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Tratamento do TOC na psicanálise: 15 coisas a saber

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O excesso de ansiedade pode fazer uma pessoa a desenvolver o transtorno obsessivo-compulsivo, ou, como é mais popularmente conhecido, o TOC. Pessoas com esse tipo de problema apresentam comportamentos compulsivos que podem se espalhar para todas as áreas da vida delas. No entanto, é preciso saber algumas das principais coisas que sustentam o TOC.

1. Como se desenvolvem os sinais do TOC?

Uma pessoa com TOC leva os dia como se estivesse lutando contra ela própria, o tempo inteiro, o dia todo, seja mentalmente seja fisicamente. Isto porque nem todos os sinais de TOC se desenvolvem a olho nu. Alguns deles, por exemplo, ganham força no subconsciente, como rezar, orar, repetir palavras e frases, sem cessar. Tudo isso gera uma confusão mental tremenda e bastante preocupante, que, inclusive, acaba com a qualidade de vida da pessoa.

2. O TOC evolui da mesma forma nas pessoas?

O TOC é uma doença crônica e a sua evolução pode variar muito de um paciente para o outro. Por isso, pode surgir de forma inesperada, repentina, abrupta, após algum evento desencadeante ou, como é mais comumente diagnosticado, sem que esteja associado a algum evento estressor importante. A evolução pode ser com piora, estabilização dos sintomas ou apresentação sob forma de crises episódicas. As características fundamentais dos pacientes portadores do TOC, como dissemos, são as compulsões e obsessões.

3. O que são obsessões?

Para facilitar o entendimento sobre o TOC, é preciso saber que obsessões são pensamentos ou ideias que se repetem por meio de atitudes mentais e invadem a consciência humana de forma involuntária. Ou seja, sem perceber, a pessoa se perde nesse comportamento.

Normalmente, os pensamentos obsessivos são reconhecidos como inapropriados ou estranhos pela própria pessoa que tem TOC. E tudo isso causa mais ansiedade e transtorno emocional, infelizmente. Nesse caso, a pessoa tenta resistir esses pensamentos ou ignorá-los com outras ações e pensamentos.

4. Exemplos de compulsão

As compulsões, por sua vez, são comportamentos que se repetem com altíssima frequência no dia a dia das pessoas, como, por exemplo, lavar as mãos, fazer verificações, fechar portas 4 vezes, olhar debaixo da cama toda vez que vai dormir, etc. No entanto, elas também podem ser representadas por meio de atos mentais, como rezar, contar, repetir palavras ou frases.

Especialistas entendem que os comportamentos ou atitudes mentais compulsivos têm como objetivo prevenir ou reduzir o desconforto gerado pela obsessão. Por outro lado, também servem para prevenir alguma situação ou evento temidos. Nessa situação, estudiosos avaliam que o próprio paciente percebe o excesso em suas atitudes, mas ele não consegue agir de forma autônoma para superar isso.

5. Sinais de obsessão

As ideias obsessivas em pacientes variam de um para o outro, como já foi dito anteriormente. No entanto, boa parte delas está ligada hábitos de higiene, contaminação, transmissão de doenças, bactérias, vírus, organização ou coisas similares. Além disso, também é comum um eventual impulso suicida, como por exemplo, a ideia de ter um impulso incontrolável e saltar da janela de prédios altos ou ser acometido subitamente por impulsos de agressão e ferir pessoas, principalmente os filhos.

6. O que dizem os estudiosos sobre o TOC?

Estudiosos apontam que os sintomas de compulsões e obsessões costumam estar presentes, normalmente, em vários outros quadros psiquiátricos. Segundo eles, notadamente nos quadros afetivos depressivos e de ansiedade.

Os estudos de Freud contribuíram para a compreensão de que o TOC é resultado de ambivalência na condição humana, ou seja, de sentimentos e pensamentos conflitantes que atormentam o paciente. Nesse contexto, o profissional da psicanálise vai atuar junto ao paciente, analisando para tornar esse conflito evidente para ambos e, dessa forma, construir mecanismos para que as atitudes irracionais e excessivas sejam controladas.

7. Existe cura total?

Apesar de muitas pessoas buscarem sempre por uma cura total junto aos psicanalistas, é preciso entender que esse tipo de transtorno integra a estrutura neurótica do ser humano diagnosticado com TOC. Por esse motivo, é mais adequado evitar promessas de cura total, já que se entende que o sujeito é neurótico — e não está neurótico. Significa que não é uma condição passageira ou momentânea.

8. Tratamentos e terapias

Os tratamentos e terapias que mais obtêm êxito visam a amenizar o problema na vida das pessoas. Nesse sentido, a análise de um psicanalista proporcionará um conforto maior ao paciente, à medida que favorecer meios para que o quadro de ansiedade seja estabilizado e controlado. Isso permite que o portador da doença dê continuidade à sua vida, normalmente.

É importante destacar que, além de acompanhamento com psicanalistas, os pacientes devem ter auxílio de uso de medicamentos em alguns casos. Tudo para diminuir os danos fisiológicos que a doença pode causar no organismo humano.

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21 thoughts on “Tratamento do TOC na psicanálise: 15 coisas a saber

    1. ORIVALDO Ferreira dos Santos disse:

      Olá, bom dia !
      Achei o conteúdo importantíssimo, uma vez que trata de situações de saúde mental, onde estamos inseridos numa rotina de vida estressante, com preocupações no trabalho, econômica e financeira que nos leva a desenvolver algumas patologias nociva a saúde. Posso me considerar um paciente nesse tratamento. Portanto, tenho grande interesse em aprofundar meus conhecimentos no Campos da psicanálise.
      Obrigado!

  1. Joana Machado disse:

    Informações preciosas…
    Grata.

  2. Eu tenho toc, trato faz tempo e meu sonho é morrer pra esse tormento acabar.

    1. Renata Fraia disse:

      Olá “Toc”. Se mesmo em tratamento o seu sonho é morrer para o sofrimento acabar, talvez valha a pena tentar ajuda com um outro profissional, pois cada um tem uma abordagem diferente (mesmo sendo psicanalistas, por exemplo). Não deixar de ir ao psiquiatra é fundamental! 🙂

  3. Samir Burgel Aburjaile disse:

    Ótimo conteúdo, muito obrigado.
    Samir IBPCLINICA

  4. Monforte Lopez disse:

    Excelente texto! Os neuróticos agradecem.

  5. Suelí Schauble de Moura disse:

    Excelente conteúdo, lendo e aprendendo. Obrigada !

  6. Ótimo, conteúdo excelente, gostaria de saber mais sobre o assunto .

  7. Gostaria de fazer o curso ,mas não tenho condições

  8. Vilma de Andrade Novais Maia disse:

    Muito bom esse artigo, enriquece o meu conhecimento.

  9. Jaime Alves da Silva disse:

    Quero saber mais sobre o curso

  10. Excelente artigo. Em resumo, sabemos que cada caso é um caso. Apesar de não haver uma cura em sí, pode ser tratado com o auxílio de bons profissionais, um(s) psicanalista para aprofundar os sentimentos do paciente e até mesmo com ajuda e acompanhamento psiquiatrico e medicamentos momentâneos. O TOC precisaria ser melhor compreendido pela população em geral, porque diminui muito a qualidade de vida da pessoa e limita muito o convívio até mesmo com a família. Gostei muito do artigo.

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