Uma mãe e o seu bebê possuem um dos vínculos mais poderosos. Assim, entenda melhor essa relação entre mamãe e bebê sob o viés da Psicologia.

Mamãe e bebê: o que a Psicologia sabe sobre este vínculo?

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É possível afirmar que uma mãe e o seu bebê possuem um dos vínculos mais poderosos da natureza. Mesmo que essa relação pareça algo simples, nós precisamos entender como esse relacionamento é desenvolvido. Por isso, nesse artigo falaremos melhor o vínculo entre mamãe e bebê sob a perspectiva da Psicologia. Confira!

Mamãe e bebê: a conexão não nasce, ela é criada

A relação entre mamãe e bebê acontece de forma gradativa, não de imediata como algumas pessoas acreditam. Logo, a mãe e o seu filho precisam de tempo, amor e compreensão para que possam se conectar como precisam.

Segundo especialistas, a mãe sempre deve dar o primeiro passo para a construção afetiva desse relacionamento. Por meio do toque na barriga, carinho e fala, a mãe consegue se ligar ao feto em formação. Dessa forma, ela terá uma gravidez mais saudável, vivenciando de forma positiva o crescimento do bebê.

Em qual momento a mulher sente que é mãe?

Quando uma mulher deseja ser mãe, é provável que se sinta mãe logo que descubra a gravidez. Ao passo que a gestação evolui, a mulher lidará com a sua vontade de ser mãe à sua maneira. Logo, ela lidará com angústias e incertezas específicas em cada período gestacional, por exemplo:

  1. No primeiro trimestre a mulher talvez sinta medo de perder o bebê;
  2. no segundo semestre vem a preocupação com os movimentos e desenvolvimento da criança;
  3. nas semanas finais da gestação o parto se torna motivo para ansiedade.

Conforme a mulher lida com esses pensamentos e sentimentos ela terá um grau maior ou menor da maternidade. Por isso, a relação mamãe e bebê não tem um momento específico para acontecer.

A relação entre mamãe e bebê após o parto

Segundo especialistas, o parto é a hora perfeita para formar o vínculo entre mamãe e bebê. Enquanto a mulher está em trabalho de parto, o corpo dela produz uma alta quantidade de ocitocina. Por causa desse hormônio que o corpo da mulher:

  1. Estimula as contrações uterinas;
  2. dilata o colo uterino;
  3. empurra o bebê do canal pélvico, colocando-o para fora;
  4. alivia a dor do parto.

A ocitocina é um hormônio conhecido também por influenciar o amor e a fidelidade entre pessoas, liberado também no orgasmo. Assim que o bebê nasce, a mãe continua a produzir a ocitocina, sendo o momento para desenvolver o vínculo materno.

Já que a ocitocina é produzida em abundância no parto, a mãe recebe o filho como se ela estive apaixonada pela criança. Ademais, com a ocitocina, a mulher consegue fazer a quebra da idealização pela chegada do bebê de forma segura.

O poder da amamentação no vínculo materno

Já que a amamentação também libera ocitocina, mamãe e bebê podem fortalecer o vínculo criado na gestação. Mesmo que o hormônio não estivesse presente, a mãe próxima ao bebê lhe dando carinho já os torna conectados. O bebê, por sua vez, já consegue reconhecer o cheiro e os batimentos cardíacos dela, algo que o conforta bastante.

Se a mulher não consegue amamentar, é possível manter a boa experiência e conforto da criança do mesmo jeito. É provável que alguns benefícios da amamentação sejam perdidos. Contudo, mãe e filho se conectam da mesma forma. Afinal, o bebê só reconhecerá as feições da mãe ao longo do tempo, embora já saiba quem ela é.

Enquanto o bebê se alimenta, ele interage com o mundo ao redor por meio do contato com a mãe. Já que a mãe o ampara e proporciona o seu alimento, a criança se sente segura e acolhida em seus braços. As conversas que a mãe inicia, bem como o colo e os carinhos trocados ajudam a fortalecer esse contato.

Identidade materna pode surgir ainda na infância

Uma criança entre 3 e 4 anos de idade já se envolve de forma intensa com as pessoas que cuidam dela. Assim, é bastante natural que essa criança demonstre sentimentos intensos de ciúmes, medo, raiva e amor em relação aos cuidadores. Aliás, esse relacionamento é o que ajudará a definir a personalidade dela logo cedo.

Seja menina ou menino, a criança pequena mantém relações afetivas com os pais de forma muito próxima. A menina se identifica com a mãe de forma natural, pois brinca de mamãe e bebê com suas bonecas. À medida que a brincadeira continua a criança experimenta sentimentos relacionados à maternidade.

É importante destacar aqui que os meninos que brincam de boneca não devem ser repreendidos. Por causa da nossa cultura machista, meninos que brincam de boneca sofrem represálias dos pais e sociedade. Ao contrário do que muitos pensam, quando um menino brinca de boneca ele encontra na brincadeira um exercício para ser um bom pai.

Há problemas de privar uma criança do seu vínculo afetivo maternal?

Estabelecer a relação afetiva entre mamãe e bebê é fundamental. Isso porque garante a construção saudável do psiquismo da criança. Dessa forma, o bebê pode desenvolver a sua personalidade e comportamento social de forma saudável.

Sendo assim, é importante para o bebê ter uma relação afetiva, contínua e segura com a sua mãe. Como resultado, a criança desenvolverá a própria autoestima enquanto conhece o mundo à sua volta. Porém, se o bebê é privado desse vínculo, pode desenvolver distúrbios que o acompanharão em seu crescimento.

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    Os primeiros anos do bebê podem determina o seu futuro

    Segundo pesquisadores das universidades de Minnesotta e Montreal, o vínculo entre mamãe e bebê no primeiro ano de vida influencia na cognição da criança. A ótima interação materna ajuda a desenvolver o controle de impulsos e memória do bebê, por exemplo.

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    Além disso, mães que conversam com os bebês e os estimulam a resolverem problemas nas brincadeiras os ajudam a desenvolverem suas habilidades.

    Pesquisadores de Chicago afirmam que os estímulos que a criança recebe no primeiro ano de vida influencia sua personalidade até os 13 anos. Logo, crianças que receberam estímulos frequentes apresentam menos problemas comportamentais. Por isso, é tão importante para os pais ajudarem seus bebês a crescerem de forma saudável.

    Considerações finais sobre mamãe e bebê

    O vínculo entre mamãe e bebê é de muita importância para o crescimento adequado da criança. Com a ajuda dessa interação o bebê pode aprimorar e aprender habilidades importantes para o seu futuro. Além disso, a criança aprende a construir as bases da sua personalidade e comportamento com o tempo.

    É importante destacar que a criação de um bebê influencia de forma direta na sua fase adulta. Nenhum bebê nasce com um manual de instruções que possa auxiliar os seus pais. Mesmo assim, a mãe e o pai aprendem os seus respectivos papéis à medida que interagem com o filho.

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