perturbações na memória, afetando sono, sintomas neuróticos, lapsos, etc.

Complexo no dicionário

A palavra complexo, no dicionário, se refere a algo de difícil compreensão, que pode ser considerado sob diversos pontos de vista. Ou, ainda, aquilo que envolve relações de coerência duvidosa, que não se tem clareza.

Complexo no dicionário, ainda, significa um conjunto em que os elementos entre si demonstram relações de interdependência, que podem ser de difícil apreensão pelo intelecto.

O que é complexo na psicologia?

Contudo, complexo é o termo criado para designar um cenário psíquico em que se busca analisar e resolver os conflitos. Para que, assim, não exerçam influências inconscientes em pensamentos, comportamentos e sentimentos.

Dessa forma, a realidade dos complexos, para o ramo da chamada psicologia profunda, é o que determina os processos da mente inconsciente. Os complexos nada mais são que ideias que ativam emoções, em que, muitas vezes, afetam o indivíduo de forma totalmente inconsciente.

Nesse sentido, tudo que pode afetar uma pessoa pode ser descrito como complexo, conforme descrito por Jung, criador da Psicologia Analítica, que descreve a coexistência de complexos.

Por exemplo, as pessoas podem ter complexo paterno forte, onde a palavra tem um impacto muito grande em sua vida.

Complexo resumido

Origem do termo Complexo | Teoria de Jung

O termo, como dito anteriormente, foi criado por Carl Gustav Jung, também chamado por ele de “complexos emocionalmente carregados” ou “complexo de ideias tonificado por sentimentos”.

Nesse ínterim, descreveu o termo como um “nó” inconsciente, ou seja, crenças e sentimentos inconscientes que são detectáveis, indiretamente, por comportamentos humanos que eram difíceis de serem compreendidos.

Para se chegar a evidências de complexos, Jung desenvolve testes de associação de palavras, onde pessoas diziam a primeira coisa que viria a sua cabeça quando lessem determinadas palavras.

A partir disso, as pesquisas demonstraram reações incomuns, como hesitações, emoções, lapsos na fala, etc. Desse modo, detectou respostas dos sujeitos a palavras, indicando existirem sentimentos inconscientes.

Assim, para teoria de Jung, existem inúmeros tipos de complexos, mas o cerne para qualquer tipo de complexo é a existência de um padrão de experiência, positivo ou negativo. Nesse sentido, Jung destaca como principais tipos de complexo:

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    • Anima: “nó” de sentimentos e crenças do homem em relação ao sexo oposto;
    • Animus: psique da mulher.

    Sobremodo, para Jung, é normal se ter complexos, pois eles fazem parte das experiências emocionais que, inevitavelmente, afetam a psiquê. Sendo que os complexos negativos, embora normais, causam dor e sofrimento.

    Teorias junguiana e freudiana sobre o que é complexo

    A principal diferença entre as teorias junguiana e freudiana sobre a explicação de complexo é que Jung propôs vários tipos de complexos. Ao passo que Freud se concentrou principalmente no Complexo de Édipo.

    Embora Freud também tenha discutido juntos o complexo Electra, Jung abordou muitos outros complexos, bem como a forma como eles desempenham um papel na psicologia humana.

    Por oportuno, vale destacar que Freud e Jung trabalharam juntos por anos, quando se separaram devido a divergências de ideias. Então, para distinguir suas ideias, Jung passou a chamar suas descobertas de “Psicologia Analítica”

    Teoria dos Complexos de Jung

    Carl Gustav Jung, criador do termo, trouxe uma teoria bem elaborada acerca da formação dos Complexos. Sobremaneira, demonstra que os complexos advêm de arquétipos, presentes no inconsciente.

    Em outras palavras, a partir dos arquétipos atraídos às nossas vidas que se chegam aos complexos. Os arquétipos, em suma, nada mais são que aquilo que consideramos como um exemplo, um padrão a ser seguido.

    Para materializar, um bom exemplo é o Complexo Divino, cujo desenvolvimento parte do arquétipo de Deus e das experiências religiosas que as pessoas possuem durante a vida.

    Nesse sentido, você pode notar diversos tipos de complexos durante a vida, tanto em você quanto nas pessoas ao seu redor. Como, por exemplo, Complexos de Inferioridade, Complexo Materno, Complexo de Culpa, entre outros.

    Ou seja, somente aí já se consolida a teoria de Jung, de que existem inúmeros tipos e que fazem parte de nosso cotidiano.

    Como funciona a estrutura do complexo de Jung?

    Em suma, o complexo é formado por imagens e memórias relacionadas que, em alguns casos, podem ser de eventos dolorosos ou reprimidos inconscientemente. Nesse sentido, a emoção fornece a “ligação” para manter tudo associado.

    Assim, o elemento central desta estrutura é a imagem e experiência que formam o núcleo, que é composto por duas partes distintas:

    • imagem ou impressão psíquica da experiência original;
    • uma peça inata ou arquetípica ligada a essa experiência;
    • núcleo dual do complexo vai crescendo ao acumular associações ao longo da vida.

    Portanto, o Complexo vai crescendo cada vez mais, à medida que acumula materiais, até alcançar força suficiente para penetrar no território da Consciência. Desse modo, o Complexo é inerentemente bifurcado, contendo elementos de ambos os mundos, o consciente e o inconsciente.

    Dessa forma, à medida que o Complexo se expande e se torna maior, suas partes se transformam e se inter-relacionam. Ele adquire a capacidade de se manifestar e influenciar a consciência, e também de afetar a realidade física.

    Afinal, qual importância de entender o complexo?

    Nossos complexos ativos – sejam conscientes ou não – direcionam nossas vidas psicológicas. Por exemplo, um indivíduo que não consegue sair de casa pode estar tão preso a um complexo quanto um empreendedor com um forte complexo de riqueza e autoridade, ou um ninfomaníaco cheio de fantasias.

    No cotidiano, as pessoas tendem a agir de acordo com seus maiores complexos. Por exemplo, alguém com medo de lugares abertos (agorafobia) vai naturalmente evitar esses locais e até mesmo pensar ou imaginá-los, uma vez que simplesmente ouvir ou falar sobre eles já gera o sentimento de medo intenso em sua mente.

    Complexo Jung

    Entretanto, se a pessoa constatou o seu complexo, o desafio agora é saber como sair dele. Saiba que se você possui um complexo que está prejudicando sua vida, é possível sair dele e conquistar sua qualidade de vida.

    Além de trabalhar o autoconhecimento, também é importante buscar ajuda de um profissional da saúde mental.

    Como, por exemplo, por meio de sessões de terapia será possível entender as causas do seu complexo, analisar como ele afeta sua vida e trabalhar com técnicas específicas para ajudar a superá-lo.

    Por fim, se você quer aprender mais sobre o tema deste artigo e os demais assuntos que envolve o conhecimento da psiquê humana, convidamos você a conhecer nosso Curso de Formação em Psicanálise Clínica, oferecido pelo IBPC.

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    1 thoughts on “Complexo: significado no dicionário e na psicologia

    1. Evangelista Damasceno Santos disse:

      muito lógico e interessante, gostei.

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