Não existe uma definição única de neurose. A neurose da angústia é um distúrbio psicológico diagnosticável que interfere na qualidade de vida do ser humano sem interromper a percepção da realidade da pessoa.
Neurose, também conhecida como psiconeurose ou distúrbio neurótico, refere-se a qualquer um dos vários distúrbios mentais ou emocionais, muitos dos quais envolvem uma quantidade significativa de ansiedade ou medo.
As neuroses não envolvem nenhum tipo de causa física e não incluem sintomas psicóticos, como delírios ou alucinações.
Por isso, o termo é frequentemente associado ao campo da psicanálise, mas não é mais usado na maioria das avaliações psiquiátricas.
No uso coloquial, o termo “neurótico” (aquele afetado por neurose) é usado para descrever uma pessoa com qualquer grau de depressão ou ansiedade, sentimentos deprimidos, falta de emoções, baixa autoconfiança e / ou instabilidade emocional.
Neurose de angústia psicanálise
Historicamente, duas das figuras mais influentes da psicanálise, Freud e Jung, discordaram sobre o que criou as neuroses. Freud acreditava que a neurose estava enraizada em decepções ou traumas iniciais, particularmente na infância.
Para Freud, as neuroses eram representações individuais de frustrações encontradas durante uma fase de desenvolvimento psicossexual e, portanto, eram de natureza sexual.
Jung, por outro lado, acreditava que as neuroses eram simplesmente exageros do que, de outra forma, seria uma expressão normal do self.
Por causa dessas diferenças de crença, os dois abordaram o tratamento das neuroses de maneira muito diferente.
Freud concentrou-se intensamente no passado do paciente, enquanto Jung acreditava que o melhor era colocar o foco naquilo que o paciente estava evitando no presente.
Jung sentia que focar nos erros e problemas do passado apenas alimentava um sentimento de autopiedade, e não o desejo de efetuar mudanças.
Necessidades neuróticas
Uma necessidade neurótica é simplesmente uma necessidade excessiva. Todos nós temos necessidades como: desejar aprovação, realização, reconhecimento social e assim por diante.
Em uma pessoa neurótica, essas necessidades tornaram-se excessivas, irracionais, irrealistas, indiscriminadas e intensas.
Por exemplo, todos nós queremos ser amados. Mas não esperamos que os outros derramem amor sobre nós o tempo todo.
Além disso, a maioria de nós é sensata o suficiente para perceber que nem todas as pessoas vão nos amar. Uma pessoa com uma necessidade neurótica de amor espera ser amada por todos o tempo todo.
As necessidades neuróticas são moldadas principalmente pelas experiências iniciais de vida de um indivíduo com seus pais. Os filhos são desamparados e requerem constante amor, afeto e apoio dos pais.
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Neurose segundo Sigmund Freud
Sigmund Freud adaptou o conceito de neurose aos transtornos mentais ou sofrimento com o aspecto principal da ansiedade extrema.
Este conceito investiga processos internos de personalidade e autoconceitos (conflitos inconscientes), relacionados à ansiedade neurótica.
Segundo Freud, a neurose também não precisa ser considerada negativa em todos os casos.
Uma neurose é a formação de sintomas comportamentais ou psicossomáticos em decorrência do retorno do reprimido.
Freud escreve que, de fato, há casos em que o próprio médico deve admitir que a solução de um conflito através de uma neurose é um dos mais inofensivos e mais toleráveis meios de se resolver a situação.
Na verdade, Freud vai mais longe ao argumentar que, mesmo o neurótico que precisa de tratamento simplesmente tem formações de sintomas mais debilitantes que impedem o prazer e a realização ativa na vida.
A psicose, ao contrário, refere-se quando um paciente perdeu completamente o contato com a realidade.
De acordo com Freud, existem várias classes de neurose
- Neuroses narcisistas: megalomania, melancolia. Freud via essas neuroses como particularmente difíceis de curar porque o paciente se desenvolveu de modo a recusar a interação com outras pessoas, dificultando assim a cura por se abrir com um analista.
- Neuroses de transferência ou “psico-neuroses”: quando o desejo de alguém por um objeto externo é transferido para fantasias que então tomam o lugar da verdadeira gratificação sexual.
Incluídos nesta categoria geral estão:
- Neurose de ansiedade
Algumas características desse tipo de neurose são preocupações ao extremo, crise de pânico e alguns sintomas físico como sudorese ou tremores. - Neurose depressiva
O indivíduo vivencia um momento de tristeza profunda perdendo o interesse na vida. Atividades que antes eram prazerosas passam a não ser mais. - Neurose obsessivo-compulsiva
Consiste em pensamentos repetitivos e comportamentos metais intrusivos podendo causar tristeza e angústia. - Transtorno de estresse pós-traumático (PTSD)
Pensamentos recorrentes do trauma vivido pelo indivíduo permanece em sua cabeça, atrapalhando a concentração e a vida social.
Saiba mais
Os transtornos psíquicos geralmente combinam um fator neurótico com um fator não neurótico.
Podendo haver disposições genéticas, que são estimuladas por fatores neuróticos. Por exemplo, uma pessoa com TOC pode verificar se a porta está trancada cinco vezes quando está estressada, mas o estresse pode ter causas neuróticas.
A neurose era frequentemente utilizada para descrever distúrbios nos quais o sistema nervoso não funcionava corretamente e não havia lesões para explicar a disfunção.
Neurose histérica de angústia
A neurose histérica de angústia é uma doença conhecida desde o tempo dos gregos, embora ao longo dos anos tenha mudado de significado e dimensão.
Originalmente, pensava-se que era uma doença feminina, visto que a palavra histeria significa “útero”, o útero se movia de uma parte do corpo para outra devido à frustração sexual.
A reação histérica na psicopatologia moderna é explicada como uma função defensiva pela qual o indivíduo escapa ou evita situações estressantes. Como um distúrbio neurótico, os sintomas da histeria podem assumir uma forma mais ampla.
Embora em um ponto do tempo o diagnóstico de histeria não fosse tão frequente, talvez porque o conhecimento médico não tivesse avançado tanto, ele mudou consideravelmente hoje em dia.
A histeria pode ser clinicamente agrupada em dois tipos: conversão e dissociação.
Na histeria de conversão a pessoa aflita pode apresentar sintoma físico de origem psicológica. Na ausência de causa orgânica, os sintomas e características são intrigantes e enigmáticos.
Como pode ser tratada?
Primordialmente, uma neurose é um sintoma de dor psíquica reprimida, que aparece como sintomas não relacionados ou inadequados.
Dessa forma, pode ser tratada com psicoterapia, na qual o paciente revive os sentimentos traumáticos reprimidos e aprende a lidar com eles de forma construtiva.
Considerações finais sobre neurose de angústia
Em suma, pudemos perceber que a neurose da angústia em psicanálise é um assunto que
não deve ser ignorado. Pessoas com esse transtorno tendem a ser mais intensas e impulsivas.
Existe um neurótico em todos nós, sobretudo, compreender como essas necessidades moldam nossos comportamentos pode nos ajudar a nos conscientizar delas quando ocorrerem em nossas vidas.
Isso, por sua vez, pode nos permitir regulá-los e evitar torná-los centrais demais para nossa existência. A autoconsciência pode nos permitir navegar pela vida e responder aos eventos sem deixar que o neurótico que habita em nós nos tire vantagem.
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2 thoughts on “O que é Neurose de Angústia em Psicanálise?”
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