não se torne aquilo que te feriu

Não se torne aquilo que te feriu: 12 dicas

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Quando alguém nos machuca, é um instinto quase natural querer reagir da mesma maneira. Sabe aquela coisa de “pagar na mesma moeda porque ninguém é de ferro”? Nós entendemos esse tipo de emoção e não recomendamos que você a coloque no saco da culpa para se martirizar. Contudo, queremos recomendar que você não se torne aquilo que te feriu.

Por que recomendamos cuidado para não se tornar torne aquilo que te feriu?

Ante de chegarmos às 12 dicas que prometemos no título, gostaríamos que você entendesse a diferença entre sentir e reagir. Imagine uma situação em que você está cortando cebolas no processo de preparar o jantar. Ao parar de prestar atenção na tarefa por alguns momentos, você acaba fazendo um corte dolorido em seu dedo. Como consequência do ferimento, você tem duas escolhas que são facilmente confundidas por aí: sentir e reagir.

O sentir é super natural. Você fez um ferimento que atingiu o seu sistema nervoso e, se lágrimas vierem, é um resultado normal da dor. Contudo, se você solta um palavrão e joga a faca com raiva na pia, o que também é normal, você está reagindo ao que aconteceu. Aqui nós não temos uma consequência natural da dor, mas uma manifestação psicológica de como você lida com ela.

Não se torne aquilo que te feriu

Se uma pessoa te feriu sem querer ou de propósito, é de comum acordo que você tem o direito de sentir essa dor. Como dissemos, quando o nosso corpo (e emoções) é machucado, a gente sangra. É natural o sentimento. No entanto, dizemos que você não se torne aquilo que te feriu porque essa é uma reação e não um sentimento mais.

Além disso, além de extrapolar os limites do sentimento, essa reação tem uma implicação gravíssima. Quando você assume a postura daquele que fere, você se colocar em um lugar de potencial agressor. No calor da emoção é algo que parece justo, mas, pensando com clareza, é isso o que você quer? Provavelmente não.

Assim sendo, as 12 dicas que damos abaixo são dicas de como não se tornar aquilo que te feriu ao reagir de maneira diferente. São alternativas mais saudáveis e de que você provavelmente não vai se arrepender. Quanto mais conseguirmos reagir de modo a não nos sentirmos culpados depois, melhor.  

12 dicas práticas para não se tornar aquilo que te feriu

Não se torne aquilo que te feriu. Dicas sobre esta frase.

1 – Evite reagir de imediato

Todos assistimos com muita indignação quando a blogueira Gabriela Pugliesi deu uma festa em sua casa em pleno tempo de isolamento social e quarentena da pandemia. Muitas pessoas acharam o que ela fez ofensivo e com razão. No entanto, elas resolveram reagir à dita ofensa fazendo com que a influencer fosse linchada virtualmente. Trata-se da famosa cultura do cancelamento. 

Nesse contexto, observamos com clareza o poder de ação e reação que vem muito rápido. Ao linchar alguém (diferente de criticar e repudiar), ainda que virtualmente, cometemos um crime. Como mencionamos mais acima, nós assumimos um lugar semelhante ao de quem nos agrediu. Será que isso é realmente aceitável?

Não estamos nos colocando no lado de quem errou, obviamente, mas chamando atenção para a dimensão de uma reação nacional. Às vezes, nossa intenção ao opinar é dizer “você errou, estou desapontadíssimo e não consigo me relacionar mais com você”. Isso é muito diferente de dizer “você é um lixo de pessoa”. No entanto, ao reagir imediatamente após o ferimento, é mais fácil escolher uma ofensa que uma atitude ponderada. 

2 – Tire um tempo de introspecção antes de reagir

Não é porque você foi ferido que você precisa reagir a isso instantaneamente. Voltando ao exemplo do corte na mão, você já viu pessoas que se cortam e, para não soltar um palavrão, fecham os olhos e contam até dez? Use isso na sua vida para qualquer tipo de reação.

Se alguém te feriu e está diante de você, escolha dizer “eu não tenho que conversar com você ou reagir ao que você fez ou disse agora”. E se afaste da pessoa da melhor maneira que conseguir. Esse período de introspecção servirá para que você acalme os ânimos e escolha uma maneira racional de lidar com o que está acontecendo. Você se sentirá muito mais orgulhoso de ter procedido com serenidade.

3 – Evite a violência sempre

Muita gente deve achar que essa recomendação é meio óbvia, mas é importante ressaltar que muitas pessoas reagem violentamente. Isso é extremamente prejudicial em qualquer contexto, seja no trabalho ou na família. A violência nunca foi ou será a melhor maneira de reagir a uma ofensa. Assim, ainda que tenha sido ferido, não se torne aquilo que te feriu. Caso tenha sido vítima de violência doméstica, procure ajuda, ligue 180 e denuncie.

