A complexidade da mente humana torna quase que impossível a construção de padrões para explicarmos suas nuances internas. Mesmo assim a ciência contemporânea não mede esforços para explicar tendências comuns, mas de pouco entendimento social. A partir daqui você entenderá o que é uma pessoa esquizofrênica, sintomas e significação ao longo da história.
Índice de Conteúdos
O que é esquizofrênico?
O esquizofrênico se trata de um portador de doença psíquica cujo o aspecto principal o faz perder contato com a realidade. Quando nos perguntamos o que é uma pessoa esquizofrênica devemos nos atentar as ramificações que envolvem o problema. Isso porque tanto o modo de vida dela se dificulta principalmente quanto de quem vive próximo.
Isso porque o esquizofrênico acaba se fechando em si mesmo e do mundo ao redor dele. Em consequência, isso dá uma postura indiferente a tudo o que acontece à sua volta, algo visto no olhar perdido. Sem contar os casos graves em que a doença o força a lidar com delírios e alucinações, algo que o coloca em risco.
Ademais, o esquizofrênico alimenta um pensamento desorganizado que está sendo vítima de um complô contra ele. Nada o convence do contrário, mesmo que ele não tenha sequer uma prova para se justificar.
A esquizofrenia ao longo da história
Quando se fala sobre o que é uma pessoa esquizofrênica é necessário olhar ao passado para entender sua natureza e impacto. Existem alguns casos de psicoses há milênios que podem ser classificados por esquizofrenia. Desse modo, a doença se mostra uma peça inerente da mente humana quando se fala em desequilíbrio e também desinformação.
Isso porque era comum os esquizofrênicos serem mantidos em sanatórios por não conhecerem por completo a doença. Porém isso foi se diluindo nas últimas décadas, de modo que avanços trouxeram a bagagem necessária para estudos e tratamentos. Dentre os ganhos, se percebeu que, quanto antes for tratada, menos os indivíduos poderão sofrer no cotidiano.
Sintomas
Na busca para entender o que é uma pessoa esquizofrênica foi constatado que os sintomas começam entre 15 a 35 anos. Claro, é possível que as crianças fora dessa faixa possam apresentar sinais evidentes da doença, algo raro, mas não improvável. Dividindo-se em três categorias, a sintomatologia se concentra em:
Sintomas positivos
Aqui se nota comportamentos psicóticos incomuns a pessoas sadias, fazendo com que esse indivíduo perca contato com a realidade. Nisso, temos:
- alucinações;
- distúrbios do movimento, fazendo com que possa se agitar frequentemente;
- pensamentos incomuns e/ou disfuncionais, de modo que sejam desordenados;
- delírios.
Sintomas negativos
Por sua vez, os sintomas negativos comprometem as suas emoções e o seu comportamento comum. A partir daqui temos:
- diminuição afetiva, de modo que não se expresse emocionalmente tanto por voz ou expressão facial;
- diminuição verbal, de modo a se comunicar pouco verbalmente;
- redução de seus sentimentos ligados ao prazer do cotidiano;
- dificuldade maior em dar início às suas atividades e concluí-las.
Sintomas cognitivos
Os pacientes com sintomas cognitivos carregam mudanças distintas entre si, de modo que a manifestação seja única. Seu mecanismo intelectual sofre alterações, de modo que ele possa apresentar:
- funcionamento intelectual baixo, comprometendo seu entendimento de informações, bem como o uso adequado delas;
- aspectos do pensamento e memória alterados;
- falta de foco/atenção em seus compromissos e atividades cotidianas.
Tipos de pessoa esquizofrênica
Algo que pode surpreender as pessoas ao descobrir o significado de esquizofrênico é que existe mais de um tipo. De acordo com especializações, cada um manifesta a doença de modo particular, criando categorias demarcadas. Comecemos a vê-las por:
Esquizofrenia simples
Segundo estudiosos, as mudanças na personalidade são mais evidentes aqui. O convívio social muda, de modo a querer sempre se isolar das outras pessoas. Sem contar que se mostra mais insensível quanto aos seus afetos e aos acontecimentos cotidianos.
