filicídio na psicanálise

O que é Filicídio? Significado na psicologia

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Você já ouviu falar em filicídio? Nesse artigo vamos abordar sobre esse assunto. Nosso objetivo é trazer o significado desse tema na psicologia. Então, aproveite para conhecer como funciona a mente humana nesses casos. Confira!

O que é filicídio?

Para começar a tratar do assunto, precisamos definir o termo. Saiba que filicídio é quando o pai ou mãe matam seu próprio filho de forma consciente e intencional.

Vale enfatizar que não podemos interpretar filicídio nos casos de acidentes, porque os pais não agiram de forma deliberada para causar a morte do filho.

Infelizmente, os casos de filicídio são na maioria das vezes contra crianças. Isso porque os pequenos não possuem condições de se defender. O assunto é triste e sempre choca a sociedade devido à brutalidade do crime.

Significado de filicídio

Sabe-se que nas mais diferentes culturas, até mesmo em diversas espécies animais, os pais são os protetores dos filhos. Ou seja, os pais são aqueles indivíduos que deveriam ser os primeiros a amar os filhos.

Assim, o ato de amor corresponde ao cuidado e ao sustento. Uma vez que tal comportamento não se concretiza, o risco dos filhos contra os perigos do mundo aumentam.

Nesse sentido, nossos valores, princípios e outras regras de conduta social estão habituados a um caminho determinado na relação entre pais e filhos. Quando esse “percurso natural” não é seguido, causa um estranhamento e aversão contra os pais.

Aspectos culturais diferentes para homens e mulheres

Precisamos enfatizar o quanto esse peso é ainda maior em relação às mães em detrimento dos pais. As mulheres sofrem por cobrança mais intensas porque desde sempre as sociedades idealizaram e estimularam elas  como figuras maternais.

No reino animal, em diversas espécies cabe às fêmeas caçar para alimentar as crias. Com os seres humanos, é comum os homens se ausentarem das suas responsabilidades como pais. Percebam que é muito mais comum os homens abandonarem os filhos e não prestarem nenhuma assistência emocional ou financeira.

Nesse sentido, esse tipo de comportamento é muito naturalizado. Porém, no caso das mães há uma cobrança muito maior em manter suas funções de mãe. Logo, a repulsa e opressão por qualquer crime contra os filhos, também é consequentemente maior.

Filicídio em Psicologia

Para compreender os motivos que tornam uma pessoa filicida, é necessário buscar respostas na Psicologia. Portanto, não é por acaso que os pais que matam seus filhos sofrem de algum transtorno psicológico.

Pessoas que já sofreram abusos sexuais ou psicológicos podem apresentar um comportamento letal aos filhos. Em outros casos, até mesmo a depressão pode ser a causa do filicídio. Isso porque, devido a algum trauma do passado ou dificuldade do presente, os pais podem sofrer algum surto e assassinar os filhos.

Arnaldo Rascovsky: sobre filicídio na Psicanálise

O psicanalista argentino Arnaldo Rascovsky (1907-1995) foi um dos grandes estudiosos do filicídio. Suas pesquisas buscavam identificar as causas do ato dos pais matarem os próprios filhos.

Sua perspectiva levava em consideração o complexo de Édipo de Freud. Porém, o argentino partia de uma relação a partir do ponto de vista da criança. Segundo o psicanalista, a suposta disputa entre pai e filho era desleal, visto que a criança é indefesa em relação ao adulto, já consciente de suas ações.

O interessados no assunto podem aprofundar os estudos sobre fiicídio pelas seguintes obras:

  • II figlicidio (1974);
  • El filicidio: la agresión contra el hijo (1981);
  • La universalidad del filicidio (1986);
  • Filicide: the murder, humiliation, mutilation, denigration, and abandonment of children by parents (1995).

Exemplos de mães que mataram seus filhos

Para exemplificar, vamos trazer alguns casos em que mães assassinaram seus próprios filhos. O primeiro caso aconteceu em 1856 durante a escravidão nos Estados Unidos. Margaret Garner fugia com a filha de apenas dois anos, mas foi capturada. Então, a mãe assassinou a criança para que a filha não sofresse como escrava.

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    Outro caso mais recente que também aconteceu nos Estados Unidos foi o de Susan Smith. Ela simulou que um homem negro tinha roubado seu carro com os dois filhos pequenos dentro. O carro foi encontrado num lago com os corpos das crianças. Porém, foi ela quem cometeu o assassinato devido ao um relacionamento extraconjungal.

    Veja casos de pais que mataram seus filhos

    No Brasil, um dos casos que mais chocou o país foi o de Isabella Nardoni. Em 2008, a menina de apenas cinco anos foi espancada pela madrasta, Anna Carolina Jatobá. Em seguida, a criança foi arremessada pela janela do apartamento do sexto andar pelo próprio pai, Alexandre Nardoni.

    No início do ano, um caso no Rio Grande do Sul, em que um pai enforca o filho e logo depois comete suicídio. Segundo a esposa, que não estava presente durante o crime, a família vivia com problemas financeiros.

    Veja como prevenir o filicídio

    Os progenitores podem se tornar os principais agressores de maus tratos e abusos sexuais. Nesse sentido, em casos mais extremos, matam os próprios filhos. Por isso, é preciso que escolas, instituições e órgãos responsáveis fiquem atentos aos pequenos sinais de violência.

    Também cabe aos vizinhos e outros familiares perceberem qualquer tipo de comportamento nocivo. Denuncie! Saiba que você pode até fazer uma denúncia anônima. Dessa maneira, é possível impedir que os filhos sejam assassinados por aqueles que deveriam amá-los.

    Considerações finais

    Qualquer comportamento que foge à regra chama a atenção. Por isso, a violência contra crianças e adolescentes são motivos de muita indignação na sociedade. Percebe-se a cada dia que o perigo está em todo lugar, inclusive dentro de casa.

    Assim sendo, para compreender mais a fundo o filicídio, faça nosso curso de psicanálise. Dessa forma, você poderá compreender melhor como a mente dos pais funcionam nesses casos. Ainda, compreender as raízes dos traumas e transtornos psicológicos. Portanto, não perca tempo e estude os principais conceitos da psicologia.

     

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