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Disortografia: o que é, como tratar?

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Você sabia que a disortografia é um transtorno de aprendizagem que afeta a escrita? As pessoas com disortografia têm dificuldade em escrever de forma correta, cometendo erros ortográficos, gramaticais e de estrutura de texto.

A disortografia pode se manifestar em erros de omissão, substituição, inversão ou transposição de letras, sílabas ou palavras.

A escola e suas atividades podem se mostrar como um grande desafio a uma parcela considerável de alunos. Entretanto, alguns deles encontram mais dificuldades por não assimilarem naturalmente tudo aquilo que lhes é ensinado.

Entenda melhor o que é disortografia e como tratá-la, se for isso o que você precisa!

Disortografia: o que é?

Disortografia se trata de uma deficiência interna que afeta as aptidões de escrita de uma pessoa. Com isso, ela se mostra incapaz de fazer a estruturação, produção e organização dos textos que escreve.

Ao ler o material produzido, se nota que quem escreveu o texto está estruturando o texto de uma maneira muito precária para o nível escolar em que está.

Um dos sinais mais evidentes disso é o vocabulário muito curto e pobre, como se as ideias não pudessem melhorar. Em meio a isso, surpreende a quantidade de erros ortográficos, sendo este outro indício do problema em fase escolar.

Ainda que isso pareça da idade ou inexperiência, é um alerta sensível ao desenvolvimento desse indivíduo.

Percebe-se que essas dificuldades se mostram mais comuns entre os meninos, sendo a proporção de 2 meninos para cada menina. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais DSM-5 de 2013, a frequência é de 5% a 15%.

Causas

As causas da disortografia são desconhecidas, mas acredita-se que sejam uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neurológicos.

  • Fatores genéticos podem contribuir para uma predisposição à disortografia, enquanto fatores ambientais, como uma educação deficiente em leitura e escrita, podem aumentar o risco de desenvolvimento do transtorno.
  • Fatores neurológicos, como danos no cérebro, também podem contribuir para a disortografia.

As causas da disortografia até aqui se mostram como suspeitas de influência do ambiente externo. É indicado, por exemplo, a aprendizagem incorreta da leitura e escrita nas fases iniciais.

Quando feita de maneira incorreta, pode deixar um espaço em branco que termina por abrir uma fenda na educação desse jovem.

Consequentemente, isso deixa a criança insegura para se expressar através do processo de escrita. Sem contar que isso acaba sendo potencializado em regiões com pouca assistência educacional. Já que a pessoa não recebe um apoio adequado, é comum que esse problema perdure por mais algum tempo em sua vida.

Ademais, o aprendizado deficiente das normas gramaticais induz aos erros ortográficos nos pequenos. Já que existe uma lacuna no entendimento gramatical da língua, se torna trabalhoso inserir esses conhecimentos posteriormente.

Sinais da disortografia

Aos mais desavisados, saiba que se manter atento aos sinais da disortografia é importante para evolução do estudante. Quanto antes isso for visto pelos pais e professores, mais rápido poderá ser trabalhado.

Entre os indícios mais comuns se encontram:

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    1. Dificuldade em organizar parágrafos

    A construção visual dos seus textos é bastante desorganizada e até desagradável de se ver. Existe um caos grande onde o aluno mostra um bloqueio na hora de montar os parágrafos do texto. Lembrando que isso não é proposital ele, mas, sim, interferência da forma como aprendeu antes.

    2. Falta de clareza na escrita de ideias

    Outro sinal é que a montagem escrita de suas ideias pode ser bastante complexa de se entender. Não existe uma clareza tão definida que ajude a ligar os pontos existentes do seu texto.

    Tome como exemplos as frases, que podem ser desconexas, ou palavras deslocadas, ou ainda palavras inexplicavelmente curtas e sem sentido.

    3. Erros de gramática frequentes

    Os erros de gramáticas são um dos maiores alarmes em relação a essa complicação no processo de aprendizagem. Palavras podem ser escritas erradas, com letras faltando ou acrescidas. A pontuação também sofre interferência, já que não é tão bem usada e colocada, mesmo para uma criança.

    4. Planificação ruim de texto

    Além dos parágrafos, o próprio visual do texto pode sofrer interferências bruscas. Caso escreva uma redação, mesmo que curta, a mesma se mostrará desorganizada e até bagunçada estruturalmente.

    Aqui são exemplos as palavras fora das linhas, acima delas, letras maiores em excesso, espaçamento, entre outras coisas.

    Qual é a diferença entre disgrafia e disortografia?

    É bastante comum a associação entre disgrafia e disortografia, embora elas sejam diferentes em essência. A disgrafia se mostra como a dificuldade na qualidade da caligrafia, tornando ela irregular e desconfortável. Esteticamente, as palavras não se encaixam em qualquer nível e são bastante desordenadas.

