bater nos filhos visão da psicanálise

Bater nos filhos: 10 lições de psicanalistas

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Muitas pessoas ainda acreditam que castigos físicos fazem parte de uma boa educação. Mas será que não é possível estabelecer limites sem bater nos filhos?

Claro que é!

Diversas pesquisas na área da psicologia já demonstraram que esse tipo de castigo pode resultar em problemas na vida adulta, como depressão, síndrome do pânico, ansiedade, etc.

Pais que perpetuam a atitude de bater nos filhos são aqueles que foram educados dessa forma. Em contrapartida, há aqueles que já perceberam que para impor limites não é necessário utilizar a violência física.

Assim, a busca do diálogo com os filhos aliada à aplicação de consequências tem sido o caminho para que a violência fique de lado dentro do ambiente familiar.

A seguir, vamos entender melhor as consequências de uma criança apanhar e ainda conferir 10 lições para os pais que ainda não conseguiram se livrar deste hábito tão violento e cruel.

Quais são as consequências para a criança que apanha dos pais?

O ato do castigo físico é considerado como uma lição para os filhos. Infelizmente, tudo que carregam após apanharem são mágoas e marcas dolorosas.

Dessa forma, a criança começa a entender que bater é a ação que controla determinada situação.

Nesse contexto vamos agora listar as consequências de bater nos filhos para as crianças:

• Medo excessivo:

A criança começa a ter receio de quem é mais forte. Assim, isso resulta em um adulto com problemas psicológicos, pois tem medo de ser repreendido a todo momento;

• Bater é a solução:

Não sabe lidar com conflitos. Nesse contexto, a única referência que ela possui é que são solucionados por meio de agressão;

• Sem diálogo:

Assim como já foi pontuado anteriormente, a conversa é colocada num patamar abaixo dos tapas. Contudo, isso traz consequências ruins para a fase a adulta.

Assim, a criança que passou toda a infância sendo castigada fisicamente, pode tornar-se o adulto que tem o anseio de fazer a mesma coisa com todas as pessoas que a incomodam de alguma forma.

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    • Baixa autoestima:

    Por conta das violências sofridas, a criança começa a sentir-se inferior a outras pessoas e desenvolver uma autoestima muito baixa;

    • Riscos de desenvolver doenças psicológicas:

    É mais comum que crianças que sofrem violência física desenvolvam a depressão;

    • Adolescentes que tentam suicídio:

    A criança cresce com vontade de escapar de pais que querem bater nos filhos. Portanto, isso fica mais presente durante a adolescência, que por sua vez é um período onde as revoltas se manifestam com um ímpeto maior do que na infância.

    Por que os pais sentem-se autorizados em bater nos filhos?

    Existem quatro pontos que explicam a ação dos pais violentos. Veja os motivos:

    1. Espelho da infância: A educação recebida torna-se um ciclo. Assim sendo, há a tendência de quem foi violentado durante a infância utilize o mesmo recurso para educar seus filhos;
    2. Necessidade de estar no controle: A agressão nada mais é do que fazer a vítima sentir medo. Portanto, isso traz uma boa sensação para quem possui a necessidade de controlar tudo;
    3. Estresse: Muitos adultos não conseguem separar o dia a dia do trabalho com a vida familiar e acabam descontando tudo nos filhos;
    4. Vícios em drogas: O uso de drogas pode desencadear casos psicóticos. Assim, esse vício pode ser descontado nos filhos.

    Não bata em seus filhos: veja os porquês

    • Não seja covarde: Seu filho é uma criança indefesa e com nem metade do seu tamanho. Você é a pessoa mais forte da situação. Nesse contexto, o que seu filho pode fazer contra você para se defender? Nada.
    • Ampliação de dores: A criança sente duas dores ao apanhar: a física e a da alma (essa é difícil de curar);
    • A confiança é perdida: Os pais que deveriam ser vistos como pessoas que dão segurança aos seus filhos, acabam por se tornar aqueles em que eles possuem mais medo de confiar;
    • Seus filhos podem se tornar pessoas extremamente frágeis: A agressão física, muitas vezes, resulta na incapacidade de reação;
    • Como será durante o seu envelhecimento? Quando seus filhos estiverem no controle e você for a pessoa indefesa que precisa de ajuda, tudo pode se inverter no relacionamento entre vocês. Nesse contexto, não poderá reclamar se seus filhos o abandonarem durante a velhice,  pois isso será o espelho das suas ações. Assim, lembrará com tristeza de quantas vezes fez com que seus filhos sentissem acuados e sozinhos diante do mundo.
    • A palmada costumar perder o efeito com o tempo, e cada vez menos a criança vai ter menos medo das agressões. Então, os pais começam a bater cada vez mais forte para tentar conseguir os efeitos que tinham conseguido antes. Qual será o limite dessa violência?
    • Aos poucos a criança vai aprender a mentir e enganar seus pais. E descobrirá formas de esconder seus erros por medo do castigo.

