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Motivação e Libido na Psicanálise

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A psicanálise, ciência que consagrou um dos mais célebres médicos de todos os tempos, Sigmund Freud, trata dos mecanismos de vários assuntos de origem psíquica. Esses texto vem expor a ligação entre motivação e libido, num contexto psíquico.

O início de mais um dia

O ato de acordar todos os dias, desligar o despertador, aliás, o celular. Temos dezenas de opções de sons e se não tiver um som que nos agrade, podemos gravar um personalizado. Você pode gravar até sua própria voz para acordar (a voz do seu chefe pode ter mais efeito, nada motivador, mas com resultados).

Mas, voltando ao ato de despertar e saber que tem um dia de desafios a sua frente. Lembrar que hoje é dia do seu rodízio, então você irá ter que trabalhar de transporte público. Vai pegar um ônibus, mas será um ônibus que dá algumas voltas pelo bairro.

Você sabe que não irá sentar e mesmo que tenha algum lugar vago será um dos lugares preferenciais e logo, uma pessoa habilitada para este lugar entrará no transporte coletivo e você irá ceder o lugar para ele ou ela, sendo assim melhor nem ocupar um desses lugares.

Vislumbrando uma rotina difícil

Depois do ônibus você irá fazer uma baldeação no metrô. São milhares de pessoas que estarão ao mesmo tempo embarcando. Você já imaginou a cena e o aperto para entrar dentro do trem. O metrô é rápido e o sofrimento termina sendo menor, mas não deixa de ser aterrorizador imaginar o aperto.

Mesmo sendo uma rotina, essas imagens te trazem desconforto. Você respira fundo e pensa:

– O dia será bom!

Então você lembra que tem reunião de relatório mensal com análise dos resultados individuais de cada colaborador . Sua mente já visualizou as apresentação em Power Point que o chefe irá apresentar. Já está ouvindo as desculpas do Carlos, os elogios para a Amanda e olhar de desconfiado do Matheus. Não muda.

Mas este mês tem um diferencial, os feriados atrapalharam sua meta, meta essa que você não conseguiu bater.

– Sim, hoje será um grande dia.

O que nos faz continuar, mesmo sabendo das dificuldades que enfrentará?

Mas você ainda está na cama. Olha o celular e os seus 10 minutos de “gordurinha do tempo” já se foram, você busca motivação no seu interior e vai para o chuveiro. Nada como uma ducha para acordar.

O estudo do comportamento humano busca entender o que te faz levantar apesar de ter um dia de grandes desafios a sua frente. Isso nos faz pensar sobre a relação estreita entre motivação e libido.

De onde vem a Motivação? Aliás o que nos move a cada dia?

Freud explica (trocadilho muito usado, mas ainda válido) ! Segundo ele, todos nós temos um mecanismo chamado libido.

Freud definiu como libido aquela energia que provém das pulsões ou instintos e que afeta nosso comportamento, direcionando-o. Diante disso, ele diferenciou dois tipos de pulsões: a pulsão de vida e a pulsão de morte.

As diferentes pulsões, base do que nos move

A pulsão da vida se referia a todos aqueles impulsos que têm a ver com sentimentos ou emoções. Aqueles que nos convidam a nos apaixonarmos e nos reproduzirmos, a nos conectarmos com outras pessoas. Freud disse que isso poderia estar associado ao que ele definiu como “Ego” e “Id”.

Por outro lado, temos a pulsão de morte entendida como aquele que se opõe à vida ou que implica algum desgaste para a mesma. Aqui nos encontramos com aqueles padrões de repetição que nos convidam a tropeçar sobre a mesma pedra.

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    Exemplo disso é quando nos apaixonamos pelo mesmo tipo de pessoas, que acabam nos prejudicando.

    Motivação e libido agem em conjunto, a fim de realizar nossos desejos

    Acordar pela manhã com disposição tem muito haver como os estímulos das nossas pulsões.

    Para algumas pessoas existe prazer em trabalhar. Outras sentem prazer no contato e convívio com outras pessoas e o ambiente de trabalho proporciona isso. Entender quais as pulsões nos motivam facilita entendermos nos motivações e mais ainda como alimentá-las.

    As fases do desenvolvimento

    Desde a tenra idade passamos por essas pulsões, Freud criou as chamadas fases de desenvolvimento, que acompanham a pessoa desde a infância. Essas fases são divididas em cinco:

    1. Fase oral: ocorre quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca, por meio da ingestão de alimentos e do seio materno, da mamadeira, da chupeta e dos dedos. Nesse momento, todos são objetos de prazer.
    2. Fase anal: nessa divisão, o foco está no controle da região do ânus e, consequentemente, das fezes. Além disso, surge a ideia de higiene, brinca-se com massas e tintas, barro ou argila. Sujar é objeto do prazer.
    3. Fase fálica: aqui, a atenção e a área de prazer voltam-se para as genitálias. As crianças começam a descobrir as diferenças entre meninos e meninas;
    4. Fase de latência: há uma maior socialização das crianças com outras pessoas e assuntos. Assim, a libido está, de certo modo, em segundo plano;
    5. Fase genital: pode-se notar essa divisão quando o desejo e o prazer localizam-se, primordialmente, nos órgãos genitais e nas partes do corpo responsáveis por excitá-los.

    Podemos “regredir” em uma das fases de desenvolvimento, durante nossa vida. Se em algum momento eu passar por uma frustração, posso voltar à fase oral e a minha libido será voltada para satisfazer meus desejos de comer.

    Conclusão

    Somos mais do que apenas animais movidos por instintos, mas como Freud afirmou “ a libido é portanto uma energia voltada para obtenção de prazer”. Por isso relacionamos a libido como energia sexual.

    Aprendemos no Curso de Formação em Psicanálise Clínica que a libido permeia nossa vida em todas as fases. É aquilo que nos impulsiona. Entender sua próprio libido é levar em consideração a importância de conhecer como motivação e libido se complementam, para fazer de nós pessoas automotivadas, independente da circunstância.

    Para onde aponta sua libido? Lá estará sua Motivação!

     

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