psicologia comunitária

Psicologia social comunitária: conceitos, princípios e intervenções

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A psicologia social comunitária é um campo de estudos que analisa a interação entre os indivíduos e seu contexto sociocultural mais amplo.

Ela entende que os problemas humanos estão intimamente relacionados a questões sociais e que a comunidade exerce grande influência sobre a saúde e o bem-estar das pessoas.

Essa especialidade da psicologia surgiu na década de 1960 a partir da percepção de que a psicologia clínica tradicional tinha limitações para tratar de problemas psicossociais e carecia de uma perspectiva mais sistêmica.

Desde então, a psicologia comunitária só cresceu em importância e reconhecimento, com publicações científicas, programas universitários e divisões em associações do campo da psicologia dedicadas especificamente a essa área.

Neste artigo, vamos entender melhor o que de fato é a psicologia comunitária. Portanto, continue lendo para descobrir!

O que é a psicologia social comunitária?

Psicologia Social comunitária resumo

A psicologia social comunitária é um campo de estudos e práticas da psicologia que analisa as interações entre os indivíduos e seus contextos socioculturais, buscando promover mudanças positivas em comunidades e grupos marginalizados ou oprimidos.

Essa especialidade da psicologia surgiu na década de 1960 a partir da percepção de que a psicologia tradicional, focada no indivíduo, não dava conta de problemas sociais mais amplos que afetam a saúde mental coletiva.

Então, a psicologia comunitária passou a adotar uma perspectiva mais sistêmica, que considera como aspectos culturais, políticos, econômicos e ambientais influenciam o bem-estar das pessoas.

Seus valores centrais incluem:

  • justiça social;
  • empoderamento comunitário;
  • qualidade de vida; e
  • defesa de grupos minoritários.

O foco da psicologia comunitária é entender e atuar sobre questões que impactam negativamente a vida de comunidades, especialmente as mais vulneráveis e marginalizadas.

Além disso, seus objetivos são dar voz e poder a esses grupos, facilitando sua organização política e a conquista de direitos, além de melhorar suas condições concretas de vida.

Portanto, as estratégias usadas por psicólogos comunitários são variadas, podendo envolver pesquisas participativas, desenvolvimento de programas psicossociais localizados, formulação de políticas públicas, capacitação de lideranças comunitárias, educação popular, entre outras formas de investigação-ação transformadora.

Em resumo, a psicologia social comunitária estuda e busca melhorar a interação entre pessoas e seus contextos sociais, em direção a uma sociedade mais justa e inclusiva.

Além disso, ela combina ciência e prática política para gerar mudanças reais na vida de grupos oprimidos ou esquecidos pelas estruturas de poder.

Princípios, valores e objetivos

Como já falamos, a psicologia comunitária orienta-se por princípios como justiça social, direitos humanos, qualidade de vida, inclusão e diversidade.

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    Além disso, seus valores centrais giram em torno da equidade, da participação democrática e do empoderamento dos indivíduos para se tornarem agentes de mudança social.

    Portanto, ela busca entender e atuar sobre problemas que afetam populações marginalizadas, minorias étnicas e raciais, grupos desfavorecidos socioeconomicamente e outros segmentos vulneráveis da sociedade.

    Objetiva dar voz e poder a esses grupos, capacitando seus integrantes e melhorando suas condições concretas de vida.

    Em resumo, os objetivos da psicologia comunitária são:

    • Promover o bem-estar e a qualidade de vida de comunidades
    • Aumentar a participação cívica e o engajamento comunitário
    • Gerar mudanças nas políticas públicas relacionadas à saúde e à assistência social
    • Combater desigualdades e injustiças que afetam grupos oprimidos
    • Empoderar lideranças e movimentos sociais dentro de suas comunidades

    De que forma a psicologia social comunitária é aplicada?

    A psicologia social comunitária é aplicada por meio de diversas estratégias e ações que buscam, em última instância, promover a qualidade de vida e o empoderamento de grupos marginalizados ou oprimidos.