Esquizofrenia paranoide
Além do isolamento, o indivíduo enfrenta dificuldades quanto à sua interação e projeção ao mundo. É comum aqui dificuldades com a fala em confusão, emoções limitadas ou ausentes e crença de que é perseguido.
Esquizofrenia catatônica
Aqui o quadro de apatia é bastante visível. O esquizofrênico consegue permanecer numa posição por horas a fio, diminuindo suas ações motoras.
Esquizofrenia desorganizada
O comportamento do paciente fica mais infantilizado, criando pensamentos desconexos e respostas emotivas sem cabimento. Esse tipo também é chamado de esquizofrenia hebefrênica.
Esquizofrenia indiferenciada
A classificação é até curiosa, pois os indivíduos não se encaixam com perfeição em outros tipos de esquizofrenia. Mesmo assim conseguem desenvolver características dos outros tipos citados.
Esquizofrenia residual
Tanto o seu comportamento, quanto convívio social e emoções mudam, porém não tanto quanto nos outros tipos.
Exemplo
Ao iniciar a busca sobre o que é uma pessoa esquizofrênica encontraremos diversos exemplos disso num ambiente comum. Como foi aberto em linhas acima, o problema vem sendo identificado através do tempo e chegando a épocas distantes. Por exemplo, o caso a seguir data da Guerra Fria.
Dados médicos indicam que um dos soldados apresentava sinais do tipo paranoide, a mania de perseguição. Ele acreditava piamente que a sua energia mental estava sendo roubada pelos satélites russos. Com isso, os russos convertiam sua força mental em poder bélico para atacar satélites americanos.
Tratamento
Até o momento não existe cura para esquizofrenia, contudo é possível ter uma vida mais sadia seguindo um tratamento adequado. Dentre o leque de ações, a recuperação dos sintomas acontece pela reabilitação com psicoterapia e medicamentos. Por meio disso o indivíduo consegue resgatar as ferramentas que precisa para uma vida produtiva, bem como sua confiança e independência.
É preciso ter em mente que um esquizofrênico se mostra incapaz de avaliar sua própria postura. Graças a isso que os familiares e amigos próximos é que acabam percebendo os sintomas e buscando ajuda adequada.
As crises vão diminuir à medida que o esquizofrênico se manter participativo nos encontros com psicólogo e psiquiatra, bem como nos remédios. Esse apoio não pode ser negociado, sendo a peça vital para a sua liberdade dos problemas consequentes da esquizofrenia.
Como ajudar um esquizofrênico?
Sabendo melhor o que é uma pessoa esquizofrênica, o comportamento distinto fica mais justificado por sua doença. Ainda assim, é possível colaborar ao tratamento e recuperação do ente querido, começando por:
- incentivar a busca por um psicólogo e psiquiatra, de modo que o paciente continue em seu tratamento;
- procurar grupos de apoio em regiões próximas, de modo que tenha um ambiente livre de julgamentos para desabafar;
- ter em mente que as alucinações que ele tem são reais para ele, não desdenhando da situação;
- ter solidariedade, respeito e gentileza, porém não tolerando atitudes nocivas ou perigosas para ele;
- seja claro ao afirmar que todos podem ver as coisas do seu próprio jeito, demonstrando respeito e empatia.
Considerações finais sobre o que é uma pessoa esquizofrênica
Compreender o que é uma pessoa esquizofrênica contribui diretamente ao nosso crescimento como cidadãos. Isso porque pacientes com problemas mentais são negativamente estigmatizados e excluídos do meio social. Mesmo que tenham seus direitos garantidos, parece que o mundo não considera essa realidade.
Se você tem algum conhecido nessa condição ou mesmo interage com algum esquizofrênico, é importante manejar adequadamente a situação. Trata-se de criar um ambiente adequado para que receba a devida atenção ao seu tratamento. Não apenas à revitalização do corpo, mas também da mente e de sua própria alma, abraçando e apoiando sua liberdade.
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