10 filmes sobre racismo: os melhores da história

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O racismo, como mazela das mais cruéis e chocantes da humanidade, teve sua dinâmica representada muitas vezes pela sétima arte. Nas telas, os impactos deste cancro social promovem conscientização ante a sua repugnância. Contudo, antes dos grandes filmes sobre racismo ganharem destaque, uma vitória foi vivida há exatos 79 anos. A primeira negra na história do cinema norte americano levava para casa uma estatueta do Oscar.

Com isso, Hattie McDaniel inaugurou a vitória negra na premiação em 1940, com “E o vento levou”.

De lá para cá, as conquistas negras viveram avanços e retrocessos. Entretanto, as temáticas raciais não deixaram de ser exploradas pelo cinema de forma a impactar a sociedade. Apesar de essa ser mais uma rota de luta, o preconceito racial está longe de ter um fim.

Contudo, o cinema permite a exposição das dinâmicas perversas e duramente injustas às quais os negros são submetidos. E isso foi e tem sido explorado de forma consciente por grandes produções ao longo dos anos. Confira agora 10 dos maiores filmes da história sobre a temática.

A cor púrpura (1986)

Celie (Whoopi Goldberg), uma garota negra, é estuprada pelo próprio pai aos 14 anos. Do estupro nascem dois filhos que são separados da mesma. Em seguida, ela é entregue em casamento ao sádico Mister (Danny Glover), de quem será simultaneamente escrava e mulher.

Assim, impedida de viver a própria vida, Celie começa a escrever cartas para aplacar sua tristeza. Sua vida ganha novo sentido com a chegada do cunhado e sua esposa.

Amistad (1997)

Um grupo de negros escravizados está a caminho da América em um navio negreiro. Então eles tomam o navio e executam boa parte da tripulação. Tentam retornar para a África, mas não entendem de navegação e serão guiados por dois tripulantes sobreviventes que os enganam.

Aportam finalmente em solo americano onde serão julgados pelos crimes de execução. Porém, a questão não trata das mortes provocadas pelos escravos, mas sim de política. Entre escravagistas e abolicionistas o quadro da sociedade da época se desenrola neste clássico épico.

Malcolm X (1992)

Esse é um dos filmes sobre racismo que não poderia faltar na lista. Essa produção é uma biografia do líder afro-americano, cujo pai foi assassinado ela Ku Klux Klan e a mãe internada como louca.

Uma vez preso, ele conhece o islamismo ao qual se converte. Muda seu nome e inicia um movimento que prega a autonomia da nação negra do Islã. Tempos depois ele rompe com o grupo e abranda seu discurso de ódio contra os brancos. Seus novos paradigmas vão lhe custar caro.

Tempo de matar (1996)

Filmes sobre racismo costumam chocar diante do retrato das monstruosidades das quais os negros são vítimas, e este é um exemplo. A fim de fazer justiça com as próprias mãos, um pai mata em pleno tribunal os algozes de sua filha.

Com isso, um advogado branco assume sua defesa auxiliado por sua assistente. Contudo, eles terão de enfrentar ameaças concretas de uma célula da Ku Klux Klan.

A outra história americana (1998)

O filme retrata a vida de Derek, um jovem neonazista que vai para a cadeia depois de matar um jovem negro. Dentro dos muros da penitenciária, ele começa a mudar seus pensamentos e lutar contra seus preconceitos.

Ao ganhar a liberdade ele espera livrar o irmão caçula de uma conduta como a sua. Porém, para seu irmão mais novo já pode ser tarde demais.

A hora do show (2000)

Um executivo de uma rádio de Tv, negro, tem sua proposta de programa de humor inteligente vetada. Com isso, ele se frustra e cria por vingança um outro programa por conta própria.

No entanto, esse programa tem cunho racial forte e é extremamente primitivo. Apesar disso, o programa termina fazendo sucesso.

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    Homens de honra (2001)

    Um jovem negro entra para a Marinha na década de 50, auge do racismo nos EUA. Ele precisa enfrentar a rejeição e o preconceito de seus colegas de turma, assim como de seu instrutor.

    Mesmo tendo um tratamento diferenciado durante os treinamentos que objetivavam fazê-lo desistir ele persiste. Assim, por sua perseverança e coragem ele conquista o respeito de todos.

    Quase deuses (2004)

    Filmes de racismo que retratam fatos nos deixam a impressão exata do que ser negro representou em determinadas épocas. Em Quase deuses, Vivien, um faxineiro negro contratado pela universidade de medicina conduz o Dr. Alfred em uma investigação médica.

    Vivien é autodidata e se torna o braço direito do médico, porém, seu protagonismo lhe é negado pela cor de sua pele.

    Histórias cruzadas (2011)

    Na Mississipi dos anos 60 uma garota branca da elite decide se tornar escritora. Com isso, ela decide entrevistar empregadas negras de sua comunidade que abrem mão de suas vidas para servir aos patrões.

    A adesão se fortalece na medida em que as empregadas vêm uma oportunidade de denunciar os abusos de suas patroas. Apesar do movimento não ser bem-vindo, termina apontando novos rumos para estas mulheres.

    12 anos de escravidão (2013)

    Solomon, um negro livre que vive com esposa e filhos é levado para uma emboscada. Através dela, ele é sequestrado e levado para longe dali. Em seguida, é vendido e submetido à condição de escravo.

    Por 12 anos ele vive nesta condição, contudo, permanece incansável em sua luta por liberdade. Assim sendo, a lembrança de sua família o mantém firme em seu propósito de reconquistar sua dignidade.

    Comentários finais: filmes sobre racismo

    A mídia cinematográfica é uma das mais influentes no mercado de comunicação. Zilhões são gastos anualmente em produções que exploram a vida e a realidade humanas. Assim, o público que recebe essas mensagens é imenso e global, sendo afetado de diferentes formas pelas histórias contadas.

    O racismo é um assunto delicadíssimo, mas se faz necessário falar sobre ele e expor os fatos assim como são. Desta forma, os filmes sobre racismo jogam no ventilador verdades cruas de um processo social que ainda segrega e mata. A comunidade negra ainda precisa de voz e representatividade.

    Essas produções têm liberdade e alcance para falar sobre muito do que permanece oculto. Boa parte delas, escritas e/ou dirigidas por também negros, são um grito de alerta para a população negra e sociedade em geral.

    A questão da identidade e da assunção de raízes como formas emancipatórias se fazem necessárias. Assim sendo, talvez esse seja o principal efeito dos filmes sobre racismo: a identificação e a construção da autoestima negra. De modo que se constrói a partir daí a noção de pertencimento e origem.

    É por meio de bagagens como essa que a nova geração pode repensar sua própria constituição. Buscando com isso traçar novos caminhos para a liberdade negra, física e mental.

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