É comum vermos representações em novelas e filmes com personagens cleptomaníacos que roubam pelo prazer. No entanto, essas histórias não contam é que a cleptomania é um problema psiquiátrico. Nesse contexto, vai muito além do vício movido pela emoção de roubar sem ser flagrado.
A cleptomania é um distúrbio comportamental raro, em que a pessoa tem dificuldades para resistir ao impulso de cometer um ato prejudicial. Assim, é considerada um distúrbio de autocontrole emocional, no qual o impulso é tão poderoso que não dá para resistir.
Todos os transtornos mentais são de difícil compreensão, especialmente se for tão raro e complicado como a cleptomania. Se você desconfia que pode sofrer esse transtorno e está procurando mais informações, saiba que existem meios eficazes através da psicoterapia de te ajudar a conviver com o problema sem mais prejuízos.
Contudo, se você desconfia que uma pessoa próxima tem cleptomania, informe-se para evitar julgamentos. É importante ser compreensivo com o outro na hora de oferecer ajuda.
Entenda mais sobre cleptomania e sinais dessa doença!
Índice de Conteúdos
O que é cleptomania?
Cleptomania é um transtorno mental que não tem cura, sendo considerado também um transtorno de impulso. O próprio portador pode perceber o diagnóstico e buscar ajuda.
Ainda não se sabe o que pode causar esse problema, mas assim como todos os outros transtornos é possível que a causa seja familiar. Isso especialmente se há outros membros com problemas de transtornos mentais ou de impulso.
O cleptomaníaco sente um impulso irresistível de roubar objetos, geralmente de pequeno valor. No entanto, trata-se de um comportamento que pode causar problemas na família e no ambiente de trabalho.
Apesar de não existir cura, a pessoa aprende com ajuda de psicoterapia e alguns remédios a conviver com esse transtorno, sem prejudicar outros aspectos da vida.
Terapias
Dentre as terapias indicadas para a cleptomania, estão a terapia cognitiva, comportamental, dessensibilização sistemática, terapia de aversão e sensibilização secreta.
- A terapia cognitiva trabalha na substituição de pensamentos negativos e distorcidos por pensamentos positivos. Com relação ao objetivo de substituir comportamento prejudiciais por bons comportamentos.
- Já a terapia comportamental é essencial.
- Por outro lado, a dessensibilização sistemática ajuda na superação de medos e traumas com exposição gradual a eles.
- Ademais, o que funciona para muitas pessoas é a terapia de aversão. Nela, o cleptomaníaco usa de práticas dolorosas para conter o impulso do roubo, sendo que essa prática deve ser definida junto com o psicoterapeuta.
- Na sensibilização secreta, muito importante para o tratamento, o cleptomaníaco se imagina lidando com as consequências negativas de ceder aos impulsos do roubo. Nesse contexto, situações como ser preso em flagrante ou sofrer humilhação em público são abordadas.
Causas da cleptomania
É uma doença rara e pouco conhecida, mas há algumas hipóteses da sua causa. Uma delas é a alteração nos níveis de serotonina, o hormônio ligado ao humor. Quando a serotonina está baixa, a pessoa se torna mais impulsiva.
A baixa da dopamina, hormônio ligado ao prazer, também pode ser uma causa. Ao roubar, o cleptomaníaco sente prazer e, portanto, libera dopamina. Dessa forma, o ato de furtar pode ser um meio do corpo para aumentar os níveis do hormônio dopamina.
Cada caso é individual, portanto somente um psiquiatra e psicoterapeuta podem ajudar a identificar a origem e trabalhar sobre ela.
Fatores de risco
Assim como depressão e outros transtornos mentais mais comuns, a cleptomania é mais propensa a surgir em pessoas que:
- possuem parentes com algum transtorno obsessivo compulsivo;
- que têm parentes com algum transtorno comportamental;
- possuem outro transtorno mental, que deixa a cleptomania mais propensa a se desenvolver.
A idade não é um fator de risco, de modo que o transtorno pode se manifestar em qualquer fase da vida. Em termos de gênero, as mulheres são maioria entre diagnosticados com cleptomania.
5 sinais para identificar Cleptomania
Não resistir ao impulso de furtar objetos
Apenas pensar em roubar não caracteriza o cleptomaníaco. Uma pessoa que possui esse transtorno simplesmente não consegue resistir a esse impulso de furtar objetos desnecessários para a sua vida. Isso significa que a pessoa rouba coisas que ara ela não fazem a menor diferença. Nesse contexto, ela não rouba por dinheiro ou por status, mas sim porque não conseguiu resistir ao impulso.
Roubos espontâneos
Ao contrário de ladrões “convencionais”, os cleptomaníacos não planejam seus furtos. Eles apenas acontecem quando surge o impulso, tão poderoso que é impossível de resistir. Assim, por não haver planejamento e sim impulso, os furtos podem colocar cleptomaníacos em problemas sérios. Trata-se de um comportamento nocivo no mercado de trabalho e na convivência em sociedade.
A maioria dos cleptomaníacos acabam roubando em locais públicos, como lojas e supermercados. Eles podem até ter o dinheiro para comprar os itens, mas agem por impulso.
Coleção de itens furtados crescente
Como o cleptomaníaco não rouba para ganhos pessoais, os itens que furta geralmente são inutilizáveis em sua vida. Uma vez que simplesmente ele não tem interesse em usar, acabam guardando cada vez mais objetos furtados.