    Psicanálise e educação infantil: 10 lições para os pais

    1. Cada criança é única

    Não compare seus filhos com outras crianças. Esse tipo de atitude pode gerar ansiedade e frustração na criança.

    Lembre-se que cada criança possui seu ritmo de desenvolvimento, principalmente, quando estão aprendendo coisas novas na escola.

    Dessa forma, é muito importante não castigá-las fisicamente por ter dificuldade em algum dever escolar, pois isso vai gerar problemas de aprendizado.

    2. Seja presente

    É importante para a criança ter os pais presentes para o estímulo da sua autoconfiança. Portanto, é necessário que a criança saiba que possui alguém por perto para auxiliá-la em suas tarefas.

    3. Não aponte erros o tempo todo

    É muito comum que os pais digam para a criança “você não faz nada direito”. No entanto, isso gera muita frustração.

    Nesse contexto, elogie as tentativas dos seus filhos quando realizam alguma tarefa, como arrumar a cama, organizar os brinquedos, etc.

    Assim, eles terão vontade de continuar realizando essas pequenas tarefas.

    4. Converse

    A criação com base no diálogo é de extrema importância ao contrário do castigo físico.

    Assim sendo, quando seu filho fizer algo de errado, sente com ele. Dessa forma, converse e explique as consequências dos atos.

    No entanto, por outro lado, pode puni-lo de alguma forma, por exemplo, privando-o de algo que gosta de fazer por uma ou duas semanas.

    5. É necessário saber falar “não”

    É dessa forma que você conseguirá impor limites.

    6. Imponha regras

    A criança precisa entender que tudo tem sua hora, portanto evite realizar todos os desejos dela.

    Isso principalmente quando não são de sua vontade e você só o realiza para que ela pare de insistir.

    7. Procure ajuda psicológica caso seja necessário

    É importante observar bem a criança e se observar que ela está passando por algum problema, como por exemplo, fechar-se muito ou aparentar muita tristeza.

    Nesse contexto, está na hora de buscar ajuda psicológica. Assim sendo, será possível investigar a causa do problema.

    8. A criança precisa ter rotina

    Rotinas e hábitos saudáveis ajudarão as crianças no futuro. Assim, por exemplo, saberão lidar com questões do trabalho com disciplina e destreza.

    9. Seu filho não é o espelho das suas vontades

    Entenda seu filho como um ser autônomo que possui seus próprios sonhos. Assim, não pode colocar o que almejou conquistar na bagagem dos seus filhos.

    10. Escute-os

    É muito importante para as crianças pais que as ouçam e entendam seus conflitos.

    Com tudo que foi apresentado, pode-se concluir que bater nos filhos não é uma solução e sim a criação de um problema grave. Assim sendo, deixe que seus filhos sigam os caminhos deles e que aprendam com os erros.

    Afinal, bater nos filhos não ensina à criança o que ela pode fazer, mas sim o que ela não pode fazer porque senão irão apanhar. As crianças não tem um cérebro totalmente desenvolvido, então, elas só acreditam ter agido realmente errado quando alguém explica os motivos ou quando ela percebe de que forma suas ações afetam as outras pessoas.

    É importante que eles saibam que possuem pais para contar como guias desta caminhada. Lembre-se vocês não são eternos. Portanto, não poderão estar ao lado dos seus filhos para sempre, por isso estimulem a autonomia.

    Agora conta aqui nos comentários se você concorda ou não com a questão de bater nos filhos. Como é a sua relação com seus filhos? Conflituosa ou harmoniosa?

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    20 thoughts on “Bater nos filhos: 10 lições de psicanalistas

    1. Ola conheco uma adulta de 30 anos q por diversos motivos ainda mora com os pais. Recentemente por algo q aconteceu com ela os pais.ficaram bravos e bateram nela. Ela soffre com depressao e tpe. O que fazer nesses casos? Ela pode denunciar os pais por violencia domestica? Ela esta desempregada e nao tem como sair da casa deles.

