Resumo: Freud, Klein, Jung, Winnicott, Lacan, Ferenczi e Rank

Hoje falaremos sobre o resumo de Freud. Veremos conceitos e uma breve biografia iniciando por um dos homens mais emblemáticos da história da humanidade; o pai da psicanálise Sigmund Freud, e em sequência alguns de seus contemporâneos. Porém explicitando as divergências e peculiaridades em relação a Freud.

Com o intuito de trazer as contribuições e entendimento de cada um, que colaborou para o avanço desta “ciência” psicanálise ao longo dos anos; juntamente a trajetória e enfretamentos de Freud para superar os impasses e controvérsias criadas na psicanálise pós-freudiana, pois nem sempre concordavam com as descobertas e opiniões de Freud.

Entendendo o resumo de Freud

A psicanálise surgiu no final do século XIX pelo médico neurologista e psiquiatra Austríaco, Sigmund Freud. Criada quando ele ainda estudava medicina na Universidade de Viena. Como método terapêutico e investigativo tem como objetivo investigar a mente humana, identificando a causa do sofrimento psíquico do indivíduo. Desde a criação Freud evidenciou a importância quanto a propagação da psicanálise, tendo o cuidado para que fosse mantido a fidelidade aos pilares que edificam a sua teoria.

Pautada nos principais pilares que são o Inconsciente, pré-consciente e consciente (primeira tópica), complexo de Édipo (Corresponde uma fase do desenvolvimento psicossexual da criança), a transferência, as instâncias psíquicas (segunda tópica Id, Ego e superego) e a teoria da sexualidade (que para Freud é diferente do termo genital) [..] Em seu pensamento, sexual não se confunde com genital.

A sexualidade genital refere-se precisamente à cópula com o objetivo de procriar ou de obter prazer orgástico. Mas a sexualidade é mais ampla que a sexualidade genital. Inclui as preliminares do ato sexual, as perversões, as experiências sexuais da criança vividas em relação ao seu próprio corpo ou em contato com o corpo da mãe (KUPFER, 2007, p. 39).

Freud (1856–1939) o criador da psicanálise

Considerado o pai da psicanálise, Sigmund Freud muito contribuiu com suas pesquisas, teorias e estudos para a história da humanidade, principalmente com relação a mente humana. Freud, o primogênito de sete irmãos, nasceu em 1856 no dia 06 de maio na cidade Freiberg,que fazia parte do Império Austro-Húngaro (atualmente Pribor – República Tcheca). Filho de Jacob Freud, um pequeno comerciante de lã e sua mãe era Amalie Nathanson, de origem Judaica.

Freud tinha apenas quatro anos de idade quando sua família mudou para Viena, em busca de melhores condições econômicas e por lá encontrar melhor aceitação aos Judeus.

Como já mencionado Freud formou-se médico pela Universidade de Viena, onde se especializou em psiquiatria, tornando-se um conceituado neurologista. No início do movimento psicanalítico Freud caminhou sozinho, pois uma minoria se interessava pelo assunto, tanto que em 1900 somente três pessoas compareceram em uma palestra realizada na Universidade de Viena, no entanto deu sequência em seus estudos e pesquisas.

O resumo de Freud e a neurose

Primeira Grande Guerra – Com o surgimento da 1ª Grande Guerra (1914 – 1918) houve então um reconhecimento e grande avanço, consequentemente a psicanálise se propagou sendo reconhecida devido ao tratamento da neurose da guerra reestruturando a sua teoria da angustia.

Sobre o resumo de Freud, em 1908 foi realizado o primeiro Congresso Internacional de Psicanálise na cidade de Salzburg (Áustria) e em 1909 deu início ao Jornal Internacional de Psicanálise. Um ano depois em 1910 foi proposto por Freud a Associação Internacional de Psicanálise, porém indeferida na época pela brigada vienense.

Uso da cocaína – No princípio do resumo de Freud chegou até a tratar dores de cabeça e ansiedade através da cocaína, pois nesta época entorpecentes como a cocaína e metanfetamina eram usados por muitos sem nenhuma proibição. Fato é que Freud chegou a autoadministrar a cocaína como parte de seu experimento, e queria na verdade experimentar a cura de seus males psíquicos e psicossomáticos. Chegou a comprovar uma melhora em seu estado depressivo.

Ausência de dor e o resumo de Freud

No resumo de Freud, inclusive enviou amostras de cocaína a vários de seus colegas, até mesmo para seu colega médico oftalmologista Dr. Karl Koller, que chegou a fazer uso como anestésico em cirurgias oculares, conseguindo a ausência de sensação ou dor. Alguns alcançaram sucesso com o uso, no entanto outros foram mais cautelosos, exemplo Breuer, devido às divergências de resultados nos diversos pacientes. Em “Sobre a coca”, Freud (1884) até cogitava possibilidade de uso da cocaína dentro da psiquiatria.

