medo de comer

Fagofobia: fobia de engolir ou de comer

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A fagofobia é um transtorno psiquiátrico relativamente raro, com uma prevalência estimada de 0,7% a 1,5% na população geral. No entanto, pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças, adolescentes e adultos.

Este medo muitas vezes é desencadeado por eventos traumáticos, como vômitos ou engasgos, e pode levar à recusa alimentar por mais de um mês. Embora seja mais comum na infância, especialmente entre as meninas, pode afetar pessoas de todas as idades.

Ficou interessado em entender melhor essa fobia? Então continue lendo! Pois neste artigo, vamos explorar como identificar e tratar adequadamente a fagofobia.

fagofobia mapas mentais

O que é a fagofobia?

A fagofobia é muitas vezes confundida com outros distúrbios alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa. No entanto, é importante notar que essas condições têm causas e tratamentos diferentes.

Como falamos anteriormente, a fagofobia, também conhecida como fobia alimentar, é um transtorno psicológico alimentar caracterizado pelo medo excessivo e irracional de comer ou engolir alimentos.

Pessoas com fagofobia experimentam ansiedade extrema quando precisam comer, muitas vezes devido ao medo de engasgar, vomitar ou asfixiar-se.

As origens da fagofobia geralmente estão ligadas a experiências traumáticas relacionadas à alimentação, como um episódio anterior de engasgo, vômito ou sensação de asfixia ao comer.

Essas experiências traumáticas podem criar uma aversão significativa aos alimentos e ao ato de engolir. Além disso, a fagofobia pode levar à recusa alimentar prolongada, resultando em perda de peso e complicações médicas associadas à desnutrição.

Como identificar a fagofobia?

A fagofobia, ou fobia alimentar, pode ser identificada através da observação de certos sinais e sintomas característicos. No entanto, é importante lembrar que apenas um profissional de saúde mental pode fazer um diagnóstico preciso.

Aqui estão alguns indicadores que podem sugerir a presença de fagofobia:

  1. Medo extremo de comer ou engolir: Primeiramente, pessoas com fagofobia experimentam um medo intenso e irracional de comer ou engolir alimentos. Esse medo é geralmente desproporcional à situação real.
  2. História traumática: Muitas vezes, a fagofobia está associada a uma experiência traumática relacionada à alimentação, como um episódio anterior de engasgo, vômito ou asfixia durante uma refeição.
  3. Recusa alimentar prolongada: Além disso, indivíduos com fagofobia tendem a evitar comer ou engolir alimentos por um período prolongado, geralmente mais de um mês.
  4. Ansiedade ou pânico: A ideia de comer pode desencadear ansiedade extrema, pânico ou sentimentos intensos de desconforto.
  5. Evitação de certos alimentos: Pessoas com fagofobia muitas vezes evitam categorias específicas de alimentos que desencadeiam seu medo, como alimentos sólidos, alimentos escorregadios ou alimentos que consideram mais propensos a causar engasgo.
  6. Sensação de bolo na garganta: Elas podem relatar uma sensação persistente de ter um bolo na garganta ao tentar engolir alimentos, o que pode aumentar seu medo.
  7. Preocupação com consequências graves: Pessoas com fagofobia muitas vezes temem consequências graves, como engasgar até a morte ou asfixiar-se com a comida.
  8. Impacto na qualidade de vida: A fagofobia pode afetar significativamente a qualidade de vida, levando à perda de peso, deficiências nutricionais e dificuldades sociais, como evitar refeições em grupo.
  9. Ausência de preocupação com peso ou imagem corporal: Por fim, diferentemente da anorexia nervosa, as pessoas com fagofobia geralmente não têm uma preocupação obsessiva com o peso corporal ou uma distorção da imagem corporal.

Existe tratamente para a fagofobia?

Sim, existe tratamento para a fagofobia, também conhecida como fobia alimentar.