    Isso fica bastante evidente quando olhamos para os sinais que indicam a disgrafia, como:

    1. Maneira inadequada de segurar o lápis

    Existe um desconforto visual muito grande percebido no aluno, não segurando o lápis adequadamente. Claro, não existe a postura perfeita, mas é preciso se atentar as implicações causadas por isso. Basicamente, ele faz um esforço maior já que não possui tanto manejo com o lápis.

    2. Desconexão das letras

    As letras que produz se mostram desligadas, sobrepostas ou mesmo ilegíveis, mesmo a profissionais experientes. Existe um caos na sua caligrafia e é um desafio tentar compreender o que está escrito em seu caderno.

    3. Traço irregular

    Ou o estudante escreve com traço muito grosso ou excessivamente suave na folha. Enquanto um se mostra desconfortável de se ver, o outro se mostra como desafio a ser enxergado.

    4. Espaço irregular

    Não existe linearidade entre as letras produzidas. Isso porque elas estão sempre juntas ou separadas demais.

    Autoestima escolar

    Mesmo que não compreenda sobre a disortografia, a criança é sensível o suficiente para sentir a interferência dela. Imagine alguém sem resiliência emocional para lidar com suas dificuldades na escola. Uma das primeiras consequências é o crescente desinteresse em aprender e, principalmente, se expressar na escrita.

    O tratamento da disortografia é feito por um terapeuta especializado em dificuldades de aprendizagem. O tratamento geralmente inclui exercícios para melhorar a consciência fonológica, a percepção visual-espacial e o processamento fonológico.

    Sem qualquer intervenção positiva, o estudante cresce com uma má impressão do ensino, se sentindo inadequado para tal. A sua mente alimenta a ideia de inaptidão e ele acaba duvidando do próprio potencial dentro do ensino.

    Não apenas isso mexe com sua autoestima, mas acaba afastando a pessoa do movimento natural do aprendizado escolar.

    Em parte, é graças a isso que as escolas mostram dados infelizes a respeito das atividades de gramática. Indo mais além, dos resultados aquém do esperado nas redações dos jovens.

    Sendo peça importante da construção social, é dever dos mais experientes reabilitar a percepção dele e ajudar nas suas dificuldades.

    Diagnóstico

    A disortografia precisa de uma avaliação feita por um técnico especializado em dificuldades de aprendizagem. Um psicólogo, psicopedagogo ou neuropsicólogo pode realizar tal avaliação juntamente com os pais e professores.

    Para isso, o diagnóstico só poderá ser feito após 2 anos de estímulos na sua escrita e leitura. Sem contar que o seu desempenho na escrita for excessivamente abaixo para a sua faixa etária escolar.

    Cabe ressaltar que não é impossível surgir de alguns equívocos ou faltas, sendo esse o tempo mínimo de avaliação.

    Como tratar a disortografia?

    A disortografia pode afetar o desempenho acadêmico e a autoestima de uma pessoa. No entanto, com o tratamento adequado, as pessoas com disortografia podem aprender a escrever de forma correta.

    O tratamento da disortografia é feito por um terapeuta especializado em dificuldades de aprendizagem. Além disso, ele inclui exercícios para melhorar a consciência fonológica, a percepção visual-espacial e o processamento fonológico.

    O tratamento da disortografia trabalha a reeducação de cada competência fonológica do aluno na dificuldade em aprender. Além disso, aperfeiçoa a percepção visual-espacial da criança, focando também no processamento fonológico.

    Então, em cada sessão de terapia, o aluno receberá estímulos multissensoriais a fim de desbloquear a sua inibição quanto à escrita.

    O terapeuta vai obter mais chances de sucesso quando as dificuldades forem detectadas o quanto antes. Isso não torna impossível reverter o quadro quando a criança está mais crescida. Entretanto, lidar com essa barreira fica mais fácil quando pais e professores se envolvem.

    Considerações finais sobre disortografia

    Enfim, a disortografia pode acabar se desenvolvendo com mais facilidade quando os mais velhos ignoram essas necessidades. A construção inadequada da postura do jovem na escola deve sempre estar em nossa mente, pois impacta negativamente no seu desenvolvimento. Assim, o jovem passa a ver a expressão pela escrita como um desprazer e um espinho a ser tocado.

    Felizmente, é possível reverter essa situação e lapidar novamente a postura do estudante na escola. Como visto acima, o trabalho de recondicionamento colocará no lugar tudo aquilo que estava em falta. Ao fim, esse aprendiz poderá atingir a proposta da faixa de ensino e dar o melhor de si aos estudos.

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    One thought on “Disortografia: o que é, como tratar?

    1. É o tema que me deram na faculdade, tendo em conta que estou fazendo licenciatura de Psicopedagogia,e gostaria tanto de ter esse artigo mor via e-mail

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