[…]é fato conhecido que os psiquiatras dispõem de um amplo suprimento de drogas para reduzir a excitação dos centros nervosos, mas nenhuma que poderia servir para incrementar o funcionamento rebaixado desses centros. A cocaína tem sido receitada, neste sentido, para os mais variados distúrbios psíquicos: histeria, hipocondria, inibição melancólica, estupor e outros quadros similares. (p. 64)

A princípio no resumo de Freud viu como um “ansiolítico” no tratamento da ansiedade e demais distúrbios psíquicos, mas ao longo dessas pesquisas pôde conviver com as consequências do uso indevido dessa droga. Insônias, comportamentos estranhos, convulsões e desmaios, entre outros.

Combatendo a ansiedade

Alguns censuravam, outros parabenizavam, mas com certeza Freud chegou à conclusão que o uso da cocaína traria o alívio momentâneo, funcionava como um “anestésico”, uma “muleta” e “refúgio” para combater a ansiedade, angústia. Apenas como uma fuga, um mecanismo de defesa, de escape para enfrentar os conflitos e traumas e desta forma conseguir “viver” e regular a própria existência. Mas a psicanálise sim era saída para ajudar o indivíduo a se conhecer, enfrentar e resolver seus transtornos emocionais.

Fuga do Nazismo e sua morte– Freud viveu um período, onde o mundo, a Europa passava por grandes transformações e sua própria família não ficou isenta da violência da guerra. Em 1933 com Hitler no poder, Freud e outros psicanalistas judeus tiveram suas obras queimadas publicamente na Alemanha.

Sua família permaneceu em Viena até a invasão de Hitler. Porém no ano de 1938, em virtude do Anschluss (anexação da Áustriaà Alemanha Nazista), Freud fugiu da Áustria e mudou-se para Londres, na Inglaterra onde faleceu em 23 de setembro de 1939 por conta de câncer na mandíbula e boca devido ao longo período de uso do tabagismo.

Resumo de Freud e Charcot

A psicanálise e alguns nomes importantes em sua vida – Alguns nomes foram importantes na vida de Freud durante a sua trajetória. Entre os anos 1885/ 1886 Freud realizou em Paris um estágio com o neurologista francês Jean Martin Charcot que usava a hipnose no tratamento de sintomas de doenças mentais.

Na época esses pacientes eram chamados de “histéricos” afetados por distúrbios mentais causados por anomalias no sistema nervoso. Desde então, Freud começou a pensar em novas possibilidades de tratamento.

De volta a Viena e percebendo que esse método não estava surtindo o efeito esperado, resolve entre os anos de 1893 e 1896 juntar-se a Josef Breuer um renomado médico que havia descoberto a possibilidade de redução dos sintomas da doença mental somente pedindo que os pacientes falassem, descrevessem suas alucinações e fantasias. Com esse método ocorreria a liberação dos afetos e emoções ligadas aos traumas vividos no passado levando ao desaparecimento dos sintomas. Exatamente com essa técnica chamada de “método catártico” é que aconteceu a publicação da obra “Estudo sobre a histeria” (1893-1895).

Josef Breuer

Pode se dizer que esta obra publicada em conjunto com Josef Breuer foi a fundadora da psicanálise, embora para Freud a “Interpretação dos sonhos” (1900) seja considerado o grande livro de fundação da psicanálise. Somente em 1896, pela primeira vez o termo psicanálise foi empregado por Freud, motivando-o a estudar os elementos que formam o aparelho psíquico ou a psique.

Porém houve algumas discordâncias entre Freud e Breuer à medida que a técnica avançava, principalmente na ênfase dada por Freud no que concerne às memórias do paciente e os conteúdos sexuais na infância. Após o rompimento de Breuer com Freud em 1897, este segue em frente aperfeiçoando ainda mais as ideias e as técnicas da psicanálise.

A hipnose é abandonada, dando espaço a técnica de concentração, onde a rememoração era por meio da conversação normal, proporcionando ao paciente falar de forma não direcionada. Portanto a técnica psicanalítica foi aprimorada desde a hipnose, método catártico, técnica da “pressão na testa” onde por tentativa o intuito era trazer ao consciente os conteúdos recalcados do inconsciente.

Resumo de Freud, resistências e defesas

Após experiências com esses métodos e verificando que havia resistências e defesas por parte dos pacientes, então esses métodos foram deixados.

No resumo de Freud, a associação livre, cura pela fala – técnica máxima psicanalítica – Surgiu a associação livre, onde o indivíduo trazia para a sessão os seus conteúdos recalcados no inconsciente sem nenhum receio, sem sofrer nenhum julgamento ou censura, ainda que fosse algo desconexo, e a partir desta técnica inovadora, Freud podia investigar, analisar e interpretar a fala do paciente com a atenção flutuante, termo usado por ele mesmo para a técnica da escuta.

Otto Rank (1884 – 1939) e o resumo de Freud

Nasceu em Viena, na Áustria, em 22 de abril de 1884, falecendo em 31 de outubro de 1939 na cidade de Nova York. Otto nasceu em uma família judia, e teve uma infância pobre e infeliz, com um pai alcoólatra e agressivo, portanto muito cedo precisou abandonar os estudos para trabalhar quando tinha apenas 14 anos.

