ser único

Ser único, ser especial: o que te torna assim?

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Hoje falaremos sobre ser único. Todos nós temos características psicológicas específicas que determinam quem somos. As diferenças relativas a personalidade, inteligência, habilidades e talentos fazem com que cada um de nós seja único.

Muito antes da psicologia surgir como disciplina científica, os filósofos já discutiam se os seres humanos nascem com algum conhecimento prévio do mundo ou são “folhas de papel em branco” que aprendem tudo com a experiência.

Entendendo sobre o ser único

Outra questão que também dividia opiniões era se desenvolvemos características individuais ao longo da vida ou nascemos com determinado caráter. No século XIX, esse debate tornou-se assunto científico, após a publicação de “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, em 1859, e o trabalho de Gregor Mendel sobre herança genética. Essas obras forneceram provas de que pelo menos algumas características tanto físicas quanto comportamentais são herdadas.

Desenvolvimento do caráter e o ser único

Os psicólogos discutem se nosso caráter é um traço congênito ou algo influenciado pelo mundo à nossa volta. Muitos acreditam que é combinação das duas coisas, como uma árvore, que cresce naturalmente, mas é podada por um jardineiro.

Arnold Gesell, dizia que os seres humanos são geneticamente programados e passam por diferentes padrões de desenvolvimento que determinam o seu caráter. Todos nós passamos pela mesma série de mudanças, na mesma ordem, essas mudanças são, nas palavras de Gesell, “relativamente impermeáveis à influência ambiental”.

Num processo que ele chamou de “maturação”, esses padrões de mudança permitem que nossas habilidades e características herdadas surjam gradualmente, à medida que nos desenvolvemos física, emocional e psicologicamente. Do aprendizado, o psicólogo behaviorista John B. Watson argumentou que não herdamos nenhuma característica psicológica. Em sua opinião, nosso caráter, talentos e temperamento são moldados unicamente pelo meio em que estamos inseridos e, sobretudo, pela nossa formação.

E a nossa personalidade, como explica?

Gordon Allport (1897 – 1967), considerado por muitos o fundador da psicologia da personalidade, Gordon Allport passou a maior parte da vida profissional na Universidade de Harvard. Nascido em Indiana, EUA, filho de pai médico, mudou-se para Ohio aos seis anos. Allport era tímido e solitário na escola, e os meninos implicam com ele porque só tinha oito dedos nos pés.

De acordo com Allport, personalidade não é fixa. Embora alguns traços sejam constantes, outros mudam com o tempo, e alguns só aparecem em determinadas situações.

No conceito jurídico nossa personalidade está umbilicalmente ligada ao de pessoa. Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é, portanto, qualidade ao tributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.

O começo da personalidade natural

O nascimento com vida. De acordo com o Código Civil, prescreve o art. 2°: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. E de acordo com o art. 6°do Código Civil, a personalidade jurídica da pessoa natural, extingue-se com a morte completa, ou seja, o fim da sua existência, o fim do ciclo vital da pessoa humana, a sua existência, corresponde ao término das funções do indivíduo.

Então a personalidade é aquilo que é pessoal e determina a individualidade de uma pessoa moral. Distingue uma pessoa de todas as outras, seu jeito de ser e de agir habitualmente. É a capacidade psicológica que permite ao indivíduo se reconhecer e se perceber como sujeito único e permanente.

As três faces daquilo que nos torna únicos

Em um famoso caso, mais tarde transformado em filme “As três faces de Eva”, uma mulher exibia duas personalidades distintas, uma comportada e certinha e outra desvairada e irresponsável, parecendo ser duas pessoas diferentes.

Após o tratamento, a paciente desenvolveu uma terceira personalidade, consciente das outras duas, capaz de equilibrar os dois extremos.

Em sintonia com as emoções e o ser único

Pessoas deprimidas podem ter maior habilidade para detectar emoções. Alunos da Queen ‘s University, no Canadá, receberam a tarefa de analisar fotografias de olhos e dizer qual emoção a pessoa retratada estava sentindo. Alunos classificados como deprimidos tiveram resultados melhores do que aqueles que não sofriam de depressão, reconhecendo emoções tanto negativas como positivas.

