Psicanálise dos Relacionamentos: 12 ideias poderosas

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Estruturada no mundo primeiramente por Sigmund Freud, a Psicanálise se ramificou no mundo gerando novas perspectivas sobre as relações. Desde o seu início, o trabalho psicanalítico focou uma atenção em especial nos relacionamentos, montando uma estrutura única sobre tal. Veja o resultado desse trabalho em 12 ideias geradas pela Psicanálise dos relacionamentos.

A origem do amor, segundo Freud

Em seus escritos, Freud afirmava que a primeira manifestação de amor que temos se origina ainda na infância. O contato com o seio de nossa mãe seria a porta de entrada para que as concepções sobre o amor maturassem em nossa mente. Assim sendo, segundo ele, tudo se mostraria como uma afirmação.

Além disso, ele categoriza esse período como fase oral. Isso porque, além do amor, a criança também se estimularia sexualmente enquanto é amamentada. Dessa forma, para ele, ter contato com uma parte tão íntima de alguém estrutura as primeiras diretrizes a respeito do seu desenvolvimento psicossexual. Isso costuma acontecer entre o nascimento até 1 ano de idade.

Os relacionamentos e a cruzada com o desenvolvimento sexual

Ao passar a fase oral, anal, fálica e edipiana, entramos no período de latência. É nesse momento que a criança demonstra mais controle sobre si e recolhe os gatilhos sexuais voltados aos pais. No entanto, isso permanece até a fase da adolescência, onde tudo aflora novamente. Com isso, se bem trabalhado durante a vida, a aptidão para as relações amorosas se mostra natural.

Sexualidade é uma moeda dupla: é a nossa fraqueza e força

Para Freud, o sexo é o principal catalisador e característica que nos define como comunidade. É parcialmente através dele que nos movimentamos em sociedade, conhecendo outros indivíduos e nos impulsionando em direção eles. Assim sendo, note que o tesão, a disposição carnal, é o que flameja nossas ações. Literalmente, temos um vigor e força física maior.

Ainda assim, o sexo também é nossa fraqueza. Sendo repudiado publicamente, entra em conflito com questões moralistas e puritanas. Um bom exemplo disso se concentra nos religiosos envolvidos em escândalos sexuais ao redor do mundo. Mesmo sob o manto da igreja, eles têm extrema dificuldade em controlar os impulsos.

Homossexualidade não é doença

Sabiamente, Freud defendeu que o homossexualismo não se enquadrava em nenhum tipo de doença. Assim, ao contrário de muitos, ele enxergava que não havia vantagens na condição sexual, bem como não havia defeitos. Os homossexuais pareciam e eram como outras pessoas quaisquer e em momento algum a sexualidade interferia nisso.

Ele usou como base:

O intelecto

Homossexuais eram tão ou mais inteligentes que as pessoas comuns, o que construía um abismo com os doentes. Eles se mostravam plenos de suas capacidades mentais e cognitivas, o que inviabilizava qualquer quadro de doença. Afinal, que tipo de mal-estar deixa um indivíduo exatamente como era antes?

Cultura ética

Não havia uma postura que os empurrasse a um quadro de doença. Os homossexuais eram extremamente éticos em sociedade e possuíam o controle de fazer escolhas conscientes. Muitas vezes, até eram mais humanistas do que os agressores puritanos.

Todo o nosso corpo é erótico

Em seu trabalho, Freud afirmou que o ser humano tem seu instinto sexual estimulado desde o início da vida. Ele usou como base um bebê que mamava satisfatoriamente no peito da mãe. O psicanalista nos convidava a refletir em como isso era um sinal do viria nos próximos anos. Ademais, a excitação poderia vir de qualquer arte do corpo, não dependendo da genitália para isso.

As relações de amor possuem sentimentos de valores duplo

Freud identificou que os relacionamentos íntimos possuem uma carga emocional ambivalente, com duas cargas. Assim, com isso, afirmou que mesmo a manifestação mais verdadeira de amor pode não ser o que aparenta. De modo inconsciente, há uma opositividade por baixo desse sentimento bom. Literalmente, é uma relação de amor e ódio.

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O que amamos nos outros agregamos a nós mesmos

O psicanalista batizou esse processo como interiorização. Freud indicou que conseguimos identificar traços específicos e positivos em outras pessoas que amamos e juntar isso em nós. Podemos observar melhor isso quando alguém se refere ao outro como “minha cara metade”. Em geral, são absorvidos:

Características

Quando estamos apaixonados, acabamos enxergando alguns pontos no parceiro e inconscientemente tentamos reproduzir. É uma forma que temos de nos aproximar dele, refletindo o que enxergamos.

Sentimentos

Quando estamos apaixonados, por exemplo, costumamos dar o melhor de nós a fim de corresponder o parceiro. O amor que ele sente por nós e devolvido da mesma forma.

Comportamentos

Nesse caminho de interiorização, puxamos trejeitos físicos e mentais do outro. Isso permite a ele se sentir seguro diante de nossa presença, podendo se abrir mais.

Nossos pais são nossos primeiros professores

Por meio do cuidado de pais e outros cuidadores, construímos nosso “mapa do amor”, uma impressão ideal do que seria uma figura amorosa. Isso nos segue pela vida, servindo com referência na hora de escolher novos parceiros.

A fantasia importa à excitação

Essa ideia da Psicanálise dos relacionamentos evoca o poder da fantasia sobre nós. É por meio dela que conseguimos nos excitar, nos imaginando em um ambiente lascivo e sujo.

Necessidades básicas satisfeitas

Uma relação só se torna valorosa quando os dois podem ter suas necessidades atendidas. Os esforços de ambos devem alcançar o bem-estar individual e do casal.

Reconstrução

Todos nós erramos e isso acaba por afetar a relação em dado momento. Assim, é preciso saber como juntar as peças que antes mantinham a relação unida e estável. Pense que cada erro cometido é uma forma de aprender sobre si e sobre o outro.

O poder de solucionar crises

Existem diversas etapas para que um problema seja solucionado. Isso inclui a compreensão, empatia, comunicação… Dessa forma, cada indivíduo deve possuir essa aptidões e a disposição necessária para tal.

Considerações finais: psicanálise dos relacionamentos

A Psicanálise dos relacionamentos é um raio-x que propõe reflexões profundas a respeito da conexão humana. Por meio dela, estabelecemos padrões de pensamento que nos permitem abordar diversas óticas a um mesmo ambiente. É o histórico iniciado por Freud e levado para frente pelos seus seguidores.

Enquanto algumas temáticas abordadas ainda parecem absurdas, outras provam o seu valor de agregamento nos dias atuais. Use isso para avaliar como anda a situação em relação a quem ama. Quem sabe não encontra algo em que possa melhorar?

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