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Alzheimer e outras demências: diagnósticos e tratamentos

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Entenderemos hoje sobre a alzheimer. Vivemos em uma sociedade onde cada vez mais a expectativa de vida aumenta e se torna muito mais fácil encontrarmos pessoas vivendo com mais de setenta, oitenta e noventa anos. Isso se deve muito ao avanço tecnológico que, por consequência, possibilitou o avanço de diversas ciências e suas técnicas, dentre elas a medicina.

Contudo essa longevidade também trás consigo alguns percalços quando tratamos de assuntos referentes à mente humana e aos problemas ligados a ela. Mais especificamente podemos dizer que as demências não são raras em pessoas que vivem dentro das faixas etárias apresentadas acima.

Entendendo sobre a alzheimer

Para que possamos entender inicialmente sobre essas condições, de acordo com os especialistas “Jacy Bezerra Parmera e Ricardo Nitrini” no artigo publicado na revista de medicina da Universidade de São Paulo (USP), “atualmente define-se demência como uma condição na qual ocorre decréscimo cognitivo comparado a um nível prévio do indivíduo, com comprometimento de suas funções sociais e funcionais”.

Dentre as demências podemos citar o mal de Alzheimer. De acordo com o site especializado em saúde mental “Minha vida”, “a doença de Alzheimer (CID 10 G30) é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Com o passar do tempo, ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda de memória”.

É importante que se tenha atenção aos sintomas apresentados e, nesses casos, podemos incluir a perda de memória; problemas para utilizar a linguagem e fazer as atividades; alterações de personalidade; desorientação e comportamento disruptivo ou inapropriado.

A alzheimer e o diagnóstico

De acordo com o doutor “Juebin Huang” da Universidade do Mississipi em seu artigo sobre demência publicado no site Manual MSD, “os sintomas evoluem de forma que as pessoas acometidas não podem mais realizar sozinhas tarefas antes feitas de forma simples tornando-se totalmente dependentes de outras pessoas”.

Por existirem muitas demências e dentre elas podemos citar além do Alzheimer a demência com corpos de Lewy; demência vascular; Hidrocefalia normotensiva, entre outras, o diagnóstico pode ser muito difícil já que as mesmas podem ter muitas causas.

Por isso, devem ser realizadas uma série de perguntas referentes ao histórico clínico do paciente, além de questioná-lo sobre sintomas e fazer exames físicos; tudo isso para descartar possíveis outras condições que estejam relacionadas a tal acometimento.

O tratamento

O tratamento das demências tem como principal foco o controle dos sintomas apresentados; em determinados casos a internação, por um curto período de tempo, se faz necessária. Já em outros a medicação deve ser introduzida para que os problemas comportamentais causados pela perda da capacidade de julgamento, impulsividade e confusão sejam controlados.

Ainda de acordo com o site especializado em saúde mental “Minha Vida”, “para que não haja uma piora rápida dos sintomas, principalmente nos casos de demência degenerativa, as orientações médicas devem ser seguidas à risca para que os benefícios sejam percebidos”.

Uma possível alternativa seria a Neuropsicologia, pois essa também tem um papel fundamental na avaliação dos casos de demência por se tratar de um meio complementar de diagnóstico muito sensível na detecção de perturbações do funcionamento mental, averiguando o nível de funcionalidade do indivíduo com o objetivo de perceber quais tarefas do dia-a-dia já não são realizadas com tanta facilidade e que impacto isso tem na vida da pessoa.

A neuropsicologia

Pode ser incluído também o fato da neuropsicologia trabalhar com a estimulação cognitiva, o que pode contribuir para desacelerar o ritmo da deterioração das percepções do paciente.

De acordo com o site português especializado nesta área conhecido como “Neuroser”, “o profissional dessa área deve, antes de desenvolver e implementar qualquer plano de intervenção, obter um retrato completo da pessoa, levando em conta sua personalidade e vivências dentro do seu contexto social e, se possível, envolver aqueles outros que fazem parte desses meios, para que o tratamento tenha um resultado mais positivo”.

Porém infelizmente, em muitos casos de Alzheimer, a depressão também pode ser um mal que acaba acometendo as pessoas com esse tipo de demência.

A depressão e a alzheimer

Confusão nos pensamentos, falta de concentração, isolamento e perda de interesse são alguns sintomas da depressão e que acabam se confundindo com o mal de Alzheimer.

Um fato importante que deve ser relatado é que segundo “Juliana Martinelli” escreve em seu artigo no site “Portal do Idoso”, “o diagnóstico está no fato de que a depressão nas pessoas com Alzheimer pode se manifestar de maneira diferente das pessoas que não a possuem.

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    Nas pessoas com Alzheimer, os sintomas da depressão podem ser menos severos. Também podem ser intermitentes (vão e vem). E, por último, pessoas com demência falam menos sobre suicídio e são menos propensas a cometê-lo”.

    Conclusão

    Devido às dificuldades apresentadas anteriormente e ao fato de não existir um teste ou questionário específico para identificar a depressão no mal de Alzheimer, o profissional da área de saúde mental, como os psicanalistas, devem está atentos e sempre procurar avaliar as situações referentes a histórico médico e o ambiente em que essa pessoa está vivendo, pois esses podem produzir alguns sintomas que contribuem para a aparição desses males.

    Em uma situação ideal, psiquiatras, geriatras, psicólogos, psicanalistas e outros profissionais, deveriam trabalhar em conjunto para que a promoção do bem estar funcionasse de maneira mais eficaz, trazendo uma melhor qualidade de vida para as pessoas.

    Referências bibliográficas

    FELICIO, Dr. André. Alzheimer: o que é, sintomas, tratamentos e se é hereditário. 2023. Atualizado em 5 de abril de 2023. Segunda autoria: Gabriela Maraccini. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/alzheimer. Acesso em: 05 fev. 2023.

    HUANG, Juebin. Doença de Alzheimer. 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-em%C3%AAncia/doen%C3%A7a-de-alzheimer. Acesso em: 05 mar. 2023.

    MARTINELLI, Juliana. A Depressão na Doença de Alzheimer e seu Diagnóstico. 2018. Disponível em: http://idosos.com.br/a-depressao-no-alzheimer/. Acesso em: 10 abr. 2023.

    NEUROSER (Portugal). Centro de Diagnóstico e Terapias: Alzheimer e Outras Patologias (org.). Qual o papel da Neuropsicologia na Demência? [2023]. Disponível em: https://neuroser.pt/2015/06/23/qual-o-papel-da-neuropsicologia-na-demencia/. Acesso em: 07 mar. 2023.

    PARMERA, Jacy Bezerra. Demências: da investigação ao diagnóstico. Revista de Medicina: For over a century publishing the future, São Paulo, v. 94, n. 3, p. 179-184, 21 dez. 2015. Bimestral. Segundo autor: Ricardo Nitrini. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/108748/107177. Acesso em: 20 maio 2023.

    Este artigo sobre Alzheimer e outras demências (e sua relação com depressão) foi escrito por Humberto Santos de Andrade ([email protected]; instagram: @psicanalistah), psicanalista clínico pelo IBPC (Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica), especialista em grafologia e neuroescrita.

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