Como a maioria do ser humano tem muitos questionamentos diante das intempéries da vida, Otto também despertou o interesse em buscar respostas tornando-se um autodidata. Muito interessado principalmente em filosofia, mitologia e literatura, sendo Nietzche e Arthur Schopenhauer como seus autores preferidos.

Otto se entusiasmou pela psicanálise e se tornou um dos primeiros discípulos favoritos de Freud. Por 20 anos, de 1905 a 1924 trabalhou como secretário da Sociedade Psicanalítica de Freud. Muito dedicado à psicanálise, o pai da psicanálise tinha Otto como um filho.

Otto Rank

Otto Rank deixou a ocupação de serralheiro aos 21 anos e retornou aos estudos na Universidade de Viena. Em 1912 apenas com a idade de 28 anos se tornou PHD, período este que já havia publicado alguns livros sobre arte, incesto, mitologia e Lohengrin (ópera de Richard Wagner). Abaixo somente de Freud como autor psicanalítico, tornou-se conhecido por ter sido representante da revolução psicológica, mudando a forma como nos vemos.

Otto tinha 40 anos quando visitou pela primeira vez a América, e nesta época rompeu com a psicanálise. No ano de 1924 ele retorna de Nova York como membro honorário da Associação Americana de Psicanálise. Sobre suas novas ideias sobre a relação mãe-filho e à psicoterapia menos autoritária, Otto enfrentou muitas críticas por parte dos freudianos.

Chegou a desenvolver com Sándor Ferenczi uma psicoterapia mais ativa e igualitária, com foco no aqui-e-agora, relacionamento real, mente consciente e vontade, em vez de história passada, transferência inconsciente e desejo. Então aconteceu o rompimento final com Freud devido a controvérsia sobre “O trauma do nascimento” de Otto Rank(1924) expressando a fantasia de voltar ao útero materno.A princípio Freud enalteceu o livro, mas posteriormente condenou, devido pressão de Karl Abraham e Ernest Jones, concorrentes da categoria.

A angústia

Otto relatou que o primeiro contato do ser humano com angústia, se dava através de um trauma sofrido no momento do nascimento, e que essa experiência contribuiu influenciando-o diretamente no desenvolvimento mental, no aparecimento de uma neurose. Embora tenha sido um dos mais chegados de Freud por vinte anos, posteriormente se tornou um crítico em potencial, devido às divergências principalmente sobre o Complexo de Édipo.

Mas não há dúvida que muito contribuiu para a pesquisa e desenvolvimento da psicanálise, onde em seus escritos podemos encontrar conceitos e um novo olhar sobre a vontade, temor e medo da morte, a vida, religião, mito, arte e artista, educação e psicoterapia.

Otto Rank, por sua vez, dá a sua contribuição ao tema do duplo, partindo do universo folclórico-mitológico de povos primitivos, examinando as crenças acerca da sombra, do reflexo no espelho, como projeções do eu, entendidas como representações do misterioso duplo que acompanha o indivíduo em toda a sua vida (RANK, 2013, p. 100).

Resumo de Freud e tabus

Nessa perspectiva, os temas passam por variada configuração, como pode ser lido em O duplo: um estudo psicanalítico, que teve sua primeira publicação em 1925. Para Rank, essas culturas consideram a sombra, o seu duplo, “a real essência da alma” (1925, 2013, p. 102). Desse pensamento advém tanto o respeito a ela, manifesto nas religiões, nos tabus, quanto o medo de romper com essa crença, pois a perda da sombra significa a morte (RANK, 1925, 2013, p. 100).

Considera o psicanalista que esse conteúdo mítico-folclórico perdura nos povos civilizados, quer inscrito nas práticas culturais, quer na literatura, e nasce na psicologia dos escritores, forjada por sua vivência e pela tradição. (Dicionário Digital do Insólito Ficcional)

Sándor Ferenczi (1873 – 1933)

Nacionalidade Húngara, descendência de família de Judeus poloneses, nasceu em Miskolc no dia 16 de julho de 1873.Filho de pais livreiros, e cercado de pensadores e artistas, isto contribuiu para sua formação e para o desenvolvimento de seus estudos e pensamentos durante todo o seu percurso como médico e psicanalista.

Com apenas 21 anos concluiu o curso de medicina na Universidade de Viena. O médico Sándor Ferenczi foi também um dos mais próximos colaboradores de Freud. Conviveu com o pai da psicanálise durante o movimento psicanalítico, defendendo e colaborando com o movimento em questão.

Como médico neurologista sempre teve um olhar voltado ao tratamento dos psicóticos, e devido a sua preocupação em aliviar a dor desses pacientes foi o que levou Ferenczi a conhecer formas alternativas de cura em seitas orientais, espiritismo em um período que ainda não tinha contato com a psicanálise. No entanto, posteriormente tornou-se um admirável conhecedor da psicanálise e Freud tinha por ele uma grande admiração.

