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Origem dos sonhos: de onde o sonho vem?

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Qual é a origem dos sonhos? Você sempre quis saber: De onde o sonho vem? Este artigo traz uma síntese da contribuição de Freud sobre o “motor” que gera nossos sonhos. A nossa mente é uma fábrica de conteúdos oníricos. É interessante sabermos sobre a origem dos sonhos.

O sonho post mortem – Novo conceito metapsicológico

Um novo conceito metapsicológico, cuja responsabilidade tem a possibilidade do sonho post mortem, admite que na atividade psíquica possam dar-se os mesmos fenômenos inconscientes, que se dão com a vida corporal após a morte.

Sendo oriundo das fontes de energia e de reserva, só se extinguem paulatinamente, depois que o indivíduo deixou de viver.

É uma suposição, ou hipótese, perfeitamente plausível e que encontra justificativa na criação poética e literária de todos os tempos, faltando apenas ser confirmada pela ciência.

Entretanto, há, sonhos lindos, sonhos inesquecíveis, que a gente lamenta quando se desfazem. Outros são tão feios, que quando se dissipam, damos um longo e profundo suspiro de alívio e pensamos: “Felizmente, tudo não passou de um sonho”!

A origem dos sonhos está ligada a compensação e a felicidade

Mas, se os sonhos foram criados para compensar e nos dar a felicidade procurada pelo nosso eu, por que então não são todos eles lindos? Por que nos atormentam? É que, em verdade, há mais algumas coisas a entender no mecanismo dos sonhos.

A finalidade destes é, sem dúvida nenhuma, a de satisfazer e de realizar todos os nossos desejos, por mais absurdos que se apresentem à nossa mente.

A conexão entre sonhos e a criação artística

Freud disse que é bastante antiga a analogia assinalada pelos poetas entre as suas produções e os sonhos por eles sonhados.

Assim, muitos poetas e pensadores têm dedicado suas atenções para o tema no qual encontram uma grande semelhança de forma, conteúdo e efeito, quando comparadas às produções com os sonhos.

Desde os tempos mais remotos, os homens suspeitam terem sonhos e a poesia uma conexidade bastante estreita. Segundo os antigos, os dois fenômenos são paralelos, embora julguem que o sonho precedeu a poesia.

A interpretação dos próprios sonho

Assim, um antigo tema indo-germânico, citado por Freud, teria demonstrado este fato, o que não passou despercebido para Ricardo Wagner, quando coloca na boca de Hans Sachs palavras significativas:

“Amigo! Observar e interpretar os nossos próprios sonhos é fazer obra de poeta. Toda poesia não é mais do que a interpretação de um sonho verdadeiro”.

Lendo Freud entendo que algumas outras afirmações, das quais transcrevemos e refletimos, são curiosas.

Hebbel e as criações poéticas

Hebbel disse: “ Os sonhos e as criações poéticas acham-se intimamente ligadas. Ambas se substituem ou se completam em silêncio… Dia a dia mais me convenço da idéia de que o sonho e a poesia são muito semelhantes”.

Segundo Hebbel, quando um poeta se sente inspirado para produzir, encontra-se num estado análogo à pessoa que sonha. E acrescenta: “alguma coisa que o poeta ignora, prepara-se na sua alma”.

A investigação dos sonhos em face dos mitos

As semelhanças existentes entre o sonho e a poesia tem sido estudadas de igual modo pelos tratadistas da Estética de orientação idealista. Todas as imagens criadas pelos grandes poetas encontram-se envolvidas em um hábito de sonho.

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    Aquilo que não tem caráter de sonho não é belo, nem acabado, nem poético, nem verdadeiramente artístico.

    Finalmente, depois de algumas considerações feitas em torno deste tema, passo a entender que examinar os sonhos em face dos mitos também é importante fenômeno onírico.

    Os sonhos na formação das lendas

    Através de infinita série de conclusões, através de leituras chega-se a confirmação de que também a realização de desejos e o simbolismo obedecem, nas fábulas, às mesmas leis descobertas nos sonhos por meio das investigações analíticas.

    A psicologia dos povos se utiliza de tantos outros símbolos oníricos, aparentemente individuais, para aplicá-los à formação das lendas.

    Por semelhante caminho foi possível aos investigadores compreender vários fatos da história da civilização, através do mesmo simbolismo, pois este jamais deixou de se revelar, frequentemente, como resíduo de uma identificação com as primitivas representações do mundo real.

    A contribuição do inconsciente para a origem dos sonhos

    O simbolismo confunde-se e se relaciona assim, com os sonhos, os mitos e a própria história da civilização. Um outro aspecto, também importante e curioso, que pode evidentemente ser recordado aqui, é a utilização de certas fábulas pelos sonhos.

    Assim, as histórias que ouvimos, tantas vezes de nossos avós , sofrem mais tarde , através da imaginação e da fantasia, a nossa colaboração inconsciente, dando lugar sem que o percebamos a substituições de conteúdos.

    Esse conteúdos são então aproveitadas pelo sonho para se referir disfarçadamente a acontecimentos que aparentemente estamos longe de pensar.

    Vivendo o objetivo e o subjetivo

    Portanto, vivemos entre duas realidades:

    • a realidade da vida objetiva (realidade externa, realidade propriamente dita)
    • a realidade da vida subjetiva, isto é, da nossa vida psíquica (realidade interna: a realidade que, em verdade , desejamos).

    A primeira é sempre agressiva e representa , por isso, o desprazer.

    E a segunda vem ao encontro daquilo que ideamos, queremos, ou desejamos, por isso, representa o prazer.

    O equilíbrio entre a vida objetiva e subjetiva

    Para que exista um equilíbrio entre essas duas realidades, a natureza nos deu a faculdade de sonhar. Através dos sonhos nós vivemos, então a nossa vida. Através deles realizamos todos os nossos desejos.

    Assim, já podemos traçar a origem dos sonhos e defini-los como uma função psíquica encarregada de compensar, de suavizar, de substituir mesmo, uma realidade que nos é hostil, por outra, totalmente diferente.

    Essa realidade diferente, se descortina diante da alma, onde todas as nossas ações parecem absurdas, porque as mais comensuráveis, na sociedade em que vivemos , gozam, enquanto dormimos, em uma espécie de liberdade condicional, quando se explodem nos sonhos.

    Conclusão

    Imagine um imenso parque, no qual as crianças pudessem se entregues à própria sorte, longe da vista dos pais ou das pessoas encarregadas de vigiá-las.

    Essas crianças estariam completamente entregues aos seus instintos. Cometeriam atos tão imprevistos, que a própria imaginação seria incapaz de descrever.

    Assim, se dá a origem do sonhos e é lá que nos encontramos. A interpretação dos sonhos é uma das técnicas clínicas mais usadas em Psicanálise.

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