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Bipolaridade: significado, sintomas, tratamentos

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Você sabe o que é bipolaridade ou transtorno bipolar? Neste artigo, vamos fazer uma síntese sobre bipolaridade: significado, causas, sintomas e tratamentos. Trata-se de um dos principais tipos de transtornos do humor.

Veremos, com detalhes, as:

  • bipolaridade, significado;
  • as causas da bipolaridade;
  • os sintomas da bipolaridade;
  • os tratamentos da bipolaridade recomendados por especialistas.

Os sintomas da Bipolaridade

Primeiro a angústia, o desânimo, a falta de vontade de se levantar da cama. Depois, vêm a animação, extrema autoconfiança, sensação de poder, vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo. A primeira impressão é que essas sensações são de duas pessoas, uma depressiva, outra eufórica.

Mas, na verdade, trata-se do mesmo homem ou mulher – alguém que sofre de bipolaridade, doença psiquiátrica que atinge cerca de 3% da população mundial. Ela é caracterizada por oscilações abruptas de humor, com episódios de depressão e de manias(o oposto da depressão).

A Bipolaridade e suas causas

Existe uma tendência de que, em uma mesma família, haja várias pessoas com diagnóstico da doença, o que sugere uma grande participação genética nesse transtorno.

Entretanto, ainda não há comprovações científicas. Os fatores ambientais também interferem na manifestação do problema.

“O estresse e a rotina agitada podem colaborar para que os efeitos da doença sejam maiores ou menores”, explica o psiquiatra.

Hoje, o ritmo de vida é mais acelerado, o acesso e o consumo de substâncias lícitas e ilícitas, que interferem no humor são mais fáceis, por exemplo.

A busca pelo tratamento da Bipolaridade

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor para o paciente, sua família e amigos. Porém, a pessoa que passa por crises de euforia sente-se muito bem – até demais – para achar que esse estado inspire cuidados médicos. Isso pode atrasar a procura por ajuda e, consequentemente, o tratamento.

É um sacrifício explicar e convencer alguém de que aquele estado de energia intensa, por mais agradável que pareça, é uma doença, por conta dos riscos a que a pessoa se expõe, como a impulsividade. Isso leva a comportamento sexual desinibido, entre outros atos impensados.

Solto da rede imaginária que o enlaça a si mesmo e ao mundo, o melancólico freudiano é o bebê rejeitado pela mãe, pobre eu transformado em dejeto sobre o qual caiu a sombra de um objeto mal.

Freud e a Depressão

Ana Cleide Guedes Moreira, no seu livro “Clínica Da Melancolia” cita Freud no “Rascunho F”, incluído na Carta de 18 de agosto de 1894, dizendo que ele repetidamente usava o termo depressão e estado de ânimo tipicamente melancólico para a mesma observação clínica.

Na sua leitura constata-se que Freud não levava em conta uma diferença de natureza psíquica entre melancolia e depressão, considerando que o uso de um ou outro termo, seria apenas uma questão de escolha.

Freud também afirmava que a psiquiatria não havia alcançado uma única definição da melancolia. Basicamente:

  • Na melancolia, além da tristeza profunda, há uma invasão sufocante de culpabilidade.
  • Na mania, ao contrário, a exaltação do humor tem a tonalidade de alegria excessiva e incontrolada, além de uma aceleração do curso do pensamento e desestruturação do discurso.

As nuances da melancolia e da mania

Na melancolia, temos uma aniquilação da vida social, enquanto na mania, uma transgressão da mesma. As duas formas clínicas se apresentam com disfunção em relação a regulação da culpa e da responsabilidade no que se refere ao objeto.

Na melancolia a invasão da culpa não leva a uma subjetivação da responsabilidade, e na mania há também uma incapacidade dessa subjetivação. Logo, em ambos os casos, há impossibilidade de responder às exigências do Outro social.

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    Freud em “Luto e Melancolia” coloca que no quadro clínico da melancolia, a insatisfação com o ego constitui a característica mais marcante. Adverte-nos que, ao se escutar as variadas acusações de um melancólico, observar-se-á que as mais violentas são dirigidas a alguém que o paciente ama, amou, ou deveria amar.

    A Psicose maníaco-depressiva

    Essas auto-recriminações são recriminações feitas a um objeto amado, mas que foram deslocadas desse objeto para o ego do próprio sujeito. Para Freud, isso decorre do fato de que a libido livre, que restou após a relação objeta ser destroçada, não se dirigiu para outro objeto e sim, retornou para o ego.

    Este se identificou com o objeto destroçado. Ou seja, a sombra do objeto caiu sobre o ego, que ficou alterado pela identificação. E assim, em vez da perda objeta, o que restou foi a perda do ego.

    É importante registrar que, apesar da psicanálise nunca ter estado na vanguarda da pesquisa sobre a psicose maníaco-depressiva, Freud já falava da relevância da aplicação da Psicanálise na clínica bipolar, isto é, no tratamento da bipolaridade.

