Espiritualidade e psiquismo, assunto que será abordado hoje! Seria a ciência – tal como conhecemos – a única entidade reguladora e detentora de todo o conhecimento?
Seriam as medicinas chinesa e de povos indígenas realmente ineficazes?
A espiritualidade e psiquismo
Talvez, por ser uma instituição de referência onde os objetos de estudo sofrem seus devidos processos de rigor metodológico, e também por termos resultados físicos, teóricos e corolários advindos dessa metodologia (como aviões, vacinas, resultados matemáticos, entre outros), temos a ciência como definidora de uma lógica para quaisquer que sejam os materiais a serem investigados.
Desprezando, praticamente, toda a cultura e conhecimento tecidos por nossos ancestrais desde eras remotas, o academicismo científico tem logrado para si toda a razão e dinâmica que permeiam um determinado objeto que esteja sendo observado. A exemplo, podemos citar a exploração espacial que foi muito estudada pelos povos maias nas américas durante séculos.
Estes povos não tinham o rigor científico, maquinário e nem laboratório, porém, mesmo assim, descobriram posições de estrelas e construíram calendários com a precisão de um telescópio, porém, nos dias atuais, tal conhecimento seria totalmente refutado.
Ciência, espiritualidade e psiquismo
Quando falamos de ciência, talvez a vertente mais importante seja a medicinal, pois, por se tratar da saúde e do bem-estar do corpo, esta, sem dúvidas foi objeto de inúmeras pesquisas ao longo das eras para o seu aprimoramento. E um dos elementos que mais se destaca entre os componentes da medicina (seja a tradicional ou contemporânea) é o medicamento.
Há um consenso no mundo científico atual de que os remédios artificiais são os únicos capazes de combaterem os sintomas das diversas doenças que conhecemos, é como se os processos medicinais à base de ervas das culturas indígenas na Amazônia, por exemplo, nunca tivessem algum poder de efeito.
A Sabedoria e a Tradição chinesa, passadas de geração após geração, através de suas fitoterapias (como é o caso dos chás por exemplo) e outras terapias, tiveram e tem um papel muito importante até os dias de hoje, pois a medicina milenar chinesa aborda o indivíduo com um olhar mais abrangente e não o secciona em “especialidades”. O que pode ser muito positivo.
Sobre a natureza
Até os dias de hoje existem experimentos em cultivos de ervas, raízes, folhas e frutos com o intuito de se descobrir mais sobre os benefícios que tais vegetais podem trazer à saúde. Em se tratando de saúde mental podemos elencar alguns fitoterápicos: Ginkgo Biloba: uma planta medicinal muito utilizada na medicina tradicional chinesa.
Segundo estudos, ajuda na memória prevenindo o Alzheimer, na VPPB (vertigem posicional paroxística benigna) mais conhecida como: labirintite. Também, suas propriedades curativas auxiliam na concentração, ajudando a combater a ansiedade e depressão, melhora a irrigação de sangue e oxigênio no cérebro, possui ações antioxidante e anti-inflamatória, dentre outros.
Valeriana: planta medicinal pertencente a espécie valeriana officinalis que ajuda a combater sintomas de ansiedade, estresse e insônia. Segundo estudos, é dito que a Valeriana ajuda no controle do TDAH em crianças atenuando os sintomas de impulsividade, agressividade, agitação, melhorando o foco e a atenção.
O combate às doenças
Passiflora Incarnata: observada, aqui também, a classificação de faixa etária e orientação médica para utilização do fármaco assim como nos demais citados acima, o Passiflora Incarnata é um subgênero do botânico Passiflora e que é obtido da flor do maracujá. Indicado para tratar distúrbios do sono, tratamento da ansiedade, pode ser também um grande aliado no alívio de nevralgias, controlando o estresse, melhorando a concentração, a pressão arterial e ajudando no combate à depressão.
Estes são apenas alguns exemplos dentre tantos outros milhares de fitoterápicos encontrados em culturas antigas, medicinas tradicionais, farmácias de produtos naturais e de manipulação mundo afora. E como podemos perceber, dentre outras contribuições, têm propriedades psicoativas.
Podemos mencionar também a cultura ervanária praticada na Europa durante os tempos medievais. Tais práticas eram consideradas como heresia e condenadas pela Igreja e a sociedade, e ensejavam seus registros em Grimórios não apenas para fins terapêuticos, mas também, com contribuições significativas para a alquimia que ressoam até os dias atuais.
