esquizofrenia

O que é esquizofrenia? Guia completo

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A mente humana funciona como um grande complexo de conexões que interfere diretamente em nossa personalidade e existência. Tanto que a menor das alterações pode iniciar mudanças significativas e afetar ou não nossa saúde mental. É o que vamos entender aprendendo o significado de esquizofrenia neste guia condensado.

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia se mostra como um transtorno mental crônico que interfere no pensamento, sentidos e comportamento. É um problema grave, sendo uma barreira gigantesca que dificuldade a socialização pelas mudanças que provoca. Isso porque pode surgir uma indiferença afetiva, pensamentos confusos e mudanças em sua postura com os outros.

Usando palavras mais simples, os esquizofrênicos parecem ter perdido contato com a realidade. Nisso, o mundo em que se vive é trocado em favor das alucinações e delírios vivenciados pelo enfermo em questão. Ainda que não seja comum como outros problemas mentais, os sintomas do transtorno são muito impeditivos ao cotidiano comum.

Ao que parece a mente do paciente se divide por conta dos surtos catalisados por mudanças em sua percepção comum. Existem estimativas de que mais de 2 milhões de brasileiros vivam com isso, porém o conhecimento a respeito não é tão bem trabalhado. Tratando-se do restante do mundo, 1% da população se mostra portadora do problema.

Causas

Até o momento não foram encontrados dados concretos sobre o que acontece na mente de quem possui esquizofrenia. O psiquiatra da UFSP, Ary Gadelha, aponta pesquisas indicando mudanças na dopamina no cérebro que podem dizer algo sobre.

Indo a fundo, foi realizada uma pesquisa no DNA desses pacientes em busca de possíveis mutações, mas sem resultados. Ainda levantaram a ligação entre traumas no parto e infecções na gestação como algo que levasse ao transtorno. Porém, isso não indica claramente as origens do problema e nem abre portas para novas possibilidades.

Essa falta de informações precisas acaba dificultando um diagnóstico precoce do problema que leva, em média, sete anos para detecção. Ainda que uma certeza precoce ajudasse no tratamento efetivo, isso é difícil de acontecer e a observação constante se faz necessária. Por exemplo, se atentar a mudanças bruscas, como mania de perseguição ou perda de vontade sobre algo.

Sintomas

A esquizofrenia atua sutilmente em sua construção e pode começar com uma apatia leve entre a adolescência e vida adulta. Entre os 18 aos 30 anos é notável como algumas pessoas deixam de lado sua rotina comum e se isolam. Sem contar a alteração em suas reações, como sentimentos simples que seriam comuns e ficam desajustados e estranhos.

Em seguida, pode vir a sensação de que algo está errado e que alguém está perseguindo ele. Daí esses pensamentos se transformam em loucuras sensoriais e pode vir a teoria da conspiração. De forma mais clara, alguns dos sintomas são:

  • Alucinações;
  • Reações distintas em situações felizes ou tristes;
  • Apatia;
  • Mania de acreditar que está sendo perseguido por alguém ou algo;
  • Problemas no aprendizado, algo vindo desde a infância;
  • Falta de estímulo para realizar seus afazeres comuns, como trabalhar ou socializar;
  • Mudanças em seus órgãos sensoriais, como a visão, audição ou até olfato.

Tipos

Embora tenhamos uma visão geral do problema, a esquizofrenia possui subcategorias onde se encaixa devido as nuances. Claro, somente um profissional capacitado pode realizar um diagnóstico adequado para classificar corretamente o transtorno. Nisso, temos:

Esquizofrenia simples

Trata-se do transtorno que exibe mudanças em sua personalidade. Nisso, o esquizofrênico vai preferir se isolar, não se importa com os acontecimentos cotidianos e se mostra mais insensível afetivamente.

Esquizofrenia paranoide

O indivíduo busca se isolar da forma como pode aqui, mas a confusão está mais evidente. Isso se traduz através de falas confusas, crença de que é perseguido por alguém e ausência emotiva.

Esquizofrenia desorganizada

Mostra-se com um comportamento infantilizado, pensamentos desconexos e respostas emotivas descontroladas. É também chamada de “hebefrênica”.