    Ele já havia conseguido a melhoria de diversos pacientes.

    A difícil tarefa de viver em sociedade

    Nessa mesma direção, Sérgio de Campos diz que “a psicanálise visa não só esclarecer, mas contornar através do subjetivo o que há de real que possa deflagrar e manter a crise, seja de mania ou melancolia”.

    Essa desestabilização simbólica e imaginária, torna o vínculo com o discurso tênue e fragmentado. Assim, o sujeito se revela com dificuldades em assumir compromissos com o Outro social.

    A importância da terapia psicanalítica para tratar a Bipolaridade

    O transtorno bipolar se faz cada vez mais presente no dia a dia da nossa prática clínica. Ele impõe à psicanálise a necessidade de acolher o sujeito, oferecendo uma escuta sistemática. Com isso irá regular o excesso da pulsão que a experiência da sexualidade desencadeia ao longo de um processo amoroso.

    A depressão-mania

    Na melancolia a invasão da culpa não leva a uma subjetivação da responsabilidade, enquanto na mania há uma incapacidade dessas subjetivações. Isto é, da consequente impossibilidade de responder às exigências do Outro social.

    Na contemporaneidade isto tem se agravado a partir da invenção, promoção e sucesso médico-farmacológico. A significante depressão que vem ao encontro de uma demanda social que não deseja incluir a responsabilidade do sujeito no mal, este que o agita.

    O DSM-IV da Associação Psiquiátrica Americana e o CID-10 da Organização Mundial de Saúde dissolveram a melancolia na depressão, colocando nos capítulos sobre os transtornos bipolares o significante depressão-mania e não mais melancolia-mania.

    Transtorno depressivo e Bipolaridade: significado

    Muito comuns são os transtornos de humor, que podem se apresentar nas formas como elevado, deprimido ou neutro. Estes transtornos de humor podem ser separados em transtornos depressivos e transtornos bipolares e hoje muito relacionado às cobranças do dia a dia em relação ao poder econômico ditado pela sociedade.

    O transtorno depressivo é um caso de transtorno de humor caracterizado pela falta de interesse, tristeza, desesperança, falta de prazer e que leva muitas vezes ao suicídio. A sensação divulgada pelos pacientes é a de uma grande falta de interesse, uma sensação de baixa de energia vital, acompanhada de sonolência sendo necessária também a investigação do uso de substâncias químicas que podem sim estar afetando a vida do paciente.

    O significado de transtorno bipolar ou bipolaridade é caracterizado pelo humor excessivamente elevado e irritável, com sentimentos de grandiosidade, que incomoda principalmente pelo paciente se encontrar muito falante e acelerado, com agitação psicomotora, causando comprometimento acentuado no funcionamento ocupacional ou social.

    A brevidade dos transtornos de ansiedade

    O transtorno de ansiedade serve como um sinal de alerta para possíveis ameaças à sua integridade física, comum a todos os seres vivos e é dirigida a algo ainda desconhecido. Entre os transtornos de ansiedade podemos citar o pânico, que ocorre espontaneamente e inesperadamente.

    Tem duração breve, indo de alguns minutos a aproximadamente uma hora com intenso medo, ansiedade, palpitações, sudorese, o que leva inicialmente por parte do paciente a um diagnóstico de problemas no coração o que é descartado com exames.

    Os traumas emocionais

    Muitos traumas são emocionais e se forem intensos podem causar grande estresse. O estresse pós-traumático é terrível, por se tratar de uma revivência do acontecimento traumático e isso pode acontecer através dos sonhos e dos pensamentos.

    Quando o estresse persiste por um período muito longo ele se torna um stress agudo e em muitos casos o tratamento é feito em conjunto com a psicoterapia e a medicação principalmente com indutores do sono.

    Conclusão

    Os sintomas da Bipolaridade são muito evidentes, uma vez que se caracterizam por se contrastarem. Assim que notados, devem se constituir com uma boa razão para a busca de ajuda profissional. O profissional atuará para amenizar os sintomas, fazendo com que o paciente viva em sociedade como qualquer outra pessoa.

    Você se interessa pelo tema da bipolaridade? Você acha que passa por isso, ou quer ajudar uma pessoa próxima a superar ou amenizar este transtorno? Você se sente chamado para atuar como psicanalista, atendendo casos desta natureza?

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    One thought on “Bipolaridade: significado, sintomas, tratamentos

    1. Elizandra Da Silva Farias disse:

      Então foram anos de muito sofrimento, até chegar ao diagnóstico de bipolaridade, e infelizmente eu não tinha conhecimento e muito menos meus familiares e pessoas no ambiente de trabalho. Preciso de mais entendimento sobre como e trabalhar isso em mim e fazer com que as pessoas com quem convivo e trabalho entendam sem cobranças. Obrigada pela atenção.

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