O mês de setembro é marcado por uma campanha de conscientização fundamental para a sociedade: o mês do suicídio, também conhecido como Setembro Amarelo.
Essa iniciativa, que tem como objetivo principal a prevenção do suicídio, ganhou notoriedade no Brasil em 2013, quando Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a inseriu no calendário nacional.
Desde então, a ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) promove essa campanha, que se tornou a maior do mundo contra o estigma em relação ao suicídio.
Neste artigo, exploraremos a fundo o significado do mês do suicídio, suas origens e objetivos, além de discutir dados preocupantes sobre o suicídio e seu impacto. Quer saber mais? Então continue lendo!
O que é o mês do suicídio?
O Setembro Amarelo, também conhecido como mês do suicídio, é uma campanha de conscientização e prevenção do suicídio que ocorre mundialmente durante o mês de setembro.
Seu objetivo principal é reduzir o estigma em torno do suicídio, promover a discussão aberta sobre saúde mental e fornecer informações sobre prevenção do suicídio. A campanha adotou a cor amarela como símbolo, representando a luz que ilumina as sombras da depressão e dos transtornos mentais.
Durante o Setembro Amarelo, ocorrem diversas atividades, como palestras, eventos, divulgação de informações em mídias sociais e a iluminação de monumentos com a cor amarela para chamar a atenção para a causa.
O foco principal é educar as pessoas sobre os sinais de alerta do suicídio, incentivar a busca de ajuda, promover o diálogo aberto sobre saúde mental e mostrar que o apoio e tratamento adequados podem salvar vidas.
Dados alarmantes sobre suicídio
- O suicídio é um problema de saúde pública global. A OMS relata que mais pessoas morrem por suicídio a cada ano do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios.
- Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
- As taxas de suicídio variam entre países, regiões e gêneros. No Brasil, a taxa de suicídio entre homens é de 12,6 por 100 mil, enquanto entre mulheres é de 5,4 por 100 mil.
- Em países de alta renda, a taxa de suicídio entre homens é mais alta (16,6 por 100 mil), enquanto em países de baixa-média renda, as mulheres têm as taxas mais altas (7,1 por 100 mil).
- A prevenção do suicídio é uma prioridade em apenas 38 países no mundo.
Setembro Amarelo: a campanha que salva vidas
Embora o dia 10 de setembro seja oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Setembro Amarelo não se limita a um único dia. Essa campanha acontece durante todo o ano e tem como lema em 2023: “Se precisar, peça ajuda!”.
Os números relacionados ao suicídio são alarmantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, mais de 700 mil pessoas cometeram suicídio em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 14 mil pessoas tiram suas próprias vidas anualmente, o que equivale a uma média de 38 casos por dia.
Contudo, é importante ressaltar que esses números podem ser ainda maiores, uma vez que muitos casos não são notificados. Em todo o mundo, os índices de suicídio estão diminuindo, mas as Américas seguem uma tendência contrária, com números crescentes, segundo a OMS.
Qual a maior causa dos suicídios?
Em primeiro lugar, é importante entendermos que a maioria esmagadora dos casos de suicídio está relacionada a doenças mentais, muitas vezes não diagnosticadas ou tratadas de forma inadequada. Isso significa que muitas vidas poderiam ser salvas se houvesse um acesso mais amplo a tratamento psiquiátrico de qualidade e informações sobre saúde mental.
Além disso, o suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, o que significa que não pode ser atribuído a uma única causa específica. Em vez disso, o suicídio resulta de uma combinação de fatores que podem variar de pessoa para pessoa. Alguns dos principais fatores de risco que podem contribuir para o suicídio incluem:
- Transtornos mentais: como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia e outros, estão frequentemente associados ao suicídio.
- Falta de apoio social: sentimentos de solidão e desconexão com outras pessoas podem aumentar o risco de suicídio.
- Conflitos interpessoais: como abuso, separações e divórcios difíceis.
- Histórico familiar: ter um histórico de suicídio na família pode aumentar o risco, sugerindo a influência de fatores genéticos e ambientais.
- Disponibilidade de meios letais: como armas de fogo ou substâncias tóxicas, pode aumentar a probabilidade de um ato suicida.
- Dificuldades financeiras: como dívidas excessivas ou perda de emprego, podem ser um fator de estresse significativo que contribui para o suicídio.
- Abuso de substâncias: o abuso de álcool e drogas pode diminuir os impulsos inibitórios e aumentar o risco de comportamentos suicidas.
- Traumas passados: como abuso sexual, violência, bullying ou eventos traumáticos de vida, podem desencadear pensamentos suicidas.
Como contribuir na prevenção do suicídio
Contribuir na prevenção do suicídio é uma responsabilidade que todos nós podemos assumir. Aqui estão algumas maneiras de fazer a diferença:
1. Esteja atento aos sinais de alerta
Em primeiro lugar, eduque-se sobre os sinais de alerta do suicídio, como expressões de desesperança, isolamento social, fala sobre morte ou suicídio, mudanças drásticas de comportamento, entre outros. Esteja atento a esses sinais em amigos, familiares e colegas.
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2. Incentive a comunicação
Em segundo lugar, promova um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para falar sobre seus sentimentos e problemas. Além disso, ouça ativamente quando alguém precisar conversar, sem julgamentos ou críticas.
3. Mostre empatia
Demonstre empatia e compaixão. Lembre-se de que o sofrimento emocional é real para aqueles que o experimentam. Mostre que você se importa e está disponível para apoiar.
4. Ofereça ajuda
Se você suspeitar que alguém está em risco de suicídio, não hesite em oferecer ajuda. Pergunte diretamente se a pessoa está pensando em se machucar e esteja disposto a ouvir suas preocupações.
5. Promova a conscientização
Compartilhe informações sobre prevenção do suicídio nas redes sociais e em sua comunidade. Divulgue recursos de ajuda, como números de telefone de prevenção ao suicídio e locais onde as pessoas podem buscar assistência.
5. Participe de eventos e campanhas
Envolver-se em eventos relacionados à prevenção do suicídio, como o Setembro Amarelo, pode ajudar a aumentar a conscientização e promover a discussão aberta sobre saúde mental.
7. Eduque-se
Aprenda mais sobre saúde mental, transtornos mentais e tratamentos disponíveis. Quanto mais você souber, melhor poderá apoiar aqueles que precisam de ajuda.
8. Fique conectado
Mantenha contato regular com amigos e familiares. A solidão pode aumentar o risco de suicídio, então estar presente na vida das pessoas é fundamental.
9. Promova ambientes de trabalho saudáveis
Se você é um empregador ou gerente, crie um ambiente de trabalho que promova o bem-estar emocional dos funcionários. Isso inclui programas de apoio à saúde mental.
10. Busque ajuda profissional
Por fim, se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando pensamentos suicidas ou emoções intensas, não hesite em buscar ajuda profissional. Psicólogos, psiquiatras e linhas de prevenção ao suicídio estão disponíveis para oferecer apoio.
Lembre-se de que a prevenção do suicídio é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade. Ao criar um ambiente de apoio e compreensão, podemos fazer a diferença na vida daqueles que estão enfrentando desafios emocionais e mentais.
Portanto, se você ou alguém que você conhece estiver em perigo iminente de suicídio, não hesite em buscar ajuda imediata ligando para um serviço de prevenção ao suicídio ou procurando assistência médica. Pois o apoio e o tratamento adequados podem salvar vidas.