A cleptomania é um transtorno mental caracterizado pelo desejo incontrolável de roubar objetos, geralmente de pequeno valor e sem necessidade financeira por trás. Diferente do que é comumente retratado em ficção, não é um simples vício ou busca por emoção.
É considerado um problema psiquiátrico sério, pois o indivíduo não consegue controlar esse impulso por roubar. Pode afetar negativamente a vida pessoal, profissional e social da pessoa, gerando sentimentos de vergonha, culpa, medo de ser pego e até problemas legais por furto.
Para quem sofre de cleptomania, é importante buscar ajuda profissional por meio de psicoterapia, a fim de lidar com o transtorno de forma eficaz e evitar mais prejuízos.
Para familiares e amigos, é essencial ter compreensão, evitar julgamentos e incentivar o tratamento adequado. A cleptomania é um transtorno de difícil entendimento, porém existem formas de conviver melhor com o problema.
O importante é encarar a cleptomania como um distúrbio mental real que requer acompanhamento médico/psicológico, não apenas como um simples vício ou ato de rebeldia.
O que é cleptomania?
Cleptomania é um transtorno mental que não tem cura, sendo considerado também um transtorno de impulso. O próprio portador pode perceber o diagnóstico e buscar ajuda.
Ainda não se sabe o que pode causar esse problema, mas assim como todos os outros transtornos é possível que a causa seja familiar. Isso especialmente se há outros membros com problemas de transtornos mentais ou de impulso.
O cleptomaníaco sente um impulso irresistível de roubar objetos, geralmente de pequeno valor. No entanto, trata-se de um comportamento que pode causar problemas na família e no ambiente de trabalho.
Apesar de não existir cura, a pessoa aprende com ajuda de psicoterapia e alguns remédios a conviver com esse transtorno, sem prejudicar outros aspectos da vida.
Terapias
Dentre as terapias indicadas para a cleptomania, estão a terapia cognitiva, comportamental, dessensibilização sistemática, terapia de aversão e sensibilização secreta.
- A terapia cognitiva trabalha na substituição de pensamentos negativos e distorcidos por pensamentos positivos. Com relação ao objetivo de substituir comportamento prejudiciais por bons comportamentos.
- Já a terapia comportamental é essencial.
- Por outro lado, a dessensibilização sistemática ajuda na superação de medos e traumas com exposição gradual a eles.
- Ademais, o que funciona para muitas pessoas é a terapia de aversão. Nela, o cleptomaníaco usa de práticas dolorosas para conter o impulso do roubo, sendo que essa prática deve ser definida junto com o psicoterapeuta.
- Na sensibilização secreta, muito importante para o tratamento, o cleptomaníaco se imagina lidando com as consequências negativas de ceder aos impulsos do roubo. Nesse contexto, situações como ser preso em flagrante ou sofrer humilhação em público são abordadas.
Causas da cleptomania
É uma doença rara e pouco conhecida, mas há algumas hipóteses da sua causa. Uma delas é a alteração nos níveis de serotonina, o hormônio ligado ao humor. Quando a serotonina está baixa, a pessoa se torna mais impulsiva.
A baixa da dopamina, hormônio ligado ao prazer, também pode ser uma causa. Ao roubar, o cleptomaníaco sente prazer e, portanto, libera dopamina. Dessa forma, o ato de furtar pode ser um meio do corpo para aumentar os níveis do hormônio dopamina.
Cada caso é individual, portanto somente um psiquiatra e psicoterapeuta podem ajudar a identificar a origem e trabalhar sobre ela.
Além das causas genéticas, a cleptomania também pode ser causada por fatores ambientais, como experiências traumáticas ou abuso de substâncias.
Fatores de risco
Assim como depressão e outros transtornos mentais mais comuns, a cleptomania é mais propensa a surgir em pessoas que:
- possuem parentes com algum transtorno obsessivo compulsivo;
- que têm parentes com algum transtorno comportamental;
- possuem outro transtorno mental, que deixa a cleptomania mais propensa a se desenvolver.
A idade não é um fator de risco, de modo que o transtorno pode se manifestar em qualquer fase da vida. Em termos de gênero, as mulheres são maioria entre diagnosticados com cleptomania.
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Outros fatores de risco para a cleptomania incluem:
- Transtornos de personalidade, como transtorno de personalidade borderline e transtorno de personalidade antissocial;
- Transtornos alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa;
- Transtornos de humor, como depressão e transtorno bipolar.
5 sinais para identificar Cleptomania
- Não resistir ao impulso de furtar objetos: Cleptomaníacos não conseguem evitar o forte impulso de roubar itens, mesmo que não tenham necessidade ou utilidade para eles.
- Roubos espontâneos e sem planejamento: Diferente de ladrões convencionais, cleptomaníacos roubam por impulso repentino, sem qualquer planejamento, geralmente em locais públicos como lojas.
- Coleção de itens furtados continuamente crescente: Como não roubam por necessidade, os objetos furtados acabam se acumulando, pois não têm uso prático para a pessoa.
- Tensão, ansiedade, prazer e culpa: Antes do roubo, há muita tensão e ansiedade. Durante, sentem prazer e excitação. Depois, vem o remorso e culpa pelo ato cometido.
- Enfrentar consequências, mas repetir o ato: Mesmo sofrendo punições por roubos anteriores, a pessoa com cleptomania não consegue controlar o próximo impulso de furtar.