      1. como ela está hoje? Que situação hein. Mas, sim, acho que ela poder denunciar, ela deve.

        1. Saí da minha casa para morar sozinha com 22 anos. Mas eu voltava do trabalho nessa época e minha mãe me batia com uma vassoura por coisas como não ter dado tempo de alguma faxina por causa da faculdade ou do trabalho. Eu optei por sair e romper contato. Mas pode denunciar sim.

          1. Justina Gomes disse:

            oi gente hoje a minha mãe me bateu por causa de não fazer os trabalhos em tempo porque são muitos trabalhos mais os pais não entenden os filhos como eu só tenho 11 anos a minha mãe me bate muito.

    2. Meus pais batiam muito em mim quando eu era criança, quando eles me batiam eu sempre pensava em suicídio, fugir de casa e etc. Eu tenho baixa auto estima até hoje por conta disso, e eu sempre fui tímido e dificuldades em fazer amigos, a internet como Orkut, twitter e Facebook sempre me ajudou a socializar só que meus pais sempre me punia, me batendo e me castigando e eu fiquei sem amigos por muito tempo.. eu pensava em procurar o conselho tutelar na época só que eu não tinha coragem. Minha mãe era a que mais me batia, ela sempre me tratou com indiferença. A minha irmã sempre foi boa tratada mas eu fui um lixo e com 12 anos tive depressão e ela nem ligou pra isso, como meu pai trabalhava viajando eu sofria muito. Meu pai não me batia ele me mimava, mas ele viajava no início do ano e ficava apenas 4 semanas em casa. Eu só tinha um mês de felicidade. Eu não sei oque fiz na minha vida passada mas ninguém merece isso

      1. Sinto muito q tenha passado por isso, desejo força e resiliencia pra lidar com esses sentimentos.

      2. Depois que vc encontre a paz que vc procura, e o perdão para a sua mãe e entenda que não foi culpa sua e nem de ninguém as vzs as pessoas não estão preparadas pra assumir papel de pai e mãe fica em paz

    3. Acho muito interessante esse assunto pois passei exatamente por isso. Trago problemas desde a infância e hoje já tenho 26 anos. Tento ao máximo evoluir, as vezes é difícil mas tento. Quais livros vocês recomendariam para pessoas que passaram por traumas como esse? (além de psicólogo, claro).

    4. Aquiles Lima Coelho disse:

      E minha mãe nunca me ouve . Sempre que faço algo de errado tipo quebro algo asidentalmente a primeira coisa que ela faz e vim com violencia sem deixar eu explicar o ocorrido

    5. Passei a infância no meio de discussões e brigas,minha mãe sempre me bateu mto.Apanha de chinelo,socos,tijolo e oque tinha na mão…Sempre falando que eu não iria ser nada na vida e que sempre iria ser uma merdinha.Tinha uma vizinha que morava no lado da minha casa,eu passava mto na casa dela e adora estar lá.Um dia quando eu era pequena ela levou um jornal para mostrar para minha mãe de uma mulher que foi levada até a delegacia,por bater mto no seu filho,explicando para minha mãe que não podia fazer isso…Pensei que aí seria a salvação e eu não apanharia mais.Mas que nada. Meu pai sempre foi um alcoólatra sempre teve bar em casa e isso levava sempre ele a beber.Sempre via os dois discutirem e era briga toda hora e era como se ela pegasse e descontasse a raiva toda em mim pq as vezes eu apanhava e nem sabia pq estava apanhando e meu irmão que é mais velho hoje dia bebe Tbm mtas vezes igual meu pai. Somos iguais em alguns pontos…Tentar ter atenção das pessoas,se calar se estiver mta gente..por aí vai …Enfim cada um com sua história a vida não é mto facil.