O movimento psicanalítico

No artigo “História do movimento psicanalítico” (1914b) menciona “da Hungria, geograficamente tão perto da Áustria, e cientificamente tão distante, surgiu um único colaborador, S.Ferenczi, mas que, em compensação, vale por uma sociedade inteira” (FREUD, 1914b;1974, p.45).

O contato com Freud já havia acontecido; em 1908 Sándor Ferenczi já tinha iniciado seus estudos, sua produção bibliográfica com base na psicanálise. O Autor menciona a função relevante da transferência para a clínica psicanalítica, sendo que foi o mais que investigou a respeito desse fenômeno transferencial.

Em seu artigo “Transferência e introjeção”(1909/2011),Ferenczi explica que seria um mecanismo de defesa do indivíduo. Ocorrendo na criança como uma ferramenta de crescimento, já no adulto como proteção. Com relação ao trauma, salienta a importância da conexão mãe-bebê, ou seja, o efeito do trauma na infância na constituição do indivíduo. No entendimento de Ferenczi a criança precisa distanciar-se de si mesma, de seu psiquismo devido à angústia exacerbada, “agonia psíquica e física que acarreta uma dor incompreensível e insuportável” (1931/1932,p.79).

A empatia

Ferenczi sempre defendeu uma proximidade maior entre o analisando e o analista, por comprovar relevante e benéfica mudança psíquica na mente do paciente. Além do mais usava da empatia, algo que era habitualmente evitado na época, conseguindo resultados eficientes na cura.

Enfim, graças ao empenho contumaz de Ferenczi em prol da psicanálise foi capaz de quebrar paradigmas que reverberam até os dias de hoje que asseguram ao autor o respeito e admiração de modo que sempre será lembrado.

Posteriormente em 1933 em seu necrológio, Freud escreveu que os trabalhos de Ferenczi “fizeram de todos os analistas seus discípulos” (FREUD, 1933/1994, p.224) e que “é impossível imaginar que a história da nossa ciência venha a esquecê-lo” (FREUD 1933/1994, p. 225)

Melanie Klein (1882-1960)

Nasceu em Viena, capital da Áustria, em 30 de março de 1882 e faleceu em Londres no dia 22 de setembro de 1960. A paixão pela psicanálise aconteceu quando tinha 34 anos, após ler a obra de Freud foi que Klein conheceu e se apaixonou pela psicanálise. Com uma história de vida marcada por muitas perdas e frustrações, foi então que para livrar-se de uma depressão ela começou a sua análise com o psicanalista Sándor Ferenczi que perdurou por sete anos. Tornando posteriormente uma psicanalista brilhante, se especializando desde o início em seus estudos e pesquisas sobre a psique infantil.

Moritz Reizes o pai da Klein era um judeu polonês, formou-se em medicina após romper com a ortodoxia religiosa. Sua mãe era Libussa Deutch, também judia de origem Eslovaca, vinte e quatro anos mais jovem que o seu pai. Melanie Klein tinha duas irmãs e um irmão, era a quarta filha do casal. Em sua autobiografia menciona ser a filha preferida de sua mãe, no entanto sabia também que não fora desejada e que seu pai tinha preferência pela irmã mais velha.

Segundo Klein, seus irmãos foram amamentados pela mãe, mas ela foi amamentada por uma ama-de-leite, segundo ela: “amamentava qualquer hora que eu pedisse”.

Resumo de Freud e o aparelho psíquico

Muito dedicada aos estudos, estudou arte e história na Faculdade de Viena, mas não chegou a se formar. Porém o seu sonho era ser médica e especializar em psiquiatria, sonho que não realizou devido às condições financeiras do pai, que faleceu em 1900. Klein foi responsável pelas primeiras teorias e descobertas a respeito do aparelho psíquico do bebê e da criança. Teoria que foi importante para Winnicott deferir algumas de suas investigações, inspirando-o, embora fosse diferente da clínica de Melanie.

Em 1919 se dedicou à psicanálise e se inscreveu na Sociedade de Psicanálise de Budapeste. No ano de 1924 no VIII Congresso Internacional de Psicanálise apresentou seu trabalho sobre “A Técnica da Análise de crianças pequenas”. Ao passo que seu primeiro paciente foi seu próprio filho Hans, nome fictício “Fritz” de 5 anos de idade que apresentava transtorno de aprendizagem. Cuja análise está escrita com detalhes no texto “O desenvolvimento de uma criança” (1921).

A autora valorizava o “brincar” como uma ferramenta fundamental no tratamento de crianças. Através das “brincadeiras” e do lúdico, comprovou a possibilidade de trazer à tona transtornos, fantasmas recalcados no inconsciente amenizando a angústia. Método esse que equiparava a técnica da associação livre aplicada nos adultos. Brincando a criança externava seus conflitos emocionais, suas fantasias.

