Muitas pessoas, ao vivenciarem um relacionamento com um parceiro manipulador, se sentem receosas de iniciar a terapia de casal, temendo que o terapeuta seja influenciado pela narrativa do parceiro.
A terapia de casal
Esse receio é totalmente compreensível, especialmente quando se percebe padrões de manipulação e se teme sair de um processo terapêutico ainda mais fragilizado.
A boa notícia é que, ao optar por um terapeuta mediador psicanalista, o processo será conduzido de forma ética, profunda e com total neutralidade.
O terapeuta não está ali para tomar partido ou ser influenciado; ele é treinado para observar além das aparências e identificar as dinâmicas mais sutis da relação.
A terapia de casal e o terapeuta
Seu papel não é julgar ou escolher lados, mas criar um espaço seguro onde ambos os parceiros possam se ver com mais clareza e entender seu papel no relacionamento.
A terapia permite que cada um compreenda as motivações do outro, ao mesmo tempo em que reflete sobre sua própria posição na relação.
O mediador psicanalista tem a capacidade de captar as nuances importantes e perceber comportamentos de controle, identificando quando há tentativas de manipulação.
Antes das sessões
É importante lembrar que tentar avisar o terapeuta sobre o comportamento do parceiro antes das sessões pode, sem querer, criar uma dinâmica em que você também se coloca como manipulador.
Em vez disso, confie no processo terapêutico, pois o psicanalista está preparado para perceber as dinâmicas mais complexas e ajudar o casal a enxergar as questões subjacentes.
Por fim, confie que o processo psicanalítico oferece um ambiente seguro e eficaz para lidar com as questões mais profundas do relacionamento. Permita que a terapia cumpra seu papel, criando um espaço onde ambos possam ser verdadeiramente ouvidos.
Artigo escrito por Jacqueline Silva. Concluiu sua formação em psicanálise (curso livre) pelo IBPC em 2022. E, atualmente, está matriculada no bacharelado em Psicanálise pela Uninter. Busca integrar abordagens psicanalíticas com mediação extrajudicial (FMU) e terapias integrativas e complementares (Uninter), visando oferecer um suporte terapêutico completo para questões relacionais e de mediação de conflitos, especialmente no âmbito familiar e entre casais. @jac_jackie19