Afinal, o que é Síndrome de Asperger?

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Algumas alterações nos componentes químicos de nosso cérebro podem mudar a forma que interagimos com o mundo. Com isso, podemos nadar na contra-mão dos demais, chamando a atenção por causa de nossa condição. Esse é o caso da síndrome de Asperger, condição que afeta a externalização de reações mais simples, como a fala.

O que é síndrome de Asperger?

A síndrome de Asperger é um transtorno de origem neurobiológica que afeta a percepção externa e a interação interpessoal. Os pesquisadores a enxergam como uma condição bem aproximada do autismo, participando do espectro de variação do mesmo. Com isso, se encaixa na lista de transtornos relacionados ao desenvolvimento.

Há alguns anos, a síndrome foi encaixada no TEA, o Transtorno do Espectro do Autismo. Por conta disso, ficou figurada como uma forma mais leve deste último, recorrendo a novos diagnósticos para a sua avaliação. Assim, cada paciente passou a ser avaliado em graus de comprometimento, deixando sua avaliação mais plena.

Indivíduos com Asperger recebem o mundo de outra forma, enxergando, ouvindo e sentindo por um caminho diferente dos demais. Consequentemente, isso acaba dificultando o seu contato com outras pessoas, limitando suas interações. Cabe ressaltar que não se trata de uma doença ou algo similar. Como síndrome, essa condição precisa de acompanhamento até o fim da vida.

Sintomas

A síndrome de Asperger carrega sinais bem evidentes de sua existência, ainda que precise de uma avaliação mais funda. Mesmo que apresentem sintomas parecidos, os indivíduos com a síndrome apresentam níveis variados deles. Com isso, a gravidade e intensidade da síndrome podem oscilar entre um membro e outro. Os sintomas incluem:

Dificuldade em socializar

Pessoas com a síndrome têm dificuldades claras em se relacionar com os demais. Isso porque apresentam dificuldade em se expressar, iniciar uma conversa e também mantê-la. Além disso, podem agir de maneira pouco convencional em ambientes sociais.

Comunicação limitada

Os indivíduos não fazem um contato visual com outras pessoas enquanto conversam. Ademais, suas expressões faciais costumam ser limitadas, bem como os seus gestos. Isso também vai na contra-mão, já que também encontram barreiras para interpretar a linguagem corporal do outro ou sinais específicos. Por fim, são bastante literais quando falam.

Rituais

Eles evitam alterar a sua rotina, perpetuando determinado comportamento diariamente. Por exemplo, alguns se recusam a alterar a ordem em que veste suas roupas ou organizam sua bolsa.

Interesses concisos

É muito comum quem possui síndrome de Asperger tenha interesse em poucas áreas quase que de forma obsessiva. Assim, alguns podem focar em esportes, Matemática, mapas… Etc.

Talento

Dado o seu empenho em determinada área, aiado a uma inteligência natural, costumam ser bastante talentosos. A exemplo, podemos indicar os que dominam magistralmente a música, tocando magicamente um piano ou qualquer outro instrumento.

Quais os fatores que contribuem à aparição

Assim como o Autismo, ainda não se sabe exatamente as causas diretas da síndrome de Asperger. Contudo, até o momento, creditam a uma anormalidade no cérebro das crianças o catalisador a isso. Ademais, doenças como Transtorno bipolar ou Depressão podem ter ligação com o quadro.

Cabe ressaltar que essa síndrome não é motivada por uma privação emocional, como muitos pensam. A criação dada pelos pais não influencia em nada no aparecimento dela, bem como qualquer outro estímulo social.

Como o mundo é visto pelos indivíduos com Asperger

Dada à forma com a síndrome atua em suas vidas, os portadores não recebem bem a dinâmica “comum” do mundo. Eles afirmam comumente que se sentem “esmagados” pelo constante contato que precisam ter com o ambiente externo. Isso contraria bastante a sua condição e natureza social. Com isso, muitos desenvolvem ansiedade ao interagirem com os demais.

É difícil se relacionar e entender a vida que a maioria costuma levar e que contraria de forma extrema sua ótica. Por conta disso, atividades familiares, laborais e até escolares ganham uma dificuldade a mais para serem executadas. Naturalmente, sabemos como nos comunicar de forma intuitiva com o outro. Entretanto, nem todos se dispõem a se relacionar com quem tem síndrome de Asperger.

Quem possui a síndrome de Asperger e/ou Autismo pode não ser vista como incapacitada pelas outras pessoas. Isso porque adultos sem um conhecimento aprofundado julgam que se trata de uma criança mal-educada. Além disso, os pais afirmam que eles são mal interpretados em qualquer ambiente sem apoio adequado.

Diagnóstico

O diagnóstico da síndrome de Asperger é feito pela Psiquiatria e caminha pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM. Segundo a última publicação, configurando Asperger e Autismo no TEA, existem apenas dois sintomas a serem estudados pelo psiquiatra e pediatra. Anteriormente eram três, mas hoje apenas a comunicação social e interação contam.

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    Ao estudarem observam:

    Padrões de repetição em interesses e comportamento

    Isso inclui insistência em determinada atividade, estereotipias, rotinas muitos restritas, interesses fechados, reações exageradas ou ínfimas a estímulos sensoriais. Com isso, verificamos que os “Aspergers” evitam a inconstância de uma vida mais agitada e sociável, evitando surpresas e sociabilizar.

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    Interação social diminuta e /ou déficit de comunicação

    Em uma simples conversa é visível que não há retorno adequado de interações. Dessa forma, não conseguem manter uma comunicação ou mesmo desenvolvê-la. Consequentemente, relacionamentos são construídos de forma mais trabalhosa, já que também há uma estranheza nos déficits comportamentais.

    Comentários finais: Síndrome de Asperger

    O diagnóstico da síndrome contribui positivamente ao entendimento dela. A partir daí, os indivíduos portadores podem assimilar que qualquer dificuldade aparente pode ser superada. Ademais, podem receber suporte em serviços especializados.

    A síndrome de Asperger, ainda que incapacite parcialmente a vida dos portadores, não inibe suas vidas. Claro, a interação fica aquém do desejado a uma socialização saudável, mas ainda assim é possível ter autonomia em sociedade. Com o acompanhamento adequado e entendimento sobre a condição, esclarecerá sobre como manter contato e respeito.

    Caso suspeite do comportamento de algum membro, procure um especialista no assunto. Mesmo que o diagnóstico seja negativo, vale o esclarecimento em consultório. Em caso positivo, poderá implementar a partir dali medidas para trabalhar adequadamente sua interação ao mundo externo.

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