É importante identificar esses sinais para buscar ajuda profissional de psicólogos/psiquiatras, já que a cleptomania é um transtorno mental que requer acompanhamento e tratamento adequados.
Convivendo com a Cleptomania
Com ajuda de profissionais qualificados, lidar com o controle de seus impulsos não é uma tarefa tão complicada. Pelo menos não tanto quanto tentar lidar com tudo isso sozinho(a).
No início, resistir a esse impulso tão poderoso parece impossível e doloroso. Contudo, com o tempo, o cleptomaníaco aprende a lidar com essa sensação até que se torna um hábito resistir ao impulso.
O transtorno não tem cura, mas muitos diagnosticados vivem perfeitamente bem depois de um tempo de tratamento. O mais importante de tudo é não se julgar e entender que está tudo bem pedir ajuda.
Transtornos mentais não podem ser um tabu. Isso porque a cleptomania, assim como muitas outras doenças, levam também para transtornos como ansiedade e depressão. Transtornos dessa ordem, por sua vez, podem levar também ao suicídio.
Busque ajuda assim que identificar um possível transtorno mental, não tente lidar com isso sozinho(a). Converse com um psicanalista!
Considerações finais
A cleptomania é um transtorno mental sério que pode afetar a vida de uma pessoa de várias maneiras. No entanto, com o tratamento adequado, as pessoas com cleptomania podem aprender a controlar seus impulsos e viver uma vida plena.
Se você acha que pode ter cleptomania, é importante procurar ajuda profissional. Um psicólogo ou psiquiatra pode diagnosticar o transtorno e recomendar o tratamento adequado.
Contudo, caso você seja apenas um interessado no assunto, considere fazer nosso curso de psicanálise totalmente EAD. Nele, você vai descobrir como lidar com pessoas sofrendo com transtornos como a cleptomania e poderá ajudar de maneira efetiva e profissional.
10 thoughts on “Cleptomania: significado e 5 sinais para identificar”
Eu acho que minha filha está com esse problema pega as coisas dos outros agora que vim perceber ela só tem 15 anos
Eu não consigo resistir parece q o medo de alguém me flagrar roubado me traz uma sensação boa, e nunca pego algo de valor, e nunca vou pra fazer isso acontece na hora eu vejo e pronto quando vi peguei geralmente são coisas absurda que depois até tenho vergonha mas não consigo resistir pego papel higiênico de banheiro, clips de papel, canetas , desinfetante q já está inclusive acabando, baton, qualquer coisa que nem presizo ou muito menos vou usar , a anos faço isso já fui descoberta passei muita vergonha juro q N vou fazer de novo mas quando vejo já fiz N sei como parar
eu não consigo resistir a vontade de pegar algo que não me pertence e na maioria das vezes eu nem penso mais no objeto depois do ato, geralmente acontece dentro de casa com os meus próprios pais, eu já sou diagnosticado com alguns distúrbios como déficit de atenção e hiperatividade, não consigo conversar com os meus pais sobre o assunto e o pior de tudo é a questão de mentir dizendo que eu não fiz e pela vergonha não consigo assumir, já cheguei a pegar carne de churrasco e dar pra pessoas aleatórias na rua, moedas, bebidas, cigarros, copos, tudo por um impulso que me dá uma adrenalina no momento que parece ser insaciável e depois eu me pergunto o porquê de ter feito aquilo se eu não precisava. eu queria conselhos de como conseguir ajuda pois eu não consigo me pronunciar e dizer que realmente tenho um problema, no anonimato e muito fácil dizer o que se passa pra pessoas aleatórias que não tem um convívio com você, mas dizer pras pessoas de seu âmbito familiar e muito difícil.
Sempre fui hiperativo e com défict de concentração , e com meu divórcio traumático em 05/05/2020, em plena pandemia, além de ter desenvolvido síndrome do pânico e ansiedade, acho que também desenvolvi essa doença. O problema é que tenho 54 anos e não sei como contar a pessoas próximas e ajuda. é horrível.
oi, meu nome é rebeca, eu te entendo perfeitamente isso acontece muito comigo, fui flagrada uma vez e foi uma vergonha absurda mas mesmo assim, nao consigo parar e sempre sao coisinhas bobas, e o pior de tudo é que eu só tenho 15 anos e nunca contei isso para ngm, entao é bom desabafar
Olá preciso de ajuda para uma pessoa, a pessoa com essa doença também furta dinheiro em casa??
Boa noite
Preciso.de ajuda sofro com isso há anos e não condigo parar principalmente condo saio com bolsa, entro numa loja ja pego as coisas e coloco na bolsa mesmo sabendo q estou dando prejuizo pra pessoa da loja e fazendo mau pra mim mesmo mais não consigo para mim.ajude pois preciso de ajuda eu sofro muito com isso chorro sinto vergonha falo q não vou fazer mais e acabo fazendo tudo de novo
Eu também estou fazendo isso, fui flagrada hoje e estou sentindo medo e vergonha.
Quero parar.
Oi , estou passando por isso , não consigo para de roubar no serviço , o pior que eu me sinto muito mal por isso , tenho tanto medo ;
Sofro muito com isso.. choro… sinto vergonha,, me dá desespero.
Não sei mais o que fazer, tenho vergonha até de procurar ajuda, em assumir que tenho isso.
Sinto muito medo!