Uma estrutura linguística

Ainda que Melanie se intitulasse seguidora de Freud, havia divergências principalmente no que se referia à análise infantil, uma vez que para o pai da psicanálise era impossível devido à dificuldade de verbalizar os pensamentos por não ter uma estrutura linguística consideravelmente desenvolvida.

Período entre 1942 e 1944 foi de muita importância na história da psicanálise da Grã-Bretanha, quando surgiu oposição, debates entre Anna Freud, Klein e os “psicanalistas Britânicos” discutindo a origem do superego e sua relação com o complexo de Édipo, sexualidade feminina, a técnica da psicanálise e a transferência de crianças, narcisismo entre outros. Debates tão relevantes que pode se dizer que formaram os adeptos freudianos, kleinianos, e os neutros.

É incontestável a contribuição proporcionada por Melaine à psicanálise, especialmente no tocante a sua teoria à infância mais primitiva.

Carl Gustav Jung (1875 – 1961)

Nasceu em 26 de julho de 1875 na cidade de Kesswil, e faleceu em 06 de junho de 1961, com 86 anos, em Kusnacht (Suiça). Descendente de uma família religiosa, cujo pai era reverendo da igreja Luterana, no entanto não se interessou em seguir a carreira eclesiástica para se dedicar a filosofia e medicina.

Autor da psicologia analítica, o psiquiatra chegou a estagiar na Clínica Psiquiátrica Burgholzli (Zurique). Tinha contato com o pai da psicanálise através de cartas, chegaram a se encontrar pessoalmente. Como era inspirado por Freud, o médico suíço concordava com as suas ideias de recalque e repressão. No entanto, Jung não se intitulou psicanalista.

Carl Jung de uma criatividade imensa, é autor de muitas outras obras que ultrapassou a psicologia, como a Teologia, Etnologia, Antropologia, além da História Comparada das religiões. Renomado por ter desenvolvido oteste de associação de palavras para realizar diagnósticos psiquiátricos. Aprimorou os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, sobre os arquétipos (aplicado na representação de padrões de comportamento associados à um personagem ou papel social) – armazenados no inconsciente coletivo (herança psicológica, resultantes de experiências de gerações passadas, podendo repetir em muitas gerações futuras, exemplo: sábio, mãe e herói; estes têm características percebidas por todos os seres humanos, etc.) e do inconsciente coletivo.

Resumo de Freud e a psicologia analítica

Para o psiquiatra suíço, compreender esses arquétipos era importante para o autoconhecimento. Arquétipos principais estudados por ele: persona, Sombra, Anima, Animus, Self.

Psicologia analítica – Enfoques principais da sua teoria – Busca sempre adequar, alinhar o consciente com o inconsciente, equilibrando as relações entre o mundo externo e interno. No setting faz com que o analisando pense, medite sobre as questões apresentadas, levando-o mesmo à profunda reflexão.

Então ele apresenta um modelo para a psique e explica: “Por psique eu entendo a totalidade de todos os processos psíquicos, tanto conscientes como inconscientes” e divide em ego (parte consciente), inconsciente pessoal (conteúdos reprimidos)e inconsciente coletivo (conteúdos herdados da humanidade), inclusive a dor, o amor e o ódio.

Algumas divergências entre Jung e Freud

Embora Jung tenha sido bastante influenciado pelas ideias de Freud há partes que eles discordaram por ter havido divergências entre os dois, Jung desenvolveu suas próprias ideias, criando a psicologia analítica.

Para Freud a psique humana é formada pelo inconsciente, pré-consciente e consciente e o inconsciente visto apenas no aspecto pessoal, ao passo que na psicologia Junguiana a psique humana é formada pelo consciente e o inconsciente pode ser pessoal ou coletivo.

Donald Woods Winnicott (1896-1971)

Veremos os principais conceitos e contribuições que o psicanalista inglês Winnicott trouxe para teoria e clínica psicanalítica. Como médico e muito influenciado por Freud e Melanie Klein inclusive declarou ter aprendido muito com Klein, Winnicott foi o primeiro a receber e utilizar os conteúdos psicanalíticos na prática médica.

Em seus estudos averiguou que boa parte dos conflitos emocionais podem ser originados nos primeiros anos de vida. Como pediatra desenvolveu um olhar voltado às crianças, especialmente na relação dos bebês com suas mães. Em 1923 ano que deu início a sua análise ingressou como médico assistente no Paddington Green Children´s Hospital, onde permaneceu durante 40 anos e tratou mais de 60 mil crianças e adolescentes.

Em seus estudos enfatiza a importância da relação mãe-bebê e que exerce grande influência no psiquismo do ser humano, logo no desenvolvimento psíquico da criança. Winnicott fala do ambiente inicial representado pela mãe biológica ou um substituto, ou seja, por quem estiver exercendo o cuidado primário. Realça em sua teoria do desenvolvimento primitivo ou pessoal do ser humano.