Esquizofrenia catatônica

Existe aqui um grande muito evidente de apatia fazendo com que fique imóvel por horas e diminuindo ações motoras.

Esquizofrenia residual

O seu comportamento, sociabilidade e emoções mudam, mas não tanto quanto os outros tipos.

Esquizofrenia indiferenciada

Embora não se encaixem nos tipos acima com perfeição podem, sim, mostrar outras características citadas.

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    Diferença entre esquizofrenia e paranoia

    A paranoia, ou transtorno de personalidade paranoide, se identifica como medo irracional. Existe aqui uma crença de que outra pessoa está tramando para que consiga prejudicar o indivíduo. Nisso, o seu temor se eleva a tal ponto que a sua rotina muda por completo e interfere nos relacionamentos e trabalho.

    Tal desconfiança se assemelha muito ao transtorno da esquizofrenia. Ambas carregam sintomas muito parecidos e são facilmente confundidas, como por exemplo gosto pelo isolamento ou afastamento das pessoas. Entretanto, quem possui paranoia não vivencia geralmente as alucinações, algo recorrente com o problema esquizofrênico.

    Numa visão geral, os dois problemas demonstram com clareza delírios. Enquanto a paranoia vem com a ideia de ser perseguido e ideia de grandeza, o outro transtorno indica a quebra do ego. Nisso, o esquizofrênico acaba se afastando da realidade e perdendo a ligação com ela.

    Psicose e esquizofrenia

    Quanto à psicose, ela é um quadro de mudança brusca ou do pensamento, da senso percepção ou representação do real. Com isso, o psicótico pode demonstrar delírios, paranoias, alucinações e outras alterações em sua percepção. Porém, em geral, os quadros costumam durar por por tempo e abaixo de 30 dias.

    Mesmo pessoas sadias que estão se adaptando a experiências ruins e traumáticas podem manifestar o transtorno. Sem contar aquelas que já carregavam uma doença psiquiátrica que não foi tão cuidada quanto se pensa. A exemplo, pessoas depressivas, bipolares, ansiosas, dependentes químicos, autistas, entre outras.

    A esquizofrenia é uma doença crônica grave que até o momento não possui cura tendo sintomas psicóticos ou não. O esquizofrênico, aliás, pode apresentar sintomas e sinais menos evidentes que são facilmente percebidos. Nesse caminho, pouco se movimentam ou falam, perdem a vontade de comer, são desanimados, etc.

    Tratamento

    Como dito acima, até aqui não foi encontrada uma cura para sanar o problema da esquizofrenia. Ainda assim é possível ter uma vida ativa e produtiva com a reabilitação e medicação adequada. Dessa forma, o paciente em questão pode reaver a sua confiança e modelar as habilidades que precisa para ser mais independente.

    Mesmo que o próprio paciente seja incapaz de fazer avaliações sobre si mesmo, as pessoas próximas devem buscar ajuda. Um psicólogo e um psiquiatra podem desenvolver um método terapêutico para reconduzir a sua postura. É um modo de controlar as suas pulsões e educar a sua mente para não atuar de maneira tão destrutiva.

    Fora isso, temos a inclusão dos medicamentos como forma de aliviar os sintomas que a pessoa esquizofrênica sente. Além de reduzir os desequilíbrios químicos, evitam a recaída, mas devem ser administrados com cuidado. Os remédios utilizados atualmente não causam efeitos colaterais tão graves quanto os receitados antigamente.

    Considerações finais sobre esquizofrenia

    Mesmo que não saibamos das origens da esquizofrenia, sabemos perfeitamente o teor destrutivo que possui. Infelizmente, existe um estigma muito grande a espeito do transtorno, o que impede uma educação adequada sobre ele. Esse tipo de conduta pode levar à criação de falsas imagens que acabam marginalizando uma conscientização a respeito do problema.

    É preciso colocar em pauta a disponibilização de conhecimentos e recursos sobre para clarearmos possibilidades de mudança. Muitas pessoas sequer imaginam que se enquadram no transtorno. Assim, vivem suas vidas sem acesso para tratamento. Ainda que possa assustar alguns que convivem essa realidade, buscar ajuda é o melhor meio de garantir o direito à vida.

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