crenças limitantes

O que são Crenças Limitantes e o lugar do Superego

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Entenda mais sobre as crenças limitantes. Ao estudar sobre a estrutura psíquica, especialmente a segunda tópica de Sigmund Freud, também conhecido como modelo estrutural e dinâmico, os famosos Id, Ego e Superego, devo confessar que me encanto pelo mistério e “disfarce” que o Superego pode ter.

Sempre achei que o grande vilão da história seria o EGO e por vezes o ID que me leva a ter impulsos e ações das quais posso me arrepender depois.

Nessa segunda tópica ao ver a flutuação inerente ao sistema do Superego permeando camadas do inconsciente e consciente percebo claramente os perigos que ele também nos traz.

Entendendo sobre as crenças limitantes

Quantos pseudos valores morais e sociais não vamos absorvendo durante a vida os quais vão sendo registrados dentro de nós e por vezes passeamos por eles num processo de auto julgamentos e culpas desmedidas gerando assim repressões de comportamentos e abdicações de viver novas e profundas experiências de vida.

Frases escutadas ao longo da vida como “a mulher para ser completa precisa se casar e ter um filho”, ou “se apaixonar por outra pessoa estando em uma relação é inadmissível”, ter desejos por pessoas do mesmo sexo depois de uma certa idade e de toda uma vida entendendo ser algo “x” é imoral ou faz parte de um processo de autoafirmação infundado.

Temos ainda a culpa cristã trazida pela cultura religiosa de Roma especialmente que apresenta como valores crenças, que limitam os pensamentos ou os colocam em caixas padronizadas. Limitando assim o ser em essência.

As crenças limitantes e religiões

Os valores religiosos também precisam transcender e ir além do sim ou não, permitido e proibido, a essência do amor, gratidão e perdão precisam tomar lugar nessa reflexão. O quão influenciado meu Superego está de todos esses padrões e o quão minha intuição precisa ser explorada para que eu tenha um encontro verdadeiro comigo mesmo?

Freud nos apresenta o Superego como aquele que “controla” o EGO trazendo consigo os valores morais e sociais. Um juiz que julga e traz um termômetro das nossas ações e percepções do self. Contudo o quão “contaminado” está meu Super Ego de crenças que mais me limitam do que me norteiam a uma vida de liberdade e bem-estar?

Entendo por crença limitante tudo aquilo que me leva ao que chamo de aprisionamento da capacidade de discernir, quando é colocado um limite em algo que pode e deve evoluir com as metamorfoses inerentes a tudo que existe e existirá no planeta e no cosmos.

As relações parentais

As crenças podem vir de forma hereditária, das relações parentais, do meio social e dos conceitos impostos como certo ou errado, de lógica equivocada e falta de análise crítica, pessoal e holística do ser e do mundo que nos rodeia. Falando especificamente do modelo parental, da influência dos pais na nossa infância e adolescência.

Será o meu Superego um reflexo fiel dos seus valores e crenças? Qual o juízo sobre tais valores? Eles ainda se aplicam ao meu cotidiano hoje? Ao mundo que vivo e estão evoluindo com ele? Quais crenças ainda fazem sentido na minha vida?

Freud nos ensina que o Superego também nos apoia a domar o “ID” reprimindo assim os instintos primitivos do ser humano. Quando amplio meu conhecimento sobre a natureza primitiva, surpreendo-me com a necessidade de revisitar esse lado primitivo e trazer dele o que faz sentido à minha existência.

As crenças limitantes e arquétipos

No livro “Mulheres que correm com Lobos”, a Dra. Clarissa Pínkola Estes, por meio de arquétipos e contos, nos apresenta o conceito da mulher selvagem, que segundo a autora é a “alma feminina”, tudo aquilo que norteia seus instintos mais puros em uma jornada para o amor mais profundo.

Amar o que somos é uma jornada de ressignificação de valores e crenças limitantes ou não, é uma reformulação, uma atualização ou até mesmo um resgate do nosso Superego enquanto juiz, medidor e mediador do EGO e ID.

É preciso desconstruir para construir, somos seres complexos e cheios de mistérios, talvez nem todos serão revelados, mas podemos ampliar o espectro da visão analítica compreendendo que não existe o vilão e o mocinho na história, e que existe sim uma necessidade latente de liberdade do ser para ser somente e se compreender sendo aquilo que foi criado para viver.

Conclusão

E falando sobre vida, uma vida não livre de traumas apenas, mas tendo clareza sobre eles, entendo o que fica e o que não fica, o que precisa transmutar e o que precisa ser resgatado, onde a origem dos meus instintos e intuição também são valorizados, onde o ar que respiro entra sem culpa e preenche os pulmões e a alma.

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    Adentrar o conceito de propósito de vida, valores que elevam a alma, o ser e sua diferentes peculiaridades norteados não por crenças marcadas ou encaixotadas, mas por uma visão de mundo, de comunidade, holística onde o amor ressignifica o Superego e norteia o seu julgamento dentro daquilo que é bom e está relacionado com o que precisa ser vivido, aprendido e evoluído.

    Este artigo sobre crenças limitantes e o superego foi escrito por Vanessa Rocha, Psicanalista, Terapeuta Integrativa e Holística com registro ABRATH, Mestre em Reiki Usui Tibetano, anteriormente Gestora de negócios com MBA na Fundação Getúlio Vargas (FGV), certificação internacional em gestão de projetos (PMP), co-autora do livro “Mulheres no seguro”, bilíngue, Bacharel em Ciências Contábeis. Instagram: @vanrocha_reikimaster. Site: www.vanrocha.com.br.

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