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Freud Explica… E Melanie Klein Também!

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Hoje veremos alguns conceitos que Freud explica. O ciúmes e a possessividade são frequentemente vistos como problemas em relacionamentos, mas na psicanálise, esses comportamentos têm explicações profundas que remontam ao inconsciente e às experiências de infância.

Freud explica

Freud e Melanie Klein, dois pilares da teoria psicanalítica, oferecem insights valiosos sobre esses sentimentos que podem dominar uma relação.

Na visão de Freud, o ciúme está intimamente relacionado a inseguranças inconscientes, muitas vezes originadas de conflitos não resolvidos na infância, como o medo de abandono ou rivalidade fraternal.

Esses sentimentos reprimidos de inferioridade, combinados com o desejo de exclusividade nas relações, levam o sujeito a tentar controlar o parceiro, na tentativa de assegurar o seu lugar afetivo.

Freud explica e Melanie Klein também

O ciúme, para Freud, é uma forma de lidar com o medo de perder o amor e a atenção do outro, uma tentativa de manter a segurança emocional, mas que, no fundo, revela uma fragilidade interna.

Melanie Klein, por sua vez, dá um outro olhar sobre o ciúme, conectando-o à inveja e aos temores primitivos de perda. Ela explora a ideia de que o ciúme surge do medo de perder o objeto bom – geralmente a mãe, mas em relacionamentos adultos pode ser o parceiro(a) – para um rival.

Esse ciúme é, portanto, uma reação à ameaça de perda de algo que o sujeito sente que não pode viver sem.

A inveja

A inveja, para Klein, é uma reação ainda mais primitiva: o desejo de possuir ou destruir algo que o outro tem e que é visto como essencial para o bem-estar emocional do indivíduo.

Ambos os teóricos convergem na ideia de que o ciúme e a possessividade têm raízes na insegurança emocional e no medo da perda.

A possessividade não é apenas sobre controlar o outro, mas também sobre evitar a dor da privação e a sensação de inadequação.

Conclusão

Na terapia de casal, quando o ciúme e a possessividade estão presentes, o papel do terapeuta é identificar essas dinâmicas e ajudar o casal a compreender as fontes emocionais que as alimentam.

A psicanálise pode ser uma ferramenta poderosa para explorar esses sentimentos de forma segura, permitindo que cada parceiro trabalhe suas próprias inseguranças e medos, sem projetá-los no outro.

Ao fazer isso, é possível reduzir a tensão e fortalecer a relação, permitindo que o amor floresça de forma mais saudável e equilibrada.

Artigo escrito por Jacqueline Silva. Concluiu sua formação em psicanálise (curso livre) pelo IBPC em 2022. E, atualmente, está matriculada no bacharelado em Psicanálise pela Uninter. Busca integrar abordagens psicanalíticas com mediação extrajudicial (FMU) e terapias integrativas e complementares (Uninter), visando oferecer um suporte terapêutico completo para questões relacionais e de mediação de conflitos, especialmente no âmbito familiar e entre casais. @jac_jackie19

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