Aqueles que optam por não guardar, doam ou dão de presente. No entanto, raramente usam para fins pessoais.
Tensão, ansiedade, prazer e culpa
Ter cleptomania é um mar de emoções. A tensão que leva ao roubo é muito forte, o que deixa a pessoa extremamente ansiosa no momento em que surge o impulso. Durante o ato, há uma sensação de prazer e excitação por estar cedendo aos seus impulsos. No entanto, depois vem a culpa e o remorso por saber que o ato que cometeu não era certo.
Como muitas vezes a pessoa esconde a doença ou não admite para si mesma, ela acaba convivendo com esse mar de emoções sem que ninguém perceba e ofereça ajuda. Alguns cleptomaníacos, por causa de sua condição, acabam desenvolvendo também depressão.
Enfrentar as consequência de um roubo e repetir mesmo assim
Uma punição não é suficientes para conter o forte impulso de um cleptomaníaco. Se cometer um roubo flagrado, com consequências, e o impulso de roubar surgir de novo em outro momento, cuidado. Este é um grande sinal de que você deve procurar ajuda.
Convivendo com a Cleptomania
Com ajuda de profissionais qualificados, lidar com o controle de seus impulsos não é uma tarefa tão complicada. Pelo menos não tanto quanto tentar lidar com tudo isso sozinho(a). No início, resistir a esse impulso tão poderoso parece impossível e doloroso. Contudo, com o tempo, o cleptomaníaco aprende a lidar com essa sensação até que se torna um hábito resistir ao impulso.
O transtorno não tem cura, mas muitos diagnosticados vivem perfeitamente bem depois de um tempo de tratamento. O mais importante de tudo é não se julgar e entender que está tudo bem pedir ajuda.
Transtornos mentais não podem ser um tabu. Isso porque a cleptomania, assim como muitas outras doenças, levam também para transtornos como ansiedade e depressão. Transtornos dessa ordem, por sua vez, podem levar também ao suicídio.
Busque ajuda assim que identificar um possível transtorno mental, não tente lidar com isso sozinho(a). Converse com um psicanalista!
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8 thoughts on “Cleptomania: significado e 5 sinais para identificar”
Eu acho que minha filha está com esse problema pega as coisas dos outros agora que vim perceber ela só tem 15 anos
Eu não consigo resistir parece q o medo de alguém me flagrar roubado me traz uma sensação boa, e nunca pego algo de valor, e nunca vou pra fazer isso acontece na hora eu vejo e pronto quando vi peguei geralmente são coisas absurda que depois até tenho vergonha mas não consigo resistir pego papel higiênico de banheiro, clips de papel, canetas , desinfetante q já está inclusive acabando, baton, qualquer coisa que nem presizo ou muito menos vou usar , a anos faço isso já fui descoberta passei muita vergonha juro q N vou fazer de novo mas quando vejo já fiz N sei como parar
eu não consigo resistir a vontade de pegar algo que não me pertence e na maioria das vezes eu nem penso mais no objeto depois do ato, geralmente acontece dentro de casa com os meus próprios pais, eu já sou diagnosticado com alguns distúrbios como déficit de atenção e hiperatividade, não consigo conversar com os meus pais sobre o assunto e o pior de tudo é a questão de mentir dizendo que eu não fiz e pela vergonha não consigo assumir, já cheguei a pegar carne de churrasco e dar pra pessoas aleatórias na rua, moedas, bebidas, cigarros, copos, tudo por um impulso que me dá uma adrenalina no momento que parece ser insaciável e depois eu me pergunto o porquê de ter feito aquilo se eu não precisava. eu queria conselhos de como conseguir ajuda pois eu não consigo me pronunciar e dizer que realmente tenho um problema, no anonimato e muito fácil dizer o que se passa pra pessoas aleatórias que não tem um convívio com você, mas dizer pras pessoas de seu âmbito familiar e muito difícil.
Sempre fui hiperativo e com défict de concentração , e com meu divórcio traumático em 05/05/2020, em plena pandemia, além de ter desenvolvido síndrome do pânico e ansiedade, acho que também desenvolvi essa doença. O problema é que tenho 54 anos e não sei como contar a pessoas próximas e ajuda. é horrível.
oi, meu nome é rebeca, eu te entendo perfeitamente isso acontece muito comigo, fui flagrada uma vez e foi uma vergonha absurda mas mesmo assim, nao consigo parar e sempre sao coisinhas bobas, e o pior de tudo é que eu só tenho 15 anos e nunca contei isso para ngm, entao é bom desabafar
Olá preciso de ajuda para uma pessoa, a pessoa com essa doença também furta dinheiro em casa??
Boa noite
Preciso.de ajuda sofro com isso há anos e não condigo parar principalmente condo saio com bolsa, entro numa loja ja pego as coisas e coloco na bolsa mesmo sabendo q estou dando prejuizo pra pessoa da loja e fazendo mau pra mim mesmo mais não consigo para mim.ajude pois preciso de ajuda eu sofro muito com isso chorro sinto vergonha falo q não vou fazer mais e acabo fazendo tudo de novo
Eu também estou fazendo isso, fui flagrada hoje e estou sentindo medo e vergonha.
Quero parar.