Educação Sexual

Educação Sexual e sua Fase na Puberdade

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Falar sobre educação sexual no Brasil ainda é um tabu e os adolescentes sobrem com a falta de informação. Na atualidade é difícil encontrar alguém que teve esse assunto abordado na infância, em inúmeros casos os adolescentes descobriram a mudança de seu corpo com o passar do tempo.

“A imaturidade é uma parte preciosa da adolescência” (Winnicott, 1971, p. 198).

A educação sexual e a puberdade

A puberdade é uma fase crucial na vida dos adolescentes, marcada por uma série de transformações físicas, emocionais e sociais. Esse período, que geralmente ocorre entre os 10 e 19 anos, representa a transição da infância para a vida adulta.

O objetivo desse texto é realizar uma abordagem dos principais aspectos da puberdade, seus desafios e impactos na vida dos adolescentes.

Para Freud, “A opinião popular tem ideias muito definidas sobre a natureza e as características do instinto sexual.  Entende-se geralmente que ele está ausente na infância, que começa na puberdade, em ligação com o processo de desenvolvimento da maturidade, e que será revelado nas manifestações de uma irresistível atração exercida por um sexo sobre outro; enquanto a sua finalidade se presume ser a união sexual ou, tem todo caso, as ações que conduzem nessa direção” (FREUD, 1905, p. 135)

A educação sexual e o crescimento do indivíduo

Inicialmente é de fundamental importância compreender as mudanças físicas que ocorrem durante o crescimento do indivíduo. O corpo passa por um rápido desenvolvimento, caracterizado pelo crescimento acelerado, o desenvolvimento dos órgãos sexuais e o surgimento das características sexuais secundárias, como o aparecimento de pelos, a voz engrossando nos meninos e o desenvolvimento dos seios nas meninas.

Essas transformações muitas vezes geram inseguranças e preocupações nos adolescentes, que estão se adaptando a um corpo em evolução. Assim parece ser, segundo Freud, em sua obra “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), ressalta as transformações fisiológicas que acontecem na puberdade, em função do aparecimento dos caracteres secundários.

Para Freud, a singularidade do desenvolvimento sexual feminino se dá por uma “espécie de involução” dos órgãos sexuais masculinos”.  Além das mudanças físicas, a pré-adolescência também desencadeia uma série de transformações hormonais, impactando diretamente o estado emocional dos adolescentes.

As oscilações hormonais

As oscilações hormonais podem levar a alterações de humor, irritabilidade e, em alguns casos, até mesmo a manifestação de distúrbios emocionais, como a depressão. Assim, é crucial que a sociedade esteja atenta à saúde mental dos adolescentes, proporcionando apoio e recursos necessários para enfrentar esses desafios emocionais.

Assim segundo “Dias (2003, p. 293)” declara: “O que aponta para o fato de que o adolescente repete os padrões dos estágios primitivos é que ele padece do sentimento de irrealidade, e sua principal luta diz respeito a sentir-se real”. No meio social, essa fase também implica mudanças significativas nas relações interpessoais.

Os adolescentes começam a buscar sua identidade, a se afastar da dependência dos pais e a construir novas relações com amigos e colegas. A necessidade de aceitação social e a pressão por se encaixar em padrões estabelecidos podem ser fontes de ansiedade para muitos jovens.

A educação sexual no Brasil

Com isso, a sociedade e as instituições educacionais têm um papel crucial em promover ambientes inclusivos e acolhedores, onde os adolescentes sintam que podem expressar sua individualidade sem julgamentos. Assim compartilho do pensamento de “(Winnicott, 2005a, p. 163). De fato, existe somente uma cura real para a adolescência: o amadurecimento. Isso e a passagem do tempo resultam, no final, no surgimento da pessoa adulta”

Outro aspecto importante da puberdade é a descoberta da sexualidade. Os adolescentes passam a vivenciar sentimentos e desejos sexuais, o que demanda uma educação sexual adequada e aberta. É essencial que a sociedade e as instituições educacionais forneçam informações claras e acessíveis sobre sexualidade, contracepção e saúde sexual, permitindo que os adolescentes tomem decisões informadas e responsáveis sobre sua vida sexual.

É importante ressaltar que a puberdade não é um processo uniforme e que cada adolescente vivencia essa fase de maneira única. Fatores como cultura, ambiente familiar e condições socioeconômicas podem influenciar significativamente a experiência da puberdade.

A falta de informação

Portanto, políticas públicas voltadas para a saúde e bem-estar dos adolescentes devem considerar essas diversidades, garantindo que todos tenham acesso a recursos e informações necessárias para enfrentar essa fase de forma saudável e equilibrada. Como menciona Winnicott em sua obra: “Não devemos tentar curar adolescentes como se estivessem sofrendo de alguma doença psiquiátrica.

Utilizei a frase “tédios de adolescente” para descrever os poucos anos em que cada indivíduo não tem outra saída a não ser esperar e, ainda assim, fazê-lo sem ter consciência do que está acontecendo (Winnicott, 2005b, p. 221)”. A falta de informação prejudica a evolução dos adolescentes mantendo-os presos a culturas antigas que não tem embasamento comprovatório como o famoso mito.

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Assim sendo, “a repórter Eliane Scardovelli foi até Codó, município maranhense. Em conversa com Francisca da Silva, de 18 anos, Eliane descobriu que a falta de informação sobre menstruação é algo comum na cidade e acaba gerando muitos mitos. Meu marido diz que não é pra passar por cima dele quando eu estou menstruada. Ele não deixa. Francisca da Silva, de 18 anos em entrevista para o Profissão Repórter – Educação sexual – 26/06/2019”.

Conclusão sobre a educação sexual

Concluo que essa fase é um período de intensas transformações físicas, emocionais e sociais na vida dos adolescentes. Compreender e apoiar essas mudanças é essencial para garantir que os jovens atravessem essa fase de maneira saudável e construtiva.

A sociedade, as instituições educacionais e a família desempenham papéis fundamentais nesse processo, oferecendo suporte emocional, acesso à informação e ambientes inclusivos que permitam aos adolescentes desenvolver sua identidade e enfrentar os desafios da puberdade com resiliência.

O objetivo desse texto é realizar uma abordagem dos principais aspectos da puberdade, seus desafios e impactos na vida dos adolescentes. Para Freud, “A opinião popular tem ideias muito definidas sobre a natureza e as características do instinto sexual. Entende-se geralmente que ele está ausente na infância, que começa na puberdade, em ligação com o processo de desenvolvimento da maturidade, e que será revelado nas manifestações de uma irresistível atração exercida por um sexo sobre outro; enquanto a sua finalidade se presume ser a união sexual ou, tem todo caso, as ações que conduzem nessa direção” (FREUD, 1905, p. 135) Instagram @jp_limajps

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