    6. Desabafo em hora de bad, desde já agradeço pelo espaço.

      Eu sofro com isso até hj. Meu pai foi a pior pessoa q já conheci na vida, ele era pastor mas vivia de aparências, na frente da igreja era uma coisa, mas em casa era um monstro. Quando eu tinha entre 5 e 6 anos fui molestado por um amigo dele, lembro que ele forçava e eu sentia muita dor, eu implorava pra parar mas hj eu acredito que o tesão dele estava justamente aí, eu procurei ele pra falar disso, achava que ia expulsar esse cara de casa – sim, ele morava no barraco que ficava nos fundos da minha casa – mas aí invés disso ele disse que eu estava mentindo e que eu só fantasiava isso pq tinha trejeitos de gay e que ele não ia ter filho gay, me bateu tanto que cheguei a desmaiar. Ele era um gorila, alto e forte, sempre trabalhou como peão de obras então tinha uma força descomunal, ele começava a bater e não parava, até hj tenho cicatrizes e até meu queixo é torto por conta de um dia q ele me jogou contra uma parede chapiscada e saí ralando o queixo. Minha mãe, coitada, é uma louca tbm, criada sem estrutura familiar, baseada em versículos da Bíblia do tipo: corrija os seus filhos com vara verde – era problema. Mas ao menos ela começava a bater e parava, ele não, oq me dói é q eu queria muito poder colocar a culpa em algo, seja drogas, seja álcool, mas não, ele não tinha vícios oq ele tinha era um espírito ruim, uma força ruim. Minha mãe colocava os filhos uns contra os outros, eu sou o caçula e ela sempre dizia q sou um erro de Deus e que ela não queria ter tido eu. Quando eu era pequeno eles discutiam pq ele traia ela com todas as “fiéis” da igreja, ela apanhava até dizer chega, no meio disso ela sempre jurava q um dia ia tomar coragem, ia colocar veneno na comida e ia morrer e ia levar eu e meu irmão. Oq me deixava mais triste é q ele gostava de bater em lugares q deixavam a mostra, pra humilhar msm, era na cara, coxas e braços, não que ele tinha o cuidado pra não acertar as outras partes, mas deixar marcado em partes visíveis era uma especie de troféu pra ele. Um dia a professora me viu cheio de marcas e 3 dentes quebrados, me perguntou e garantiu q eu poderia falar, tomei coragem e contei tudo oq acontecia em casa, por um minuto me senti seguro por aquele ambiente, ela me levou pra direção e me fez repetir tudo, oq eles fizeram? Chamaram ele na escola. Essa foi a pior das surras. Crescer nessa estrutura me dói até hj. Eu tinha 12 anos qd se separaram, minha mãe entrou em uma depressão profunda e não saia mais do quarto. Quando eu era molequinho a gente lavava roupa pros outros pra ter sustento, as vezes passavamos a madrugada lavando roupas no tanque, cuecas, calcinhas,meias e pq mais tivesse só pra ter oq comer. Sempre senti mágoa do meu pai, guardo isso comigo até hj, já fiz de tudo pra me livrar disso, não queria ser assim, sei q a mágoa é ruim pra mim, mas já fui até em centro espírita pra ver se conseguia me libertar, mas qd a noite chega eu ainda escuto a voz dele, ainda vejo as cicatrizes no espelho, ainda sinto medo de estar acuado em um canto implorando pra que não me fizesse mal.
      Quando eu tinha 16 anos e estava preste a sair do ensino médio ele apareceu lá em casa, ficou com raiva pq eu não queria ir falar com ele, me rogou praga e disse q eu sempre seria um merda. Eu decidi q não seria, procurei um estágio e comecei a juntar dinheiro pra iniciar a faculdade, terminei o curso com 20 anos e estudei feito um louco, mesmo q quase sem recursos para poder passar em um concurso q me garantisse q jamais eu precisaria dele. Usava como mesa de estudos uma tábua de passar roupas bem velha e sentava em uns tijolos q havia ao lado de casa, quando não estava no serviço. Estudei tanto, com tanto medo de me tornar o merda q ele queria, que acabei passando em um concurso pra uma universidade federal, oq possibilitou tbm sair da casa da minha mãe, que descontava todas as frustrações em mim com agressões e palavras malditas.
      Mas msm assim, até hj me dói muito lembrar do meu passado, tomo 3 remédios psiquiátricos q tenho certeza q será pra vida toda, fumo e tenho muita depressão, vontade de tirar a vida, não consigo me relacionar com ninguém e vivo sozinho com meu minha gatinha, aos 32 anos de idade. Infelizmente realmente hj sou homossexual mas não consigo viver de forma feliz, já me conformei q nunca terei filhos e estou fadado a ser sozinho para o resto da minha vida.
      Você que está lendo isso, por favor, entenda que seus filhos são a herança que Deus te deu. Não tem coisa pior do que ser machucado pela mão de alguém que vc ama. Por mais trabalhoso que seja crie seus filhos com amor. Eu nunca fui amado na vida e não desejo isso pra ninguém. Eu tenho muito amor guardado mas infelizmente até hj não consegui dá-lo a ninguém. Não deixe seu filho ou filha te ver como um monstro, não o condene a passar o resto da vida preso dentro de uma mente com defeito. Infelizmente nem filhos eu posso ter, pq eu tenho certeza que eu seria o melhor amigo do meu filho, mas se vc teve condições de ter mostre a ele que a vida pode ser muito bonita. Eu escrevo esse texto chorando muito pq infelizmente eu não terei uma chance de resetar minha vida. Por favor, não condene alguém q vc trouxe ao mundo a viver esse inferno, vc não tem noção do mal q isso faz, é uma sensação horrível que te corrói de dentro pra fora, o tempo todo, todos os dias. Desculpa o desabafo e obrigado pela oportunidade.

