O que é emoção dentro da Psicanálise?

Posted on Posted in Comportamentos e Relacionamentos, Psicanálise

Embora imersos no ambiente externo, também carregamos complexidades em nosso interior. Nesse contexto, é como um mundo dentro de outro bem maior, reagindo aos estímulos físicos e sociais do mesmo. Continue a leitura para entender o que é emoção e como isso é intrínseco às nossas vidas.

Conceito

Um consenso geral se estabeleceu quanto ao o que é emoção, já que a ideia em si é um pouco quanto subjetiva. Emoção é descrita como uma resposta emocional e física a um estímulo externo, baseada nas nossas memórias emocionais. Assim sendo, essa reação está diretamente ligada à nossa personalidade, temperamento e motivação.

A emoção é como um condutor emocional que movimenta o ser humano. É ela que nos levar a reagir sobre um determinado acontecimento. Por exemplo, ao recebermos uma notícia ruim tomamos a tristeza como emoção e ela, por sua vez, desencadeia consequências psicológicas ou físicas, como tremores, voz trêmula, vermelhidão ou choro.

Função da emoção

As emoções têm um papel fundamental na modelagem de uma personalidade mais saudável. Elas indicam a nossa posição em uma situação de confronto com o ambiente externo e nos levam ao confronto ou distanciamento de pessoas, ações ou ideias.

Alguns estudos sugerem que elas têm três funções mais distintas. Vamos conhecê-las e entender melhor o que é emoção:

Função social

As nossas emoções são um termômetro do que carregamos por dentro. Elas facilitam ou dificultam nossas interações sociais, já que facilmente podem ser observadas e são indicadores do que podemos fazer a seguir. Para que a comunicação prossiga, elas possuem um valor inestimável.

Embora seja importante falarmos como nos sentimos, dificilmente conseguiremos descrever as emoções. Nesse contexto, um bom jeito de interpretá-las é observar. Nossa expressão facial ou a postura denunciam a verdade, contrariando qualquer fala de amenidade proferida por alguém.

Função adaptativa

O próprio Charles Darwin mencionou a importância das emoções que, segundo ele, tem a capacidade de nos moldar para uma situação e fazer uma ação específica. Ela conduz a energia necessária para que a gente se aproxime ou afaste de um objetivo.

Um exemplo são as emoções que sentimos ao encontrarmos alguém chorando. Nossa mente e corpo moldam o nosso comportamento para que consigamos nos aproximar desse indivíduo e nos mostremos interessados com a causa daquele sofrimento.

Função motivacional

O ciclo entre motivação e emoção é considerado convergente e renovável, visto que uma é nutrida pela outra. Se por um lado as emoções alimentam a motivação, o mesmo comportamento motivado produz uma reação motivacional. Se está confuso quanto a isso, veja o exemplo.

Se nos sentirmos alegres quando saímos com um amigo, certamente estaremos motivados para vê-lo de novo. Agora, se esse encontro teve uma experiência ruim e negativa, ponderaremos bastante quando pensarmos em sair com ela outra vez.

Emoções básicas

Muitos estudiosos relatam um número conflitante quanto ao número de emoções existentes. Embora haja divergências quanto a um consenso geral, notou-se que há emoções básicas, fundamentais, que combinadas entre si dão origem às outras mais complexas. São elas:

Alegria

Dentre todas as emoções existentes, ela é a que mais possui caráter positivo. É atrelada diretamente à felicidade e ao prazer. Exemplificando, é a sensação que atingimos quando realizamos uma meta ou projeto pessoal ou saímos de um estado de saúde debilitada.

A alegria é o motor que nos conduz à ação, pois, ao término desta, somos recompensados com a sensação de bem-estar pela tarefa alcançada. De maneira simplória, é um excelente aditivo, visto que traçaremos novas metas e planos para revivermos essa emoção novamente.