    As principais formas de aplicação dessa vertente da psicologia são:

    • Pesquisas participativas: envolvem membros das comunidades estudadas no processo de investigação, mapeando demandas, potencialidades e caminhos de transformação.
    • Programas psicossociais localizados: projetos situados em territórios vulneráveis, abordando problemas como saúde mental, violência, abuso de drogas ou falta de oportunidades com perspectiva comunitária.
    • Formulação de políticas públicas: orientação, com base em evidências científicas, de gestores públicos na criação de políticas de assistência social, saúde, educação, etc. que beneficiem comunidades.
    • Capacitação de lideranças: formação de lideranças comunitárias, preparando-as para defender direitos políticos e sociais de seus grupos junto ao poder público.
    • Ações de educação popular: projetos de base para promover consciência crítica e cidadania entre membros de grupos oprimidos.
    • Direito e ativismo: defesa pública e pressão política em favor de mudanças nas estruturas governamentais e sociais que perpetuam desigualdades que afetam populações marginalizadas.

    A aplicação da psicologia comunitária, portanto, assume formas científicas, políticas, educativas e de orientação de gestores públicos e organizações socioassistenciais. Visando sempre gerar melhorias concretas e empoderamento de grupos vulnerabilizados.

    Métodos de pesquisa e intervenção

    A psicologia comunitária utiliza uma grande diversidade de métodos de pesquisa: desde abordagens quantitativas com levantamentos estatísticos até etnografias qualitativas que buscam compreender em profundidade as dinâmicas locais de determinada comunidade.

    As intervenções realizadas por psicólogos comunitários também são bastante variadas, podendo envolver:

    1. o desenvolvimento de programas concretos dentro de comunidades;
    2. campanhas educativas;
    3. orientação de políticas públicas;
    4. capacitação de lideranças locais;
    5. pesquisas participativas;
    6. e investigação-ação voltada à transformação da realidade.

    Alguns exemplos de intervenções típicas são:

    • Programas de educação em saúde e prevenção de doenças para grupos marginalizados
    • Iniciativas de geração de renda e inclusão produtiva de mulheres ou jovens em situação de rua
    • Ações para aumentar o protagonismo de minorias étnicas na política local
    • Capacitação de conselhos gestores de assistência social sobre direitos de grupos oprimidos
    • Pesquisas participativas para mapear demandas e potencialidades de uma favela

    Essas ações têm como fio condutor o empoderamento, a conquista de mais direitos e melhores condições de vida por parte dos grupos atendidos.

    Psicologia Social comunitária mapa mental

    Áreas de estudo relacionadas

    A psicologia comunitária dialoga e se articula com diversas outras áreas do conhecimento, como a sociologia, antropologia, saúde coletiva e serviço social.

    Ela incorpora constructos, métodos e técnicas dessas áreas afins, reconhecendo que muitos dos problemas comunitários têm raízes multicausais e exigem soluções interdisciplinares.

    Um ponto que diferencia a psicologia comunitária de outros campos é seu foco específico nos processos psicossociais, nas subjetividades e significados que permeiam a vida em comunidades.

    Seu olhar busca ir além dos determinantes estruturais e materiais, entendendo também as dimensões simbólicas, emocionais e relacionais dos problemas comunitários.

    Considerações finais 

    Enfim, cada vez mais, os psicólogos estão sendo chamados a transcender os consultórios e intervir sobre questões sociais mais amplas que afetam a saúde mental e o bem-estar da população.

    E a psicologia comunitária responde a esse chamado, oferecendo um conjunto robusto de princípios, métodos e técnicas para compreender e transformar positivamente a vida de grupos e comunidades.

    Portanto, sua relevância social só tende a crescer à medida que as demandas por justiça, inclusão e qualidade de vida para todos se tornam cada vez mais prementes globalmente.

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