      1. Boa noite, não sei quem você é,mesmo tb tendo sofrido não consigo imaginar o tamanho de sua dor. Chorei com o seu relato é extremamente doloroso ouvir um pouco da sua história. Te escrevo aqui te pedindo perdão em nome da vida, me perdoe por ter machucado você, por ter te feito sentir tanta dor, me desculpe por ter sido má com você, você era só uma criança indefesa cheia de sonhos e de muito amor no seu coração. Parabéns pelo seu mérito de estudar e do seu emprego, a sua gata é sua amiga espero que você seja legal com ela pois vc é tudo oq ela tem no mundo. Entregue sua alma a Jesus se possível faça terapia (eu mesma estou fazendo) seja muito feliz pois a vida te deve muito. Nada foi culpa sua, nada do que você fizesse ou fosse teria te feito não sofrer tanto, pq o erro não era seu isso era deles mesmo. Sinto muito. Rezarei por você fica em paz

        1. Deus te abençoe sempre viu,faço com meus filhos agressão, é difícil de parar e eu me sinto muito mal,depois q bato neles.

      2. Li seu desabafo com o meu coração angustiado e triste….tenho 3 filhos e faço o que posso para ser paciente e não bater neles….mas confesso que as vezes dou uns tapinhas de leve…ser paciente é muito difícil.

        Sinto muito por vc ter passado por tantas dores e humilhações….só posso te dá um conselho..
        …. se ajoelhe em seu quarto e converse com Deus e entregue todas essas dores em suas mãos…..mas faça isso, sempre com o coração cheio de vontade de ter paz…rezar é sempre a solução ….paz meu amigo

      3. Cara eu chorei tanto com isso ainda mais no começo e no meio…

      4. Olá! Sinto muito por tudo que vc passou… ninguém deveria passar por isso e com certeza não foi da vontade de Deus.
        Gostaria muito de falar com vc. Teria como entrarmos em contato?

      5. Olá, fiquei muito tocada com seu relato. Vc pode aprender observar sua mente até silenciar ela ou não se importar com o que ela tenta te atacar. Não sei se vc verá isso um dia, mas procure por Ramana Maharshi e seus ensinamentos. Seja livre meu amigo!

      6. Rapaz, tive uma experiencia parecida, nao tao intensa e pesada mas fui espancado pelo meu pai, varias vezes com 5,6 anos, sendo ele um homem estudado e esclarecido ja na época. Em uma das vezes eu chorava gritava e implorava pra parar de me bater e nunca parou, me bateu até ele nao aguentar mais. Minha mae fingia que nao via e por isso tenho grabes problemas com ela hoje tb. Eu nutri um ódio por ele tão grande e sinto isso até hoje em algum grau, mesmo ele tendo me ajudado materialmente um pouco. Hoje eu com 38 e ele com 67, ele ainda quer ser agressivo se nos vemos. Agora cortei a relação por medo de acabar digamos assim, fazendo justiça com as próprias mãos. Mas é uma luta diária viver, já tomei muitos remédios tb. Tenho uma irma puxa saco desse pai que foi nefasto e traiu muito a minha mae passando dsts e se separando ja após os 60 anos pra viver a ‘vida’. A melhor e única resposta q vc da a uma pessoa dessas é ser feliz. Procure mais ajuda desabafe mais. Vc pode se recuperar em tudo que quiser. Eu tb sofri abuso sexual de pessoa próxima por descuido dos pais na infancia me achei gay por anos fiquei em dúvidas e hoje tenho uma vida normal, quero ter filhos com minha mulher, meu pai a cada dia vai ficando mais pra trás. Cada um sabe o que é melhor pra si. Boa sorte a vc na sua vida e mta fé.