O tratamento da fagofobia geralmente envolve uma combinação de terapia cognitivo-comportamental (TCC), reabilitação nutricional e apoio psicológico

fagofobia mapa mental

Aqui estão os componentes principais do tratamento da fagofobia:

1 – Avaliação profissional

O primeiro passo no tratamento da fagofobia é buscar a ajuda de um profissional de saúde mental qualificado, como um psiquiatra ou psicólogo, que tenha experiência no tratamento de transtornos alimentares.

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    Esses profissionais conduzirão uma avaliação completa do paciente para confirmar o diagnóstico da fagofobia e entender a gravidade do problema.

    Durante essa avaliação, o profissional irá coletar informações sobre os sintomas, histórico médico, eventos traumáticos relacionados à alimentação e outros fatores que possam estar contribuindo para a fobia alimentar. Essa avaliação é essencial para desenvolver um plano de tratamento personalizado.

    2 – Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

    A TCC é uma abordagem terapêutica eficaz no tratamento da fagofobia. A terapia visa identificar pensamentos e crenças irracionais em relação à comida, substituí-los por pensamentos mais realistas e ajudar o paciente a enfrentar gradualmente seus medos alimentares através da exposição gradual a alimentos temidos. Isso pode incluir comer pequenas quantidades de alimentos temidos sob a orientação do terapeuta.

    3 – Reabilitação nutricional

    Além disso, um nutricionista pode ser envolvido no tratamento para ajudar o paciente a reintroduzir gradualmente alimentos em sua dieta. Pois o foco está na recuperação da saúde nutricional e no estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis.

    4 – Apoio psicológico contínuo

    A fagofobia muitas vezes está associada a ansiedade e traumas passados relacionados à alimentação. Portanto, o apoio psicológico contínuo é fundamental para ajudar o paciente a lidar com essas questões emocionais subjacentes.

    5 – Trabalho em equipe

    Em muitos casos, uma equipe interdisciplinar de profissionais de saúde mental, nutricionistas e médicos trabalha em conjunto para fornecer o tratamento mais abrangente.

    Isso assegura que a equipe aborde eficaz e coordenadamente todas as áreas de preocupação. A colaboração entre os membros da equipe ajuda a garantir que o paciente receba um tratamento abrangente e personalizado.

    6 – Educação do paciente e família

    Outro ponto extremamente importante no tratamento da fagofobia, é educar o paciente e sua família sobre a fagofobia. Além disso, dar mais informações sobre suas causas e tratamento é importante para criar um ambiente de apoio e compreensão durante o processo de recuperação.

    7 – Monitoramento e acompanhamento

    Por fim, o tratamento da fagofobia geralmente requer um acompanhamento contínuo para avaliar o progresso do paciente e fazer ajustes no plano de tratamento, conforme necessário. O monitoramento regular ajuda a garantir que o paciente esteja progredindo em direção à recuperação e que quaisquer desafios ou recaídas possam ser abordados prontamente.

    No entanto, é extremamente importante notar que cada pessoa é única, e os profissionais de saúde devem adaptar o tratamento da fagofobia às necessidades individuais de cada paciente. Pois o objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a superar seus medos alimentares, desenvolver uma relação saudável com a comida e melhorar sua qualidade de vida.

    Lembre-se que a intervenção precoce é fundamental, pois ajuda a prevenir complicações médicas associadas à recusa alimentar prolongada. Portanto, se você ou alguém que você conhece está enfrentando fagofobia, é fundamental procurar ajuda profissional o mais cedo possível.

    Considerações finais sobre a fagofobia

    Enfim, a fagofobia é um transtorno psiquiátrico que pode ter sérias implicações para a saúde física e mental das pessoas afetadas. No entanto, muitas vezes as pessoas confundem-na com outros distúrbios alimentares, o que dificulta o diagnóstico preciso.

    No entanto, com o tratamento adequado, que inclui reabilitação nutricional, terapia cognitivo-comportamental e apoio psicológico, é possível ajudar os indivíduos a superarem seus medos alimentares e a recuperarem uma relação saudável com a comida.

    A conscientização sobre a fagofobia é fundamental para melhorar o reconhecimento e o tratamento dessa condição. Portanto, a intervenção precoce é crucial para prevenir complicações clínicas associadas e promover a recuperação!

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