Tristeza

A tristeza é reflexo direto da negatividade. Ao experimentá-la, sentimos uma decadência quanto ao nosso ânimo e estado de espírito, afetando nossa capacidade cognitiva. Ela brota quando um indivíduo se mostra incapaz de atuar numa situação que lhe causa sofrimento, como a perda de um ente querido, por exemplo.

Embora seja completamente associada a algo negativo, a tristeza também cumpre um papel psicológico em nossas vidas. Graças à ela, sentimos uma espécie de neutralidade, como que um calmante, evitando trabalhos desnecessários quanto á situação e economizando recursos físicos e emocionais para preservar uma pessoa.

QUERO INFORMAÇÕES PARA ME INSCREVER NA FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

    NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ




    Medo

    O medo é uma emoção ligada diretamente ao instinto de sobrevivência. Estudado tanto em humanos como animais, esse estado emocional nos mantém alertas a alguma situação de perigo iminente, nos motivando a evitar certas situações ou a escapar delas.

    Independente da espécie, funciona como um legado de sobrevivência. Graças a ele e às alterações físicas e emocionais que provoca, preparamos o corpo para nos afastar de situações onde a nossa vida esteja ameaçada. Nesse contexto, através dele, somos capazes de assimilar novas respostas para nos afastarmos de futuras situações críticas.

    Raiva

    Em contrapartida do medo, a raiva nos motiva a encarar uma situação de perigo. A sensação surge quando somos expostos a uma situação de hostilidade e que nos causa frustração. Em geral, é vista como algo completamente desagradável.

    Leia Também:  Liderança de equipes: 5 dicas da psicanálise

    Ainda assim, é graças a ela que temos a motivação para reagir a estímulos que nos desagradam. Ela realoca os recursos necessários para que tenhamos alguma chance de sucesso. É uma emoção bastante ambígua, sendo vista como justificada ou não.

    Emoção X Sentimento

    É bastante comum a associação entre emoção e sentimento. De fato, estão interligados, mas possuem diretrizes diferentes. O primeiro é um estado mais primordial, mais intenso e de curta duração. Já o segundo lembra mais uma consequência da emoção, sendo menos intenso que esta, porém durando por mais tempo, chegando a durar a vida toda.

    Na ficção

    As emoções foram muito bem trabalhadas na ficção, a exemplo do filme “Divertidamente”. Na animação, a protagonista de 11 anos Riley se muda para uma nova cidade. Com a mudança, suas emoções ficam completamente agitadas. A Alegria e a Tristeza ficam de fora da sala de controle da garota, afetando sua vida radicalmente.

    Nesse contexto, o longa se mostra perfeito para entender o que é emoção e os efeitos em nosso corpo e mente. Desde o nascimento ou até mesmo a vida uterina, a Riley demonstrou como se sente em relação aos estímulos externos que recebe. À medida em que cresce, isso se torna maior e mais complexo, devido à capacidade da garota de entender o mundo ao seu redor.

    Assim, para a manutenção do nosso bem-estar, devemos entender o que é a emoção e a importância dela para nós. Por conta dela somos capazes de nos relacionar, definindo que tipo de relações podem ser benéficas ou não à nossa saúde.

    Em parte, tem haver com sobrevivência. As emoções são o regulador que nos afastam do perigo ou nos dão as ferramentas necessárias para que o ultrapassemos. Assim sendo, elas são os tijolos que precisamos para manter a racionalidade ativa, juntamente com o pensamento investigativo e analítico.

    Após essa jornada de autoconhecimento, conta para a gente como as emoções afetam você no dia a dia. Como você reage em situações extremas ou após traçar metas para o seu crescimento. Após essa avaliação, tenho certeza de que terá mais controle sobre elas e entenderá melhor o papel de cada uma no seu ciclo social.

    Para saber mais sobre como fazer um curso de Psicanálise que aborda o que é emoção, clique aqui! Seu interesse pode ajudar muitas pessoas e, além disso, ser útil em uma jornada de autodescoberta.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *