Espectrofobia, também conhecida como Fasmofobia, é a fobia de espíritos ou fantasmas. Sem dúvidas este medo é inserido em nossas vidas desde a infância, como por programas de televisão, religião, cultura e até por influência familiar. Esse medo, que pode ser considerado comum, até mesmo por termos, instintivamente, medo do “desconhecido”.
Porém, quando este medo passa a ser tão intenso, que passa a condicionar a vida da pessoa, sendo um medo paralisante, estamos diante de transtorno da mente, chamado fobia. A pessoa vive em constante estado de alerta, como se estivesse sempre em meio a uma situação de iminente perigo.
Em outras palavras, para ser considerada uma fobia, o medo deve ser persistente e excessivo, levando à evitação ou ao sofrimento extremo. O medo também deve limitar a vida e afetar a capacidade de uma pessoa funcionar em áreas da vida, como escola ou trabalho.
Nesse sentido, para as pessoas que sofrem de fobia de fantasmas e espíritos, realizar atividades cotidianas é algo extremamente difícil. Como, por exemplo, evitam sair à noite, não apagam as luzes a noite, se recusam a dormir sozinhos. A pessoa age como se sempre estivesse sendo observada, imaginando cenários em sua mente, que sempre a colocam em terror absoluto.
O que é Espectrofobia?
Espectrofobia é o medo anormal, intenso, persistente e involuntário de fantasmas, que faz o indivíduo ter extrema ansiedade ao sequer imaginar fantasmas. A Espectrofobia, também pode conhecida como fasmofobia, é, em suma, um transtorno de ansiedade caracterizado por um medo irracional de fantasmas ou espectros, ou seja, na aparência imaterial ou material.
Normalmente as pessoas se assustam com histórias de fantasmas ou assistindo a filmes de terror. Mas quem sofre de espectrofobia teme o sobrenatural de uma forma intensa e incontrolável, que passa a limitar seriamente sua vida, com comportamentos evitação.
A palavra “Espectrofobia” tem origem da junção da palavra do latim “spectrum”, que significa aparência, aparição e da palavra grega “phobos”, que significa medo.
Ainda, saiba que a espectrofobia é caracterizada como uma fobia específica, que se enquadram em uma categoria mais ampla de transtornos de ansiedade. Uma fobia específica é um medo intenso ou ansiedade desencadeada imediatamente por um objeto ou situação específica. Assim, acabam por limitar a vida do fóbico, pois são contínuas e angustiantes.
Por exemplo, alguém com espectrofobia pode ter medo do sobrenatural e dos fantasmas a ponto de se assustar com a simples menção de uma história de fantasmas, casa mal-assombrada ou filme de terror. Eles podem sentir que alguém os está “observando” ou que sua casa é assombrada. Eles também podem experimentar fobias relacionadas, como tanatofobia (medo da morte), nictofobia (medo da noite ou da escuridão) ou sociofobia (medo de sombras).
Principais causas do medo de fantasmas
A Espectrofobia, assim como outras fobias específicas, não possuem causas determinadas, mas sim são geralmente causadas por uma junção de fatores, com genéticos e ambientais. Assim, destacamos logo abaixo quais são as causas mais comuns que podem resultar no desenvolvimento desta fobia:
- Genética: há algumas evidências de que a genética pode desempenhar um papel no desenvolvimento de medos intensos como a Espectrofobia.
- Experiências aprendidas: O medo de fantasmas também pode ser aprendido. Por exemplo, uma experiência negativa com uma casa assombrada ou um filme de terror quando criança pode levar a uma ansiedade intensa e persistente sobre a ideia de fantasmas. Uma criança que vê que seu pai tem medo de fantasmas também pode “aprender” com o medo de seu cuidador.
- Traumas sofridos: uma experiência traumática, como a morte de um ente querido, pode contribuir para o eventual desenvolvimento de Espectrofobia em alguns casos.
- Influências culturais: A crença apenas no sobrenatural não significa que alguém tenha Espectrofobia. Entretanto, certas crenças religiosas ou culturais sobre fantasmas podem predispor alguém com ansiedade subjacente a desenvolver uma fobia.
Contudo, estudiosos acredita que esta fobia pode ser também o medo que as pessoas enfrentam sobre a própria morte, acerca das coisas que poderão acontecer após seu falecimento. Geralmente, o imaginário acerca de como e se os mortos retornos, acabam desencadeando em estresse e ansiedade, que resultam no desenvolvimento da espectrofobia.
Sintomas da Espectrofobia
Muitas pessoas com medo de fantasmas afirmam que sentem a presença de algo quando estão sozinhas. Os sons mais insignificantes são interpretados como prova de que seus temores são reais. Elas também podem ter a sensação de estarem sendo vigiadas ou de estarem próximas de um encontro com um ser sobrenatural.
Nesse sentido, quem sofre da fobia de fantasmas desenvolve sintomas físicos, sociais e emocionais, como, por exemplo:
- aumento na frequência cardíaca;
- intensa ansiedade;
- ataque de pânico;
- estresse;
- alucinações;
- insônia;
- falta de concentração;
- alterações no humor;
- tensão muscular;
- problemas gastrointestinais, como vômitos e diarreias;
- sudorese;
- dificuldade de dormir sozinho;
- tonturas e desmaios; etc.
Principais tratamentos para a Espectrofobia
Muitas pessoas convivem com a doença sem buscar auxílio especializado, devido à ignorância ou vergonha da situação, o que acaba agravando o quadro. Por isso, se você apresenta qualquer sintoma relacionado a fobia, é primordial que, procure um profissional qualificado em saúde mental para obter ajuda.
Sessões de terapia com um psicanalista são frequentemente recomendadas para lidar com fobias. Eles podem ajudar a identificar as raízes de sua fobia, especialmente aquelas que existem em seu inconsciente. Isso porque o inconsciente tem seu próprio modo de se comunicar, refletindo nossas experiências e memórias, construindo a nossa personalidade.
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Ainda, em quadros mais graves de fobias, também deve ocorrer o tratamento com médico psiquiatra, para prescrição de medicamentos. Uma variedade de medicamentos é usada para tratar fobias, incluindo antidepressivos e ansiolíticos.
No geral, quais são as causas das fobias?
Quando nosso cérebro identifica uma situação que nos causa preocupação, automaticamente ela é relacionada ao risco. Assim, o nosso corpo responde ao estímulo imediatamente, preparando-se para o enfrentamento. É nesse cenário que as fobias atuam sobre nossos pensamentos e ações.
Entretanto, existe uma linha tênue entre medo e fobia. O medo é uma reação normal a situações de podem apresentar perigo, como, por exemplo, normal ter medo de altura quando se está no alto de um penhasco.
Ao contrário, a fobia acontece quando esse medo é tão intenso que passa a ser irracional, sem motivos aparentes. Nesse sentido, passa a prejudicar o cotidiano do fóbico, nos aspectos pessoais, físicos e mentais e, também, nos interpessoais.
Em outras palavras, uma fobia é caracterizada pela vivência de medo intenso e desproporcional, quando o indivíduo se vê em contato com o objeto ou situação que lhe causa medo. O impacto da fobia é tão grande que o indivíduo faz de tudo para evitar o contato com o objeto ou situação que o causa medo.
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