Winnicott

Winnicott teve uma importante participação durante a segunda guerra como psiquiatra consultor do plano de evacuação Governamental de uma área de recepção da Inglaterra. Função essa que muito colaborou para formular a sua teoria sobre a delinquência e os distúrbios de caráter, que ele chamou de tendência antissocial, pois se deparou com a destruição de lares e famílias que já viviam antes da guerra em situação de vulnerabilidade emocional e social. Inúmeras foram as sequelas deixadas nas crianças e adolescentes por conta da separação e perda.

Em seus artigos sobre sua teoria psicanalítica, Winnicott embora mencione os conflitos inconscientes, podendo ser originário de alguns distúrbios físicos; ele não abre mão de colocar o fator ambiental na causa do problema. No entanto é no período inicial, que acontece uma boa parte da contribuição de Winnicott. Ele cita duas fases iniciais relevantes no desenvolvimento da criança e nomeia de “dependência absoluta” que vai desde o nascimento até os seis meses e “dependência relativa” dos seis meses aos dois anos de idade.

Na dependência absoluta, o bebê não tem noção dessa dependência por entender que ele e o meio formam uma coisa só, quando na verdade seria impossível a sobrevivência sem os cuidados do ambiente (mãe), formando uma unidade. Em decorrência dessa dependência absoluta, Winnicott chegou a escrever “O bebê não existe”.

A sustentação e o resumo de Freud

Importante nesse momento o agir da mãe que Winnicott chama de “mãe suficientemente boa” ou seja “ambiente suficientemente bom” através de três funções que são: o holding (sustentação), handling (manejo) e a apresentação do objeto. Funções essas com a incumbência de suprir as necessidades básicas, porém vital à criança como no caso da apresentação do objeto, que é oferecer o seio ou a mamadeira.

Holding, como função de “sustentação”. A maneira como a mãe coloca o seu bebê no colo de forma segura e confiável pode caracterizar o quanto esse bebê é desejado e amado. A mãe estabelece rotineiramente cuidados diários que vão prover o sustento físico e psíquico da criança, ajudando e facilitando deste modo o bebê a enfrentar a realidade externa, sua integração no tempo e espaço e se a sentir acolhido. Por se tratar de uma fase de dependência absoluta é de suma importância que se estabeleça uma empatia da mãe para com o seu bebê.

Desta forma, segundo Winnicott, a função materna contribui para o processo de crescimento e maturação. E quando se tem um bom holding, proporciona ao bebê a capacidade de integrar suas experiências e desenvolver o senso de “Eu Sou” (Abram, 1997).

A continuidade do ser

No caso de um Holding deficiente, o bebê é capaz de perceber, portanto pode prejudicar o desenvolvimento emocional e psíquico da criança, “na ausência dos cuidados pessoais e contínuos da mãe esse desenvolvimento não pode ocorrer.” (Winnicott (1988/1990b), (p. 90), e por consequência pode-se desenvolver um falso self como estratégia para adaptar-se a essas falhas maternas). “Quando as coisas não vão bem, o bebê percebe os resultados dessas falhas do cuidado materno. O resultado de cada falha é que a “continuidade do ser” é interrompida por reações às consequências desta falha, do que resulta o enfraquecimento do ego (Winnicott, 1960).

Handling, um termo inglês traduzido significa manuseio, manejo, deriva de “hand” “mão” que é exatamente o contato físico, pele com pele entre o bebê e a mãe ou um cuidador. Exemplo o amamentar, limpar, trocar fraldas, dar banho, pôr no colo, apertar as mãozinhas, rosto, entre outros.

Para Winnicott o ser humano tem uma tendência inata para integração, para o crescimento, aprimoramento e capacitação para se constituir como unidade, como pessoa ligando características psicológicas e físicas. Função responsável para equilibrar a vida psíquica com o corpo chamado de “personalização”.

O desapego da mãe

No entanto Winnicott enfatiza que apesar de existir essa tendência natural em cada ser humano, só é possível concretizar se for num ambiente suficientemente bom. Segundo ele, o ambiente não precisa ser perfeito em relação ao cuidado para com a criança ou bebê, mas “bom” , em que será capaz de introduzir essa tendência inata quem vem da criança e logo desencadear o processo que chamou de maturação, que são formados nos primeiros anos de vida.

Apresentação do objeto–Esta função também é muito importante, “A mãe começa a mostrar-se substituível e a propiciar ao seu bebê o encontro e a criação de novos objetos, que serão mais adequados ao seu atual estado de desenvolvimento” (Coutinho,1997,103). Cabe à mãe suficientemente boa oferecer outros objetos (brinquedos, uma fralda de pano, pessoas, etc.) que vão substituir a satisfação, e dessa forma proporcionar a autonomia e o desapego da mãe de maneira controlada.

Quando esse mundo externo vai sendo gradativamente apresentado ao bebê ocorre a transição da fase de dependência absoluta para a dependência relativa.

A preocupação materna

Winnicott menciona sobre a “Preocupação materna primária” ou seja preocupação mais intensa principalmente no final da gravidez. Porém o autor menciona também sobre a mãe ser “saudável” para passar por esse estado e sair dele, pois é exatamente nesse estado que ocorre uma “empatia” onde a mãe consegue se colocar no lugar do bebê.

