O que é um serial killer para a Psicanálise?

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Eventualmente, por meio dos noticiários, acabamos por descobrir casos de assassinatos cada vez mais monstruosos. Os indivíduos não possuem nada de espetacular além de uma crueldade pueril e bastante assombrosa. Descubra o que é um serial killer de acordo com a Psicanálise e como o mesmo se constrói.

O que é um serial killer?

Um serial killer, ou assassino em série, é um indivíduo com perfil psicopatológico que comete assassinatos com determinada frequência. Dada à forma como trabalha, o mesmo acaba deixando uma espécie de assinatura no local do crime. Essa assinatura serve para identificá-lo e indica algum traço pessoal da sua personalidade.

Não existe uma receita pronta para que averiguemos de imediato se alguém é ou não um serial killer. Os assassinos pegos em investigação levavam uma vida comum e pouco extraordinária dos demais. Assim como qualquer pessoa de boa índole, se mostravam prestativos, respeitáveis e inofensivos até serem descobertos.

Cabe ressaltar que um assassino em série pode cometer diversos crimes em poucas horas ou demorar bastante entre eles. Com isso, encontramos casos onde o criminoso matou alguns em poucos dias enquanto outro levou anos para executar 3 vítimas. Por conta disso, em alguns casos, a polícia tem dificuldade para linkar os crimes.

Tipos de serial

Segundo levantamentos, se concluiu que existem dois tipos de assassino em série. A forma como estes se manifestam derivam totalmente de sua formação interna e percepção de mundo. Graças a isso, conseguimos perceber padrões mais claros ou não entre um crime e outro quando estes se repetem. As duas formas se configuram em:

Organizados

Os tipos de assassinos em série organizados carregam uma inteligência normal aos demais, ainda que alguns superem a maioria. Com isso, usam desse reforço para se encaixar na sociedade sem serem notados. Infelizmente, são os mais difíceis de serem pegos, já que planejam seus crimes, prolongando assim a permanência de seus crimes.

Além disso, é comum que não se entreguem nos crimes, deixando algum tipo de prova, por exemplo. Por incrível que pareça, conseguem construir família normalmente e atingirem altas posições na sociedade. À medida em que crescem socialmente, redobram o cuidado para não serem descobertos.

Desorganizados

Em contrapartida, os desorganizados são “estabanados”, por assim dizer. Costumam agir por impulsividade, já que não planejam adequadamente suas ações. Com isso, também se valem de improviso, já que utilizam o que encontram no local para ferir a vítima. Eles costumam deixam algumas evidências de que estiveram no local do crime.

Indicativos na infância

Se olharmos ao histórico de cada serial killer, perceberemos sinais sutis de seu comportamento na fase adulta. Por falta de desconhecimento até, muitos pais ignoram pistas dos elementos que estão construindo a psique desses indivíduos. O status infantil acaba bloqueando qualquer manifestação grave que este possa dar, como:

Piromania

Diversos assassinos em série mostraram um fascínio pertinente em incêndios ou qualquer princípio deste. Ao contrário dos demais, este sente prazer em assistir algo construído ruir até as cinzas. Tudo “melhora” quando ele mesmo inicia o incêndio, sentindo o poder de fazer destruição em massa.

Urinavam na cama

Por causa de um atraso em seu desenvolvimento, alguns assassinos acabavam urinando em suas camas. Conhecida como enurese noturna, o evento termina sendo, em parte, sequela de estresse emocional. A carga que este carrega em decorrência de algum evento acaba bloqueando seu trato urinário de funcionar como deveria.

Crueldade animal

Sendo um dos principais sintomas, a criança não compreende o quanto ferir animais é cruel. Sem qualquer hesitação, acaba machucando bichos indefesos com facilidade e se esforça para ferir os grandes. Mesmo sendo tão jovem, encontra intuitivamente caminhos para ser cruel, se valendo de ferramentas ou até veneno.

A negligência na infância

O serial killer pode facilmente ter problemas originados em algum evento traumático originado na sua juventude. Por conta da incapacidade de lidar adequadamente com alguns eventos desagradáveis, esse indivíduo desenvolve problemas em sua estrutura psíquica. Consequentemente, isso ajuda a elevar um quadro de intolerância com frustrações e sentimentos alheios.

Graças a isso, acaba desenvolvendo um gosto por hábitos e mecanismos sádicos ao bel prazer. As emoções de outros indivíduos não tem qualquer peso na sua tomada de decisão. A sua ansiedade termina por projetar qualquer perigo que este carrega ao meio externo. Notavelmente, essa ansiedade deslocada acaba dando voz às suas tendências sádicas.

Cabe ressaltar que nem todas as pessoas que passaram por traumas na infância se tornam um serial killer. Contudo, esses acontecimentos ajudam a fragmentar ainda mais uma mente que já estava quebradiça. Seria como um voto de Minerva ao desequilíbrio de conduta interna e externa.

Padrões

Como viu acima, o serial killer é dividido em duas categorias específicas. Isso depende diretamente da forma como ele se construiu ao longo do tempo interna e socialmente. Consequentemente, vai se refletir e se condensar na forma como este trabalha, deixando uma marca pessoal nesse trabalho.

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    Por exemplo, muitos assassinos fazem uma seleção criteriosa de suas vítimas. Eles procuram por determinado biotipo com base na figura que a vítima lhe evoca. Assim, muitos acabam por matar determinada figura X por esta lhe lembrar alguém que o machucou. Outros, dada sua desorganização, matam aleatoriamente.

    Além disso, o método usado e o local também contribuem bastante na construção de um padrão. A ferramenta utilizada possui um significado de identificação ao assassino que o liga a uma persona. Exemplificando, o “Assassino da machadinha” é uma figura, um alter-ego. Por trás dele, há um indivíduo de nome comum e com residência comum.

    Considerações finais sobre o serial killer

    Por conta da sua estrutura psíquica, uma pessoa pode desenvolver facilmente hábitos e posturas de um serial killer. Como visto acima, grande parte dessa estrutura já nasce com ele, se configurando como uma psicopatia de ordem natural. Embora ele mesmo não saiba, acaba entregando sinais de sua monstruosa face no decorrer da vida.

    Ainda hoje se procuram as causas precisas para determinar o motivo desse comportamento ocorrer. Cientistas ligam a atividade anormal dos hormônios ou mesmo lesões cerebrais a esse perfil destrutivo. Mesmo assim, é trabalhada uma forma de fazer um diagnóstico preciso para efetuar julgamentos corretos na punição de crimes.

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