Elasticidade da psicoterapia e a ciência do cérebro

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A ciência pode ser ignorada? As críticas às teorias freudianas baseadas nas descobertas da neurociência são fundamentais. Elas devem, portanto, servir de incentivo ao avanço do estudo da psicanálise e da elasticidade da psicoterapia.

Os avanços da ciência nesta área são notáveis, porém ainda há um campo enorme a ser explorado. A grande questão é se a fórmula científica algum dia conseguirá decifrar a espetacular consciência humana com toda sua complexidade.

A teoria freudiana e a ciência devem ser aliados e devem caminhar juntas na árdua tarefa de entender o funcionamento do computador central do ser humano. O uso das duas ferramentas é fundamental para o avanço do entendimento do inconsciente. Elas são complementares, mas jamais excludentes.

A elasticidade da psicoterapia e a plasticidade cerebral

Será que a ciência conseguirá identificar e desvendar o etéreo, a espiritualidade? O conteúdo do inconsciente poderá ser projetado? Como ilustrar o disforme? Há alguns anos tenta-se descobrir se existe alguma relação entre a mente e a matéria e até hoje, dentre as diversas teorias, ainda há muitas divergências.

Já se descobriu que uma das características mais fascinantes do cérebro é sua plasticidade. Já se identificou ligações de determinadas áreas do cérebro com memórias, recentes ou não. Sabemos muito mais hoje sobre partes do cérebro associadas à comportamentos específicos, mas é possível que o mapa jamais seja completado.

Enquanto essas perguntas não puderem ser respondidas definitivamente, então ainda será fundamental a atuação do profissional “não cientista” que trabalha com conhecimento e aproveita a elasticidade da psicoterapia.

A importância do profissional de psicoterapia

Esse profissional capacitado deve conseguir interagir com alguém que busca o autoconhecimento. Não será com mapa cerebral. Somente por meio desse profissional que o conteúdo das profundezas da mente poderá ser discutido.

A ajuda aos enfermos de alma, aos agonizantes e aos que buscam no autoconhecimento o caminho para o alívio da alma são os fatores que motivam o psicanalista. Estudiosos da mente são ainda os melhores instrumentos de autoconhecimento.

Como sabemos, a teoria freudiana não pode ser generalizada. A amostra é significativa em um pequeno estrato populacional para que possa ser considerada universal. É preciso estender a amostragem indefinidamente, visto que cada vez mais a diversidade e novas formas de interagir com o mundo são desveladas.

A ciência do cérebro

Porém, se a psicanálise não é uma ciência, jamais deve ser tratada como algo absurdo ou antiquado.

Alguns cientificistas desabonam a psicoterapia e não reconhecem a sua elasticidade pela falta de conteúdo empírico. Para eles, pouco se disse ou se explicou sobre como se processam os fenômenos psíquicos. A produção mental não pode ser simplesmente negada por falta de projeção e provas empíricas.

Psicanálise como ciência

A Psicanálise se desenvolveu e é a teoria que mais se aproximou do conhecimento científico nesta área. No entanto, ela também não logra êxito satisfatório na geração de fato considerado científico.

Mesmo diante da impossibilidade da aceitação da psicanálise como ciência, a sua concepção biologicista não consegue abarcar toda a complexidade do objeto de estudo da psicanálise desta matéria.Apesar de todo o avanço tecnológico e as fantásticas descobertas das últimas décadas

Poderá algo tão inexato como o funcionamento psíquico humano ser algum dia mapeado?

Precisamos de maturidade científica para entender as limitações da ciência produzida hoje em dia no campo psicológico. Quanto mais a “não-ciência” é tratada como misticismo, mais é exposta a obtusidade da vigente ciência, essencialmente cartesiana.

A atualidade da psicanálise

Na verdade, ser uma “não-ciência” é bom para a psicanálise. Isso porque a torna mais fascinante e passível de exploração, aprofundamento e permanente busca por caminhos menos doloridos.

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    A crença de Freud de que problemas mentais poderiam ser resolvidos pela fala  pode ser considerada a revolução da psicoterapia. Ela é a pedra fundamental para o desenvolvimento de tão fascinante matéria.

    O que mais interessa para o psicanalista é que o paciente que o procura para alívio das complexas dores da alma seja atendido.

    Ainda que falte a ela os mínimos requisitos para ser considerada uma teoria científica, as amarras do método científico atual não podem ser impedimento para o melhor desenvolvimento do método psicoterápico. Isso não pode gerar uma crise epistemológica na psicoterapia.

    A psicoterapia mantém-se atual. Por isso, o gênio Sigmund ainda hoje é figura reverenciada e suas teorias são respeitadas e admiradas.

    De acordo com Sigmund Freud, “psicanálise é o nome de um procedimento para a investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo”. Portanto, segue sendo atualíssimo e ainda o será por muitos anos. É nisso que acredito.

    A importância da Psicanálise para o autoconhecimento

    No entanto, é relevante saber que é a modernidade e sua pressa por resultados que tirou os holofotes de cima da psicoterapia, por ser considerado um método longo e caro.

    Sabemos cada vez menos sobre nós mesmos. Então, por que nos importamos? Por que querer ser ciência? Para que? Por que essa busca por aceitação? Freud explica.

    Para a frustração da alma de Freud, o melhor caminho, portanto, seria aceitar-se como a mais fascinante das matérias do campo de estudo da humanidade, sendo ciência ou não.

    Qual a sua opinião?

    Qual a sua opinião sobre esse tema? Para você, a psicanálise deveria ser classificada como uma ciência? Então, comente aqui embaixo a sua opinião.

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