Para a autora Jan Abram (1997) uma exímia conhecedora da obra de Winnicott, a saúde emocional e física do bebê é resultado da habilidade que a mãe tem ao fazer a transição deste estado de “preocupação materna primária”, onde o bebê saudável alcançará um “senso de self” e um senso de “continuidade do ser”.

Verifica-se então a importância de equilíbrio nesse estado por parte da mãe, para que essa preocupação não se torne patológica a ponto de estarem ligadas por muito tempo mais que o necessário. Contudo as mães que não conseguem entrar saudavelmente nesse estado de “preocupação materna primária” e sair dele, agirá no futuro com uma “super proteção” tentando recuperar o tempo perdido.

Wilfred Bion (1897-1979)

Nasceu em Muttra, Índia no dia 08 de setembro de 1897 e faleceu em 08 de novembro de 1979 na cidade de Oxford, Inglaterra. Com apenas 8 anos de idade mudou-se para Inglaterra onde estudou em um Internato. Médico, mas também encantado pela psicanálise, o psicanalista Wilfred Ruprecht Bion foi o primeiro a utilizar a dinâmica de grupo.

Na fase adulta em formação presenciou as duas guerras mundiais, sendo voluntário na primeira e na segunda participou como psiquiatra. Portanto, pôde ajudar milhares de soldados a lidar com os horrores da guerra. Wilfred Bion iniciou suas próprias teorias após contato com Melanie Klein, Winnicott e Herbert Rosenfeld. Teve o seu nome conhecido na comunidade Psicanalítica chegando ao posto de presidente da Associação do país.

Na elaboração de suas pesquisas e estudo de grupo podemos citar alguns conceitos como: mentalidade de grupo, o grupo de trabalho, valência (disposição individual para de combinar com os demais indivíduos) e os supostos básicos (acasalamento, dependência, luta e fuga).

A influência do resumo de Freud

Pertenceu à Sociedade Britânica de Psicanálise, cujo trabalho exerce grande influência na psicanálise contemporânea. Apesar de ter uma ampla produção de conceitos, seu trabalho seguiu a linha central sobre a investigação do processo de pensar, e representou uma virada epistemológica na teorização psicanalítica. (ZIMMERMAN,2004).

Bion trabalhou arduamente, porém suas teorias sobre a psicose foram propagadas pelo mundo.

Jacques Lacan (1901-1981)

Jacques-Marie Émile Lacan não foi discípulo direto de Freud. Nasceu em Paris, França, em 13 de abril de 1901. Além de médico psiquiatra, psicanalista, foi também filósofo, crítico literário, linguista semiótico, estruturalista, entre outros.

Estudiosos abordam sobre a complexidade e dificuldade de compreensão da obra de Lacan.Por este amplo conhecimento em muitas áreas, com certeza deve ter colaborado com a dificuldade de compreensão de suas obras. Por isso a importância do pleno entendimento das obras de Freud, que é o alicerce da psicanálise, para depois entender as de Lacan.

Embora contemporâneo de Freud, surgiram muitas discordâncias entre os dois, pois Lacan elabora um jeito peculiar de entender a psicanálise e também no desenvolvimento da prática clínica. O complexo de Édipo é introduzido por Freud, e é considerado a pedra angular da psicanálise, por praticamente explicar o funcionamento psíquico e a formação da personalidade.

No resumo de Freud: o complexo de Édipo

Lacan diz que o complexo de Édipo é um mito freudiano. Provavelmente tenha criado para explicar como apoio de imagens, como se constitui o desejo, isso de acordo com a descrição de seus pacientes. O conflito edipiano no ponto de vista lacaniano não é apenas um delírio, fantasia, mas como função estruturante. Sendo assim a ficção em torno do pai e da mãe imaginários faz parte do complexo de Édipo estrutural.

Tempo de Sessão – Sabemos que normalmente as sessões de análise para Freud e os demais psicanalistas tinham a duração de 50 minutos, podendo estender até uma hora. Porém para Lacan neste quesito também apresenta as suas particularidades, pois eram mais curtas, podendo até mesmo durar apenas alguns minutos.

Além do mais, as técnicas utilizadas eram mais flexíveis. No setting analítico, Lacan ressaltava o valor da não interferência no falar do analisando para não correr o risco de contaminar o processo de análise e suas interpretações.

O eu e o outro

Com relação ao inconsciente, Lacan trouxe uma inovação, novos conceitos, ou seja: o inconsciente não seria uma manifestação do “Eu”, mas do “Outro”. Faz uma leitura bastante rigorosa quanto à complexidade, apontando para o grande “outro”.

Ainda evidencia que o inconsciente é como uma língua e que antes da língua não existe o inconsciente para o indivíduo. A interpretação linguística na psicanálise é a única possível para Lacan.

