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Música de Cartola: as 10 melhores do cantor e compositor

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O cantor, compositor e músico Cartola ajudou a transformar o Carnaval do Rio de janeiro.

Em sua trajetória de vida ele nos presenteou com composições atemporais e que até hoje tocam nas rodas de samba.

Além de mostrar para você parte da vida dele, nós separamos as 10 melhores composições da música de Cartola.

Sobre Cartola

Segundo críticos e músicos, a música de Cartola o fez ser considerado o maior sambista do Brasil.

Nascido em 11 de outubro de 1908, Angenor de Oliveira foi um cantor, poeta, violonista e compositor carioca. São de autoria dele as músicas “As rosas não falam”, “Alvorada” e “O mundo é um moinho”.

Cartola se aproximou da música ainda criança, pois costumava pegar escondido o cavaquinho do pai.

Embora ele tenha nascido no Catete, viveu no bairro de Laranjeiras durante a infância até se mudar para o Morro Da Mangueira.

Para a tristeza dos admiradores, o cantor faleceu em 30 de novembro de 1980. Como legado, Cartola deixa a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, na qual foi um dos fundadores.

Além disso, muitos dos sucessos do artista moldaram a cultura da MPB e samba, sendo regravados até hoje.

As 10 melhores músicas do Cartola

Apesar das suas dificuldades, Cartola foi um homem que sempre respirou o ar do samba.

Assim sendo, o tempo que ele passou distante da música, bem como suas histórias pessoais, o motivavam a criar um rico repertório musical.

Tanto que especialistas da música e o público elegeram as 10 melhores músicas dele, sendo elas:

  1. As rosas não falam, composição própria
  2. O mundo é um moinho, composição própria
  3. O sol nascerá, composição em parceria com Elton medeiros
  4. Alvorada, composição em parceria com Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho
  5. Tive sim, composição própria
  6. Corra e olhe o céu, composição em parceria com Dalmo Castello
  7. Sala de recepção, composição própria
  8. Acontece, composição própria
  9. Ao amanhecer, composição própria
  10. Disfarça e chora, composição em parceria com Dalmo Castello

A parceria com Carlos Cachaça e o apelido

Carlos Cachaça foi um dos melhores amigos de Angenor e parceiro na música de Cartola.

Eles e outros bambas tinham afinidade pelo samba e pela malandragem da vida boêmia.

Contudo, Cartola não tinha uma situação financeira favorável. Portanto, sempre precisava trabalhar para sobreviver.

Ele teve vários empregos, sendo o mais famoso como servente de obras, um dos melhores do morro.

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    Para não se sujar tanto com o cimento que caía sobre ele, Cartola usava um chapéu-coco.

    Foi por causa desse chapéu que os amigos e colegas de trabalho apelidaram ele de “Cartola”.

    Angenor e os amigos sambistas eram problemáticos às vezes, visto que se envolviam em brigas com outros grupos.

    Porém, Cartola e os amigos aproveitaram dessa fama para criar o Bloco do Arengueiros (expressão popular nordestina que denota a pessoa que está sempre envolvida em intrigas), berço da Estação Primeira de Mangueira.

    A vida sem brilho

    O músico Cartola teve uma vida confortável até os seus 11 anos. Porém, tudo mudou por causa das dificuldades financeiras.

    Sua família se mudou para o Morro da Mangueira e o jovem Angenor foi obrigado a trabalhar ainda adolescente.

    Ademais, seu pai exigia todo o rendimento do trabalho do filho e os dois brigavam de forma frequente.

    Após a morte da sua mãe, Aída Gomes, Cartola foi expulso de casa. Assim, as ruas se tornaram o seu novo lar.

    Esse período fez muito mal à saúde dele, visto que não conseguia se cuidar e contraiu algumas doenças. À medida que o tempo passava, Cartola estava mais fraco, doente e sem muitas expectativas para o futuro.

    Todavia, Deolinda, uma vizinha caridosa e sua futura esposa, mudou o destino do cantor.

    Com ela, ele ganhou uma família e os cuidados da sua esposa o ajudaram a se recuperar da sua fraqueza. Porém, apesar de toda a dificuldade que ele passou, o samba continuava a chamar por seu nome.

    Os anos da música de Cartola

    Segundo os autores Arthur L. Oliveira Filho e Marilia T. Silva, a vida de Cartola nos anos 30 foi uma grande contradição.

    No livro “Cartola: os tempos idos”, de 1983, os autores analisam a relação do músico Cartola com a sua vida e samba.

    Para eles:

    Cartola foi um músico que não buscava a fama, mas acabou perseguido por ela,

    Era um músico famoso, mas que sempre tinha dificuldades financeiras,

    Embora ele fosse um compositor produtivo, apenas o morro onde morava lhe dava a devida atenção,

    Ainda que ele fosse amigo de pessoas famosas, morava em um barraco feito de madeira,

    Quando foi reconhecido pela classe dominante, usou suas premiações para comprar comida e bebida,

    Foi um homem pobre, mas com um talento bastante valioso.

    Legado

    A música de Cartola parece ser imune ao tempo e as mudanças no gosto musical do brasileiro.

    Tudo porque o cantor deixou um legado musical que serve de inspiração para novas vozes da música brasileira.

    O cantor Cartola tem 109 gravações registradas e 149 canções criadas, segundo o banco de dados do Ecad.

    Ademais, segundo analistas da música, a herança musical de Cartola ainda é bastante rentável, tanto em dinheiro quanto em cultura.

    Muitos intérpretes famosos regravaram algumas das canções do sambista. Por exemplo, a cantora Teresa Cristina, o cantor Elton Medeiros, Nelson Sargento e o inconfundível Ney Matogrosso.

    No ranking com as 10 melhores músicas de Cartola as canções “O mundo é um moinho” e “As rosas não falam” são os destaques.

    Uma estrela nunca morre

    A música de Cartola demorou para ser gravada em um disco do próprio artista.

    Porém, entre 1974 e 1979 o músico gravou quatro LP’s pessoais, o que ajudou a melhorar as suas finanças.

    Contudo, ao contrário da época de juventude, Cartola agora estava mais preocupado com o futuro da esposa Zica e dos conhecidos.

    O músico tinha um câncer que precisou de uma segunda cirurgia e os efeitos colaterais do tratamento debilitaram sua saúde.

    Entretanto, Cartola, mesmo doente, gravou uma última música com a cantora Alcione. No mesmo ano, em novembro de 1980, ele falece aos 72 anos.

    Ainda que ele tenha partido, o samba e música de Cartola continuam a encantar multidões.

    Muitos artistas de diversos estilos musicais ainda regravam e cantam as composições do falecido sambista.

    Para homenageá-lo, foi inaugurado no ano de 2001 o Centro Cultural Cartola, na Mangueira.

    Considerações finais sobre a música de Cartola

    A música de Cartola é um dos mais belos registros da nossa cultura musical.

    Cartola foi um homem que viveu o extremo da dificuldade humana e foi capaz de transformar a sua dor em beleza.

    Assim, ele foi a representação do espírito carnavalesco apaixonado pela música e pela vida.

    Com a sua trajetória musical, ele continua inspirando novas vozes a se destacarem no mercado nacional.

    Portanto, ele foi, sem dúvida, um músico que escrevia músicas com a alma e encantou gerações.

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    One thought on “Música de Cartola: as 10 melhores do cantor e compositor

    1. Evangelista Damasceno Santos disse:

      Gosto muito das músicas do Cartola. O seu legado mostra o seu grau de superação.

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