Mais cedo ou mais tarde, todos nós nos sentimos desanimados, geralmente por algo que aconteceu em nossa vida, como uma perda ou até mesmo um mero desapontamento. É normal nos sentirmos tristes quando acontece alguma coisa ruim em nossa vida. Mas se a tristeza for desproporcional em relação à sua causa e o desânimo persistir, estamos falando de um distúrbio chamado depressão.

A causa da depressão, de um modo geral, não está relacionada a fatores externos, mas a algo interno, como um problema neurológico ou psicológico. O limite entre tristeza e depressão, no entanto, é bastante tênue. Quando uma pessoa se sente deprimida, acaba gastando mais, comprando para se sentir melhor.

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    A Cura pela fala- é bom falar

    Ao longo da história, as pessoas sempre procuraram formas de lidar com problemas como ansiedade e depressão, que só foram reconhecidos como transtornos mentais no século XIX. A partir dessa época, com a evolução da psicoterapia, os psicólogos chegaram à conclusão de que a compreensão das causas desses transtornos podia ajudar a amenizá-los.

    O pioneiro dessa forma de tratamento, encontrar a causa dos transtornos mentais pela fala foi Sigmund Freud. Ele havia trabalhado com Jean- Martin Charcot, neurologista que recorria à hipnose para tratar de pacientes com “histeria” , a maioria mulheres com sinais extremos de angústia.

    Em seguida, Freud foi trabalhar com o médico Josef Breuer, que hipnotizava seus pacientes e depois lhes perguntava sobre seus sintomas. Um caso, em particular, ficou bastante conhecido, o de uma mulher chamada Anna O. Breuer verificou que, à medida que Anna se lembrava de eventos traumáticos de seu passado, sua condição melhorava.

    Freude o ser único

    Essa “cura pela fala”, como Anna dizia, levou Freud à conclusão de que os sintomas da ansiedade e da depressão, comportamento neurótico, podiam ser aliviados se eles deixassem os pacientes falarem livremente sobre ideias, memórias e sonhos. A filha mais nova de Freud, Anna Freud, também foi uma psicanalista famosa, que desenvolveu suas teorias sobre o inconsciente.

    Segundo Freud, falar é a melhor cura para transtornos mentais. Ao revelar pensamentos e sonhos ocultos a um terapeuta, o paciente pode liberar memórias reprimidas e aliviar a angústia.

    Ato falho é difícil de esconder completamente o que está reprimido em nosso inconsciente. Muitas vezes, as coisas que nos afligem se revelam sem percebermos. Quando falamos, é comum demonstrarmos nossos verdadeiros sentimentos por meio da linguagem corporal. Ou talvez usemos a palavra errada, um erro conhecido como ato falho, revelando o que realmente estamos pensando.

    Conclusão sobre o ser único

    Em suma. Todo o ser humano é único. Além de diferenças físicas, cada um de nós tem características psicológicas, como personalidade e inteligência, que nos distinguem. Algumas coisas, porém, são comuns à maioria de nós, coisas que consideramos “normais”.

    Talvez saibamos o que consideramos normal, mas não é fácil definir o que queremos dizer com “normalidade”. Um comportamento considerado normal numa cultura pode ser estranho em outra, e cada pessoa tem uma visão própria. Pessoas com talentos especiais, por exemplo, não são vistas como anormais, mas excepcionais. Quando dizemos que alguém é anormal, estamos querendo dizer que a pessoa não é como achamos que ela deveria ser.

    Avaliamos as pessoas pela aparência e por sua condição mental. Todo aquele que não se enquadra em nosso padrão de normalidade teríamos de “anormal”. E como consideramos esses indivíduos diferentes, é comum haver um estigma relacionado aos transtornos mentais. Mas nós como cidadãos únicos, conscientes devemos nos conscientizarmos e respeitarmos as diferenças uns dos outros para vivermos em harmonia e de forma mútua.

    Este artigo foi escrito por Elisângela Ribeiro ([email protected]), concluinte do Curso de Formação em Psicanálise.

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