4 – Prepare-se para procurar uma reação que pode demorar tempo para ser descoberta

O momento da introspecção não precisa durar 5 minutos. Lembre-se que ele servirá para que você olhe para dentro e descubra a maneira mais plausível de você lidar com uma ofensa. Isso não precisa acontecer rapidamente e você deve deixar isso claro para quem te feriu. Essa pessoa não tem o direito de exigir que você aja conforme o calendário dela.

5 – Se valorize

Pode parecer estranho colocar isso aqui. No entanto, lembra quando nós dissemos que você não iria querer agir conforme a ação do seu agressor? Isso está totalmente associado ao seu amor próprio. Por se amar e amar os valores que te constituem é que você finca o pé no chão e decide agir diferente.

6 – Não permita que influências externas interfiram na sua reação

Nós sabemos que você vai reagir de alguma maneira ao que aconteceu. Embora não se torne aquilo que te feriu, você vai mostrar algum tipo de posicionamento com relação ao que aconteceu. Enquanto reflete sobre como fazer isso, muitas pessoas vão se juntar ao seu redor para te aconselhar.

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    Tendo isso em vista, não vamos dizer para que você não as escute. Contudo, é importante saber filtrar a força com que as pessoas influenciam as suas decisões. A sua reação, enquanto pessoa adulta, não pode ser um ato de obediência a qualquer pessoa que não seja você mesma. Nesse contexto, lembre-se de que tem valores e aja de acordo com eles. Escute as pessoas que te lembram quem você é.

    7 – Se não confiar nas pessoas ao seu redor para te aconselhar, busque ajuda profissional

    Nem sempre você vai ter um grupo de apoio forte que saberá de aconselhar a agir conforme seus valores. Em muitas ocasiões, mesmo tirando um tempo para ficar sozinha, você não conseguiu descobrir o que é que sustenta o seu edifício.

    Não se preocupe, pois isso é mais comum do que você imagina. Não é todo mundo que investe em autoconhecimento! Contudo, se é uma prioridade para você saber como reagir de maneira serena e em concordância com quem você é, faça terapia.

    Entender noções básicas da psicanálise pode ser extremamente benéfico para você nesse sentido, pois te estimulará a olhar para dentro.

    8 – Invista em práticas que te ajudarão a reagir à vida com mais tranquilidade

    Você sabia que praticar exercícios físicos e meditar não são bons apenas para o corpo? Ao investir em atividade física, você está turbinando o seu cérebro. Isso é ótimo para aprender a reagir a problemas com muito mais sabedoria. A meditação também te ajuda muito em termos de serenidade e domínio próprio. Assim sendo, fique de olho e comece a praticar já!

    9 – Escreva em um diário

    Essa é uma prática que pode ajudar muito o seu momento de introspecção! Muitas vezes é difícil olhar para os pensamentos com clareza. Assim, é melhor anotá-los, bagunçados como são, em um papel. Depois você pode analisar o que escreveu!

    10 – Não saia contando a sua vida inteira para qualquer um

    Essa é uma dica diferente de pedir que você se aconselhe com as pessoas certas. Aqui estamos orientando que você não divida suas coisas com pessoas que não te conhecem. Isso pode ser extremamente prejudicial não só para você, mas para o seu relacionamento com quem te feriu. Em muitos casos, ainda se trata de algo que pode ser recuperado. Reagir contando muito para quem não deve pode piorar tudo em vez de ajudar.

    11 – Procure um mediador

    Em algumas ocasiões, o conflito entre você e quem te feriu pode chegar a um ponto em que você não quer mais ter contato com a pessoa. Se for o seu caso, você pode procurar um mediador que ajude os envolvidos a chegarem em um acordo. Às vezes são questões pequenas que podem ser resolvidas por alguém imparcial da família, como a briga entre duas crianças.

    Contudo, falando de gente grande, é adequado que se entre em contato com um terapeuta. Há muitos profissionais que atendem mais de uma pessoa na mesma sessão. Trata-se de saber procurar a pessoa certa, que saiba ouvir os dois lados e analisar o contexto friamente.

    12 – Estude Psicanálise

    Uma ótima maneira de aprender a se conhecer, além de fazer terapia, é estudando sobre o que motiva o comportamento humano. Em seguida te mostramos onde fazer isso por um preço acessível e sem sair de casa!

    Considerações finais

    Ufa! Esse texto foi longo! No entanto, esperamos que a partir dessa leitura você não te tornes aquilo que te feriu. Reagir é muito bom quando você aprende a fazê-lo sem ferir.
    Para isso, matricule-se em nosso curso de Psicanálise Clínica 100% online! Nós podemos ajudar você em termos de aprendizado! Contudo, não esqueça de procurar ajuda profissional para resolver questões particulares mais urgentes.

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