Diante da alta competitividade no mercado produtivo urge a necessidade de se encontrar um meio termo entre custo e receita. A estratégia do oceano azul desponta como a promessa para uma exploração rentável e isolada.
A estratégia do oceano azul, de W. Chan e Renée Mauborgne, publicado em 2005, trouxe à luz uma revolução mercadológica. Com uma proposta totalmente inovadora quanto à personalidade corporativa, a obra pode ser considerada revolucionária. Indo de encontro à competitividade, ela prega o isolamento da entidade empresarial.
Sua doutrina não deixou de ser amplamente seguida e seus conceitos assimilados e postos em prática. Afinal, diante de um mercado tão saturado pela exploração maciça de nichos, a estratégia foi um despertar. Fruto de um estudo de mais de décadas nos mais diversos ramos de mercado, ela prospera.
O oceano azul, contrário ao oceano vermelho, possibilita uma imensa vantagem para uma empresa, mas não de maneira competitiva. Essa estratégia propicia mercados em lugar de não alcance, isentos de concorrentes, mas também de obsoletismo. Conheça 5 lições comportamentais primordiais para quem objetiva inovação com valor.
Índice de Conteúdos:
Afaste-se das correntes vermelhas. Se quer vingar opte pelos oceanos azuis
No conceito da estratégia do oceano azul a expressão “oceano azul” remete a mercados ainda inexplorados. Assim, seriam eles a oportunidade real de uma empresa prosperar diante da alta competitividade nas correntes vermelhas.
Correntes vermelhas por sua vez designam os mercados que já atingiram a saturação. Nestes, existe um nível de disputa tão grande que se aventurar nesses mares rubros é quase morte anunciada. O propósito de seus integrantes é combater e superar os concorrentes numa luta contínua para se manter.
Portanto, a estrategia do oceano azul aponta para soluções em serviço e/ou produtos que simbolizam inovação. Define a busca por mercados e oportunidades com potencial de crescimento e rentabilidade.
Com isso, a lição clara é de que nichos onde a concorrência é alta devem ser evitados. A luta por um lugar ao sol ali é penosa e custosa e a estratégia do oceano azul objetiva justo o contrário. É desbravar um espaço ainda não conquistado e consequentemente não tendo que lidar com concorrência.
Sendo assim, é nestes espaços que a chance da sua empresa vingar é maior. Agregar valor à sua empresa e aos compradores, esta será sua única preocupação.
Se explorar o desconhecido a concorrência deixa de ser importante
A visão primordial da estratégia do oceano azul é a inexistência de concorrentes. Um oceano é um espaço imenso, onde os limites se perdem de vista. Desta forma, esse é o lugar ideal para se estar comercialmente, um oceano inexplorado e livre de competição.
São altos os números e desgastantes as medidas tomadas em avaliações da concorrência. A maioria das empresas conduz sua dinâmica baseando-se predominantemente na ação concorrente. O que termina sendo limitante do ponto de vista da inovação, empenham-se em ofertar o mesmo de modo distinto.
Num oceano azul você deixa de se preocupar com o efeito dos concorrentes sobre o mercado em exploração. Desta forma, ao invés de ter de vencer a concorrência simplesmente ela se torna irrelevante. Você inovou criando um espaço de mercado não disputado.
Passos a cumprir e opções estratégicas a tomar
Pensar na estratégia do oceano azul como um potencial de mercado nos faz imaginá-la como um passe de mágica. Porém, não é bem assim que o sistema funciona. As oportunidades são infinitas, mas é preciso estudá-las com afinco, bem como suas possíveis variantes.
Por isso, é necessária toda uma tomada de passos estratégicos a fim de tirar o maior proveito da oportunidade promissora. Dentro desta dinâmica de análise de viabilidade há quatro campos de ação que definem potenciais caminhos:
- Reduzir: atributos que devem ser reduzidos abaixo do padrão setorial;
- Criar: quais atributos nunca ofertados pelo setor devem ser criados;
- Eliminar: quais atributos considerados indispensáveis pelo setor devem ser eliminados;
- Elevar: quais atributos devem ser elevados bem acima do nível do padrão do setor.
Essas são algumas medidas que quando implementadas direcionam para uma nova perspectiva. Assim, a partir dessa visão analítica é que um oceano azul pode ser criado. Além dessas, existem outras ferramentas de avaliação que podem ser empregadas na definição das estratégias.
Oportunidade e risco
Como qualquer outro intento no ramo comercial, a estratégia do oceano azul deve ser aplicada com cautela. Afinal, estamos tratando de uma iniciativa de ordem de investimento e mensurar os riscos é imprescindível. É preciso ter em mente que é uma visão alargada de negócio, mas guarda seus riscos potenciais.
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Será preciso criar uma nova procura no mercado e nisto implica viabilidade. Uma vez aplicadas as estratégias de criação da oportunidade, é preciso avaliar os riscos. Qual o tamanho do grupo comprador? Se é um grupo pequeno terei custos, mas não gerarei receita à altura.
Portanto, é preciso um trabalho delicado na definição de produto e público alvo. Riscos são fatores intrínsecos aos negócios, não podendo ser eliminados. O que se pode fazer é antevê-los e se resguardar de forma mais assertiva possível. Ainda assim, não se está isento de um resultado distinto do esperado.
Alinhar todo o setor da empresa na busca da diferenciação e do baixo custo
Uma empresa não funciona apenas com o trabalho de seus dirigentes. Portanto, na estratégia do oceano azul todo o corpo sistêmico da empresa deve estar empenhado em conquistar esse espaço. Isso significa que desde o mais alto até o mais baixo nível hierárquico deve estar mobilizado para este objetivo.
A estratégia precisa estar difundida dentro da empresa. Assim, desde a mesa diretora até o chão de fábrica, todos precisam estar imbuídos deste espírito. Agregar valor e inovação no mercado depende de um corpo de trabalho uníssono.
Portanto, o fator motivação aqui não fala; grita alto. Diante de uma grande oportunidade de visibilidade, estabilidade e lucro, a empresa pode mover seus funcionários rumo a este objetivo.
Comentários finais: estratégia do Oceano Azul
A estratégia do oceano azul tem se tornado, quando em prática, um potencial bilateral. Ou seja, não apenas as indústrias têm nela o segredo de seu alcance, mas consumidores têm necessidades atendidas. Necessidades que sempre existiram ou que passam a existir, mas são negligenciadas.
E é justamente nessa negligência que outros serviços ou serviços complementares podem ser lançados. Por isso os autores afirmam que a estratégia do oceano azul tende a crescer infinitamente no futuro.
A evolução tecnológica trará novos produtos e serviços de forma contínua. Com isso, cada novo serviço ou produto trará consigo uma necessidade que não é prontamente atendida. Na medida em que haja corporações dispostas a avaliar as possibilidades junto a essas necessidades, um oceano azul se cria.
Essa corrente não para; é um movimento continuo e infinito das relações de consumo. Para saber mais sobre como a psicanálise pode ajudar a sua empresa neste tipo de empreeendimento, conheça nosso curso de Psicanálise Clínica online. Confira! A estratégia do Oceano Azul é apenas uma entre muitas outras medidas que podem ser aplicads ao universo empresarial.