Grandes indivíduos sempre são lembrados por suas contribuições à humanidade. É o caso de Paul Ekman, um dos maiores nomes que já existiram em Psicologia. Acompanhe mais de sua trajetória e alguns dos conceitos que ajudaram a enriquecer a Psicologia.
Trajetória
Paul Ekman possui origem judia, mas nasceu em Washington DC em 1934. Seu pai era um pediatra enquanto sua mãe exercia a profissão de advogada. Infelizmente, ela possuía transtorno bipolar e isso a induziu a tirar a própria vida. Contudo, Ekman utilizou da tragédia que ocorrera com a mãe para iniciar sua trajetória em psicoterapia.
Devido à grandiosidade do seu trabalho, Paul Ekman é visto entre os 100 melhores psicólogos da história. A versatilidade de suas atribuições deu a ele diversas entradas nas mais variadas profissões. Em destaque, podemos ver o seu trabalho como professor de Psicologia na Universidade da Califórnia. Ademais, se tornou conselheiro direto do FBI.
Um dos maiores frutos do seu trabalho são os mais de 110 artigos distribuídos nos principais veículos do mundo. Alguns acreditam que uma nova categoria deveria ter sido criada para ele, já que possui diversos doutoramentos. Além do trabalho acadêmico, Ekman condensou suas teorias em um trabalho construído com A BBC, chamado “The human face“.
Início
Ekman começou cedo, entrando na Universidade de Chicago aos 15 anos graças ao seu intelecto peculiar. Nesse caminho, já encontrou o trabalho de Sigmundo Freud e voltou sua atenção à psicoterapia. Obtendo o seu diploma em 1955, logo conseguiu seu doutorado em 1958. A sua tese de graduação foi a pesquisa que criou em expressões faciais e movimentos do corpo.
Seus estudos universitários se voltavam quase que inteiramente na prática, se opondo ao caminho de sua tese. Assim sendo, a partir daí construiu os pilares de sua carreira, dando mais relevância aos canais não-verbais. Antes de qualquer outro, Paul Ekman percebeu que as informações não eram ditas só por palavras. As expressões e gestos também continham mensagens.
Passando de estagiário a psicólogo do exército, Ekman continuava a lapidar o seu trabalho de forma expansiva. Embora os soldados não o levassem tão a sério, a experiência o municiou com informações comportamentais únicas como pesquisador. Pelo seu trabalho, recebeu seis vezes o Prêmio de Investigação Científica, recebendo apoio para mais 40 anos de trabalho.
Paul Ekman e as emoções
A obra de Paul Ekman trabalha as informações que não são dadas de forma oral, o que inclui expressões faciais. Sua carreira foi montada em cima dessa ideia, motivando várias investigações. Ao entrar em contato com o filósofo Sylvan Tomkins e seus registros sobre expressão não-verbal, engatilhou a própria trajetória. O início de seu trabalho como pesquisador se solidificou a partir daí.
Ekman contrariou antropólogos, afirmando que as expressões são de raízes universais. A cultura não impacta nesse aspecto, resgatando o que foi mostrado nos trabalhos de Charles Darwin. Todos os seres humanos, independente de classe e origem, reagem de forma igualitária quanto às bases emocionais.
Graças a esses estudos e posteriores resultados positivos, Paul Ekman conseguiu enumerar as emoções. Segundo ele, são seis emoções básicas, se mostrando primitivas, universais e desgarradas de cultura.
Emoções básicas
Como dito acima, Paul Ekman estabeleceu a existência de seis emoções básicas. Graças a elas, conseguimos preparar nossos corpos para determinadas ações. Confira:
Alegria
A alegria é uma emoção que resulta em um prazer pela vida. O indivíduo se sente contentado, satisfeito como quando e onde se encontra. Como consequência, o sorriso acaba sendo o sintoma mais comum dessa emoção.
Tristeza
Tristeza é a emoção diretamente oposta à alegria. Há um desânimo, um dissabor em relação à vida. Um indivíduo se sente solitário, cansaço. Assim, graças a isso, acaba nutrindo uma baixa autoestima e angústia.
Medo
Ao nos sentirmos ameaçados, acabamos por ficarmos alertas. O medo é a emoção que nos deixa atentos a qualquer sinal de perigo. Assim, foi por meio dele que todas as espécies existentes sobreviveram às adversidades.
Raiva
A raiva surge quando um ser se sente afetado ou ferido diretamente por algum estímulo. Em geral, se mostra com uma grande explosão emotiva. Contudo, contê-la também não costuma ser tão saudável.
Surpresa
A surpresa evoca a algo que não era esperado em algum nível. Por conta disso, costumamos nos sentir desarmados diante dessa emoção. Um dos melhores exemplos se encontra em festas ou eventos onde um indivíduo não espera pelo momento.
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Desgosto
O desgosto se assemelha bastante com o estado da tristeza. Isso porque acaba por gerar uma apatia pela vida, um aborrecimento. Dessa forma, não existe um prazer aparente e, sim, mais pesar.
Televisão
Paul Ekman contribuiu bastante para a cultura televisiva. Além do trabalho na BBC, “The human face”, ele ajudou a construir a série Lie to me. A série acompanha investigadores na busca de respostas para diversos casos criminais. Contudo, eles possuem uma peculiaridade: parte do trabalho é alcançado por meio das expressões dos investigados.
Graças à intervenção do trabalho de Ekman na série, podemos notar alguns pontos:
Possibilidades
Ainda que seja obra de ficção, Lie to me abre as portas para a inclusão de novos métodos de investigação. Isso porque os especialistas em crime podem se utilizar de uma ferramenta precisa para procurar sinais contrários à verdade. Mesmo que tentem, criminosos não podem fazer o corpo mentir.
Especialização
Durante anos, a polícia ficou de mãos atadas por não conseguir solucionar alguns casos. Em determinados pontos, sempre empacava em questões parecidas e se sentia impedida de continuar. Com a inclusão do trabalho de Ekman, os investigadores podem abordar linhas que foram amarradas sem conclusão aparente. Isso permitiria prosseguir com algumas situações.
Paul Ekman é um dos melhores psicoterapeutas existentes no mundo e todo o seu trabalho confirma isso. Pode parecer estranho de início, mas a cada apresentação temos a certeza de que ele estava e continua no caminho certo. Nosso corpo não mente, e é independente de nossa vontade.
Através do mapa de micro expressões, cada um de nós pode observar como nosso corpo funciona. Não existe critério ou regra que nos separe. Aliás, é por meio desse mapa que podemos ver o quão parecidos nós somos.
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