Na obra Lacaniana a linguagem se torna tão importante para o analista porque o discurso é o que se tem de mais concreto. Outro conceito importante que Lacan traz é a diferença e significado da tripartite: simbólico, imaginário e real. Há muito mais que dizer sobre a grande contribuição e inovação trazida por Lacan, mas vamos finalizando com a seguinte frase: “Você pode saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou.”

Conclusão sobre o resumo de Freud: semelhanças e diferenças entre grandes psicanalistas

Desde a antiguidade a humanidade busca pelo bem estar, pelo equilíbrio em todos os âmbitos, inclusive emocional. Vive em busca da felicidade, o próprio Freud disse (1930) que o “propósito do homem é a busca pela felicidade”.

Portanto é imensurável a contribuição da psicanálise à humanidade desde o seu criador Sigmund Freud, seus contemporâneos até os dias de hoje. Mais de um século se passou desde a criação da psicanálise e podemos constatar a evolução tanto no campo teórico como das técnicas no setting analítico, certamente pela pesquisa e dedicação desses estudiosos.

Freud e seus contemporâneos andaram na contramão e enfrentaram forte oposição no meio acadêmico conservador, médicos e psicólogos.

Os estudos de Freud

Ao estudar Freud e seus colaboradores elencados aqui neste trabalho podemos aprender com a trajetória que cada um percorreu na psicanálise e o quão importantes foram para o desenvolvimento atual na clínica psicanalítica.

Não há dúvida que nos tempos atuais objeções, barreiras encontradas no meio psicanalítico são menores, se comparado desde a criação da psicanálise, final do século XIX e início do século XX. Provavelmente em 1910 na 1ª Conferência Freud já tinha a visão do futuro da psicanálise, quanto aos avanços na parte teórica e técnica e na força que viria adquirir ao longo de mais de 100 anos.

Freud durante um período caminhou sozinho, por isso enfatiza a importância do aumento do valor e da autoridade da psicanálise, “As pessoas simplesmente não acreditavam em mim, como até hoje em dia não creem muito em qualquer de nós”. (1910;1970, pg.132).

Resumo de Freud: Melanie Klein e Winnicott

Melanie Klein e Winnicott trouxeram grande contribuição com relação a análise de criança, uma área que era desconhecida. Inclusive Winnicott defende que para uma melhor compreensão do desenvolvimento humano deveria ser observado o bebê desde a experiência do nascimento, (trauma de nascimento).

Melanie através do lúdico pôde elucidar, angústias, fantasias, medos e demais eclosões provenientes do inconsciente da criança. Há divergência em relação à importância que Freud atribui à sexualidade, Klein coloca como central a agressividade inata na criança (JORGE, 2007).

Para Winnicott (1994), a agressividade apresenta em si um movimento natural, como o agitar dos braços de um feto na barriga é só um movimento, porque a barriga é o seu limite, e não um soco ou então o movimento das pernas não é um chute por não haver intenção.

Contribuições relevantes

No resumo de Freud, uma das contribuições mais relevantes de Winnicott para a Clínica Psicanalítica está a definição de verdadeiro self e falso self, “Termo utilizado para designar a pessoa enquanto lugar de atividade psíquica, ou seja, o self seria o produto de processos dinâmicos que asseguram a unidade e totalidade do sujeito”. (Infopédia, Dicionários Porto Editora). Podemos vivenciar uma notável evolução, no entanto haverá necessidade que o profissional da área siga sempre aprimorando, pesquisando para evoluir e passar esse conhecimento adiante. Ao parar de aprender, também para de crescer, consequentemente para de ensinar.

A psicanálise surgiu para ir ao cerne da “questão” decifrando as reais causas dos transtornos psicológicos e restaurando a saúde mental. Veio para ajudar as pessoas a enfrentar seus conflitos, ajudar com aquilo que é intolerável, cooperando na transformação através da palavra, através da livre associação. A obterem a mudança de dentro para fora.

Além da compreensão do psiquismo humano, a psicanálise também influenciou a arte, a literatura e outros campos do conhecimento e não há dúvida que todos deixaram um grande legado.

O regime autoritário e o resumo de Freud

Gratidão a todos porque perseveraram ainda que tenham vivido em um período conturbado da história da humanidade. Período entre guerras, crises econômicas, pandemias, atuação do regime autoritário entre outros.

Muitos contribuíram para o avanço da ciência e do conhecimento. Sem dúvida foram o alicerce para o que a humanidade vive hoje no setting analítico. Portanto é indiscutível as inúmeras contribuições e inovações trazidas à psicanálise através de todos esses contemporâneos de Freud durante toda essa trajetória.

Conclui-se com o resumo de Freud, que a psicanálise surgiu para ficar, para fazer a escuta do mal-estar do nosso tempo, pois a humanidade continua a adoecer e sempre terá que conviver com os conflitos, angústias, sofrimentos, transtornos mentais. Veio para auxiliar a ressignificar, uma vez que teremos questões a resolver até o fim da vida.

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Este artigo foi escrito por Valdelice Rodrigues Ferreira (e-mail: [email protected]), concluinte do Curso de Formação em Psicanálise.