Bruxaria ou terapia alternativa?
O que podemos ter certeza é que a “prática de bruxaria” é (além de uma prática religiosa) apenas mais uma faceta de um todo holístico.
Isso sem mencionar as mais diversas religiões, concebendo-as aqui como outros tipos de terapias alternativas que manipulam não apenas os elementos táteis, mas também, energias, através de ritos com ditados como orações, preces, invocações espirituais no sentido de que haja a manifestação da cura, da resposta, um direcionamento ou orientação mais postural para a vida do indivíduo segundo dogmas e preceitos de seus livros e costumes religiosos.
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Não queremos tirar o mérito do academicismo, até porque, ás vezes precisamos de um outro olhar. Um olhar adjunto. No entanto, a comunidade científica muitas vezes se esquece de que, grande parte das terapêuticas que existem hoje são graças a grimórios datados de séculos e até mesmo milênios escritos por, as então chamadas, bruxas, feiticeiro(a)s, xamãs e demais.
Concçusão sobre a espiritualidade e psiquismo
Tão perseguidos quanto os cientistas de suas épocas. Com a exceção de que o nome destes são lembrados nos livros científicos de hoje, enquanto que, aqueles, foram erradicados dos livros de medicina, não importando o quão grande foram suas contribuições.
O termo “ciência” significa estar ciente de algo. Se for assim, então podemos arriscar a dizer que tudo que conhecemos é ciência, pois essa, não está apenas confinada dentro de quatro paredes em um laboratório.
Está lá fora, nas pessoas, em seus psiquismos, na natureza, nos animais, nas profundezas dos oceanos, do micro ao macro, e até mesmo, nos confins desconhecidos do universo.
Referências:
Psicanálise Clínica: Psicopatologias II, Módulo 7. MANKEY, Jason. O Grimório Moderno das Bruxas: um Guia Prático Para se Conectar com a Magia das Velas, Cristais, Plantas, Ervas e Criar Feitiços Poderosos. 1ª edição. São Paulo: Editora Pensamento, 2023. REIS, Manuel. Ginkgo Biloba: o que é, benefícios e como tomar. Dezembro, 2023. Disponível em: https://www.tuasaude.com/ginkgo-biloba/ Acesso: 22/09/24. Avena Farmacêutica. O que é Passiflora Incarnata e quais são seus benefícios? Disponível em: https://www.avenafarmaceutica.com.br/o-que-e-passiflora-incarnata-e-quais-sao-seus- beneficios Acesso: 22/09/24. REIS, Manuel. Valeriana: para que serve, como usar e efeitos colaterais. Dezembro, 2023. Disponível em: https://www.tuasaude.com/valeriana/ Acesso: 22/09/24. CERQUETANI, Samantha. Ginkgo Bilola: para que serve a planta, como tomar e quais os riscos. 04/07/22. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/faq/ginkgo-biloba-para-que-serve- a-planta-como-tomar-e-riscos.htm Acesso: 22/09/24. PRUDENCIO, Dra. Nathália. Vertigem Posicional Paroxística Benigna ou VPPB: a famosa “tontura dos cristais”. 31/07/24. Disponível em: https://dranathaliaprudencio.com/vertigem- posicional-paroxistica-benigna/ Acesso: 22/09/24. Blog Nutrify. Medicina Tradicional chinesa: o que é, benefícios e técnicas. https://blog.nutrify.com.br/medicina-tradicional- chinesa#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20Medicina,dietoterapia%2C%20moxabust%C3% A3o%20e%20massagem%20terap%C3%AAutica. Acesso: 22/09/24. WATT, Susan; HAYES, Eleanor. Medicina Monástica: o herbalismo medieval encontra-se com a ciência moderna. (Traduzido por António Daniel Barbosa). 14/05/2014. Disponível em: https://www.scienceinschool.org/pt-pt/article/2014/monastic-pt-pt/ Acesso: 22/09/24.
Artigo sobre a espiritualidade e psiquismo escrito por Daniel Silva. Professor de Matemática e Biologia; Pós graduado em Docência e Prática de Ensino em Matemática pela Faculdade Digital Descomplica; Licenciado em Matemática pela UNIRIO. E-mail: [email protected]