      7. Letícia Mota disse:

        Breno, eu abraço você agora na minha mente. Sinta muito amor, carinho e paz! Um dia , você vai se libertar desse sentimento pesado e encontrará a paz de Deus! Continue se tratando e acredite, você pode sim ter um família linda, você tem muito amor pra dar e muito exemplo de como agir agora corretamente ! Te desejo muita saúde, sucesso , alegria e paz !!! Um beijo com muito carinho, Deus já te abençoou !

    7. Fulano de tal disse:

      Eu não apanhei muito em vista dos meus antepassados, mas já passei por situações que, hoje, me fazem tanto mal que simplesmente chega a haver momentos em que penso seriamente em tirar a minha própria vida em decorrência disso.

      Quando eu era criança, até meus 13 anos, eu apanhava como “último recurso”, ou seja, quando parecia que todos os recursos haviam se esgotado e não havia mais como lidar comigo, aí eu apanhava, ou com palmada mesmo, ou com chinelo, ou com cinto (apanhei com vara umas 2 ou 3 vezes, mas era pouco comum). Geralmente eram 2 ou 3 chineladas/cintadas/varadas.

      Além disso, me lembro de vezes em que eu estava fazendo dever de casa sentado na mesa da sala e o cinto ficava debruçado sobre uma das cadeiras como uma forma de ameaça caso eu errasse alguma questão e/ou não quisesse fazer a lição. Muitas vezes já apanhei até na frente dos outros, o que só fez aumentar a minha vergonha e o meu sentimento de humilhação e impotência diante daquilo tudo.

      Isso fez crescer em mim um desejo de crescer logo, para namorar logo, noivar, casar, ter meus filhos, esperá-los crescer um pouquinho e, feito isso, descer neles a porrada, sem justificativa aparente, só para descontar neles as vezes que tinha apanhado dos meus pais quando criança. Muitas vezes, quando eu apanhava, o meu consolo era me fechar num mundo imaginário no qual eu já era adulto, pai e era eu quem estava espancando meus filhos. Ali era eu quem mandava, quem batia, quem gritava, etc., e isso servia como um “anestésico” para as dores de alma que eu sentia quando apanhava.

      Até hoje eu confesso que sinto prazer em ser duro com uma criança e/ou um adolescente quando eles erram, sendo mais “enérgico” na repreensão, porque era assim que faziam comigo quando eu era criança. Então, de certa forma, quando uma criança da família e/ou de alguém próximo comete um erro, eu sinto um prazer “sujo” (sim, confesso que é “sujo”) em ser duro com ela ao repreendê-la. Isso, de certa forma, é consequência da criação que tive no passado.

      Além disso, eu, quando era criança, fui ensinado assim: criança erra e apanha, adulto erra e a polícia leva preso. Eu quando criança apanhava se falasse palavrão, se respondesse mal aos meus pais e/ou se fizesse alguma outra coisa que considerassem passível de apanhar, mas nunca vi um adulto ser preso por essas mesmas coisas. A sensação que eu tinha é que os adultos, com exceção de matar e roubar, podiam fazer o que quisessem de errado, que nada lhes aconteceria.

      Para piorar tudo, ainda tinham os ensinamentos cristãos sobre o livro bíblico de Provérbios e a “vara da disciplina”, citada em vários versículos deste livro. Em razão disso, e somado ao que citei no parágrafo anterior, eu cresci com um complexo de inferioridade no qual me sentia indigno comparado aos adultos, já que, como comentei, quase nunca eu via um adulto sendo preso, a não ser por matar ou roubar, mas eu apanhava por coisas que os meus pais considerassem errado. Então eu me questionava: “Por que eu não nasci adulto? Assim eu já nasceria sabendo o certo e o errado e não precisaria apanhar para aprender.” A coisa só piorava quando eu via em publicações cristãs as figuras de Adão e Eva no Paraíso, nascidos já adultos.

      A verdade é que você pode até resolver um problema momentâneo ao castigar fisicamente seu filho, gritar com ele, etc., mas pode, a longo prazo, causar um problemão não só na vida dele como também de um monte de gente inocente que não tem nada a ver com isso e não merece pagar por isso.

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