As experiências que temos na infância são fundamentais para o desenvolvimento do comportamento na vida adulta.
Sigmund Freud destacou isso ao desenvolver a psicanálise. Mesmo sendo um tema conhecido, é importante destacar alguns aspectos emocionais originados na infância.
Desde o nascimento, os primeiros aspectos emocionais aparecem quando a criança expressa seus desejos através do riso e do choro.
No entanto, os problemas emocionais que mais afetam a vida adulta geralmente surgem em fases posteriores da infância. São situações que as crianças podem lembrar, consciente ou inconscientemente, na vida adulta.
Por isso, a seguir vamos explorar mais detalhes sobre a infância e seus aspectos emocionais. Confira!
Os aspectos emocionais na infância
Os aspectos emocionais na infância são cruciais para o desenvolvimento de uma criança. Desde o nascimento, os bebês demonstram emoções, que podem variar de reações mais tranquilas a mais agitadas.
Essas respostas iniciais refletem diferentes temperamentos, que se manifestam de formas variadas conforme a criança cresce. Por exemplo, algumas se tornam mais risonhas, enquanto outras tendem a ser mais chorosas, independentemente do cuidado físico e alimentação que recebem.
O ambiente em que a criança cresce é um fator determinante para seu desenvolvimento emocional. A maneira como ela reage ao ambiente pode ser vista em uma escala de bem-estar, que varia entre ótimo, bom, regular ou ruim.
Nesse sentido, o contexto em que a criança está inserida, como a qualidade das relações familiares e o ambiente social, desempenha um papel essencial.
Quando uma criança recebe amor, cuidados adequados e tem relações positivas com os pais, ela tende a se sentir emocionalmente segura e valorizada. Esse suporte emocional, combinado com estímulos psicológicos enriquecedores, contribui para o seu bem-estar e felicidade.
Essa base sólida na infância ajuda a formar um adolescente capaz de enfrentar os desafios dessa fase sem grandes traumas ou dificuldades emocionais. A
ssim, uma infância emocionalmente saudável prepara a criança para lidar de maneira equilibrada com as crises naturais do crescimento.
O início do processo de formação moral e social
Segundo Freud entre a infância e o início da adolescência o superego se desenvolve, inicia-se o processo de formação moral e social do indivíduo. O nosso primeiro juiz se apresenta.
Nossos pais (parentes) nos apresentam a ele através de suas exigências, ensinamentos, diferenciação de certo e errado, classificação do que pode ou não ser feito, sanções e normas.
A partir desse momento baseado no conceito de certo e errado dos nossos pais, diferenciamos nossas ações. Portanto, é a partir daí que entendemos que a atitude correta vem com uma demonstração de afeto ou prova de amor. Bem como, que o incorreto vem com uma punição, castigo imposto para que aquela ação não se repita.
Neste momento do nosso desenvolvimento, nossos orientadores creem que suas palavras são entendidas. De forma que este fato desenvolve nosso caráter e não suas ações. Basicamente, tendem a nos robotizar com seus conceitos exemplares do que podemos ou devemos ser.
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Os complexos desenvolvidas na infância refletidos na vIda adulta
Infelizmente, após termos nossa personalidade desenvolvida, muito se fala de traumas, complexos, neuroses, características herdadas dos nossos pais. Também se diz que elas fundamentam todo tipo de problema que nossos progenitores poderiam ter tratado se soubessem como estabelecer uma comunicação saudável e não proibitiva.
Enquanto adultos, muitos são os mecanismos de defesa que se desenvolvem em nosso aparelho psíquico. Todos a fim de fazer com que sigamos em frente e evitemos algum tipo de colapso.
A repressão dos sentimentos, pois aquilo que acreditamos é o oposto do que aprendemos, geram conflitos. Isso faz com que nós sejamos levados ao recalque por não saber lidar com crenças arraigadas e fervorosamente repetidas como verdades absolutas. Dessa forma, ao invés de buscar ajuda, passamos ao estágio de negação. Onde a realidade dá espaço a realidade imaginada, inventada para não termos contato com o que nos aflige, uma defesa subjetiva.
E, assim, passamos a projeção, transferimos aquilo que nos é conflitante, inaceitável e atribuímos a culpa a outros. Este é o ponto onde quero chegar, quando aquilo que nos fere vira uma arma de julgamento. Pois aquilo que não é aceitável em mim, de alguma forma refletirá no outro. Esse é o tão famoso espelho, que deixa claro em você, a objeção que vejo em mim.
O certo e o errado na visão dos pais e da sociedade
Tenho a seguinte dúvida: se a maioria dos conflitos surge na infância, durante o desenvolvimento moral e de caráter, podemos afirmar que quando as pessoas não respeitam sua própria verdade, acabam se tornando adultos psicologicamente abalados.
Isso acontece pelo simples fato de não aceitarem e compreenderem os conceitos que lhes foram ensinados. Ou seja, se essa ideia for verdadeira, continuaremos impondo ao outro o que é certo e errado, baseando-nos nos padrões que a sociedade considera corretos e aceitáveis, sem questionar.
Assim, perpetuamos o teatro social e, a cada dia, vemos mais crianças e adolescentes enfrentando conflitos internos e perdendo a crença de que o discernimento também pode ser desenvolvido com a ajuda dos pais.
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O artigo presente foi escrito pela autora Amanda Regis Villa Lobo, especialmente para o nosso Blog Psicanálise Clínica!