Quem sofre com fobias experimentam um grande sofrimento em razão do medo intenso e irracional em razão de determinada coisa ou situação. Desse modo, fazem com que condicionem sua vida para evitarem o seu estímulo fóbico. É o que acontece com a fobia específica pluviofobia, que é a fobia de tudo que se relaciona a chuva, como tempestades e trovões.
Primeiro, o que são fobias?
Antes de tudo, saiba que as fobias são, em suma, medos superdimensionados, irracionais e paralisantes, que passam a prejudicar diversos aspectos da vida do fóbico. Todos nós possuímos medo, pois ele é inerente a natureza humana, como meio de defesa de perigos projetados pelo cérebro, como, por exemplo, medo de altura ou medo da morte.
Entretanto, estes são medos os quais conseguimos conviver, não interferindo em nosso cotidiano, preocupações passageiras, que somente surgem quando, de fato, nos vemos em um momento de perigo iminente.
Estamos em uma situação patológica, uma fobia, quando este medo se torna tão intenso que nos condiciona. Passamos a alterar nosso trajeto, mudar a rotina, enfim, espreitar por cima do ombro afim de evitar qualquer sinal de enfrentamento com determinada coisa ou situação.
No geral, as fobias parecem descabidas para que as vê de fora, porém, para o fóbico, são aterrorizantes, causando-lhe grande sofrimento. Afinal, a fobia vai além da racionalidade, e muitas vezes quem sofre sabe da desproporção do seu medo, porém não consegue controlá-lo, agindo de forma involuntária.
O que é pluviofobia?
Quanto ao significado e origem da palavra, pluviofobia vem da palavra pluvial, que tem relação à chuva, do latim “pluvialis”. Com a junção da palavra fobia, do grego “fobos”, que significa medo. Assim, é o medo intenso de chuvas e elementos a ela relacionados.
Ou seja, como dito anteriormente, pluviofobia é uma fobia específica, em que a pessoa possui um medo intenso e irracional de tudo que se relacionar a chuva. Como, por exemplo, medo de raios, trovões, tempestades e, até mesmo, o medo de se molhar.
Nesse sentido, quem sofre de pluviofobia, assim como em outras fobias, passa a condicionar a sua vida para evitar qualquer contato com seu estímulo fóbico. Neste caso, passa até mesmo a não sair de casa a qualquer sinal de chuva, para evitar a exposição, pois sua mente entende que está em uma situação de perigo, gerando a evitação.
Assim, quem sofre de pluviofobia gera expectativas constantes de perigosos relacionados a chuva, de maneira consciente e inconsciente. Ou seja, respondem com extrema ansiedade ao seu estímulo, ainda que ele esteja se manifestando de forma indireta.
Causas do medo de chuva
Assim como outras fobias específicas, para pluviofobia não existem causas específicas que leve a pessoa a sofrer com essa patologia da mente. Entretanto, para o medo de chuva, existem algumas causas mais comuns, como, por exemplo:
- experiências traumáticas relacionadas a tempestades severas ou fenômenos naturais extremos, que causaram danos de ordem física, mental e material à pessoa;
- predisposição genética para o desenvolvimento de fobias;
- condicionamentos em razão de fatores culturais e ambientais, principalmente sobre crenças irracionais relacionadas ao perigo da chuva.
Portanto, as fobias específicas podem ser causadas por um conjunto de fatores e experiências, como condições biológicas, sociais, culturais e psicológicas. Além disso, essa condição pode ter sido desencadeada por um medo intenso associado a um perigo sofrido pelo fóbico.
Principais sintomas da fobia de chuva
A pessoa que sofre por alguma fobia específica, a qualquer estímulo fóbico, seu sistema nervoso responde como se estivesse em iminente perigo, fazendo com que seu cérebro reaja de forma defensiva.
Assim, há elevação nos níveis de ansiedade, podendo levar a ataques de pânico, gerando comportamentos involuntários e irracionais. Nesse sentido, podemos destacar como principais sintomas da fobia específica pluviofobia:
- hiperventilação;
- aumento da frequência cardíaca;
- pressão no peito;
- tonturas;
- náusea;
- aumento da pressão arterial;
- alterações gastrointestinais;
- dores de cabeça, etc.
É importante observar que o nível de manifestação das reações depende muito do nível de exposição ao estímulo que é considerado prejudicial. Ou seja, quanto maior a exposição ao estímulo, maior será a intensidade da resposta.
Por exemplo, uma pessoa que assiste à chuva de dentro da sua casa não reagirá da mesma forma que uma pessoa que está diretamente exposta a uma tempestade.
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Tratamentos para o medo de chuva
Antes de tudo, é fundamental que entendamos nossos medos para que possamos usar nosso potencial de coragem e, assim, alterar nossa forma de agir, nos permitindo enfrentá-los e resolvê-los. Desse modo, para se libertar dos medos, é necessário questionar a si mesmo e se desafiar, afim de enxergar que a vida algo mais grandioso do que se imagina.
Assim, enfrentar os medos é uma forma de se conhecer melhor; eles não desaparecem por conta própria, a menos que compreendamos porque mantemos certos comportamentos e façamos mudanças nas nossas atitudes.
Dito isso, para o tratamento de fobias específicas, como é o caso da pluviofobia, importante buscar ajuda de um profissional especializado em saúde mental, como, por exemplo, tratamento terapêutico. Pois ele analisará os sintomas e encontrará as causas que desencadearam a fobia. Para que, assim, possa intervir com técnicas para eliminar a fobia ou ajudar a pessoa a lidar com ela.
Desse modo, no geral, a terapia para esse medo começa ao avaliar a intensidade de ansiedade que o estímulo gera, assim como as experiências ruins relacionadas e a fragilidade individual.
No geral, quais são as causas das fobias?
Ao identificar circunstâncias que nos desconcertam, o cérebro conecta-as a um estado de perigo, reagindo instintivamente. Isso significa que o nosso corpo responde imediatamente a tal estímulo, tentando enfrentá-lo. Assim, é exatamente nesse contexto que as fobias exercem influência sobre nossos pensamentos e ações.
Nesse sentido, como falamos, as fobias podem ser desencadeadas por inúmeros fatores, dentre os principais podemos destacar:
- experiências traumáticas;
- crenças e superstições;
- desinformação e desconhecimento;
- experiências subjetivas de vida intrauterina;
- pensamentos ansiosos;
- falta de autoconfiança;
- arquétipos.
Como a psicanálise pode ajudar no tratamento das fobias?
Sobretudo, a psicanálise é uma maneira eficaz de tratar as fobias, pois oferece uma nova perspectiva para entender os mecanismos subjacentes às fobias, permitindo que sejam identificadas as raízes emocionais e psicológicas dessa condição.
Em suma, o objetivo é determinar o que está causando o medo exagerado e entender como os mecanismos de defesa se desenvolveram para lidar com a situação. Ao entender o que motiva a fobia, o terapeuta pode ajudar o paciente a enfrentar seus medos e lidar melhor com as situações que o assustam.
Além disso, a psicanálise também pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades pessoais para lidar com o estresse, reavaliar suas crenças e pensamentos negativos e buscar suporte emocional. Por meio da psicanálise, o paciente pode aprender a reconhecer e aceitar os seus medos e ansiedades e, ao mesmo tempo, a desenvolver estratégias para enfrentá-los de forma mais eficaz.
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