Como a Psicanálise auxilia no Transtorno Bipolar

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O que é transtorno Bipolar?

O transtorno bipolar é uma doença mental crônica que causa mudanças extremas de humor, energia, atividade e níveis de sono. Essas mudanças de humor são chamadas de episódios de humor.

Em um momento ele está depressivo, angustiado, triste, com medo. No entanto, no momento seguinte está eufórico, feliz e até radiante. Por essa razão, o transtorno bipolar é conhecido também como uma doença emocional ou afetiva.

Diagnosticar não é tarefa fácil. No entanto, o tratamento é muito rigoroso e até efetivo depois que se tem a confirmação da patologia.

Existem vários tipos de transtorno bipolar, como:

  • Transtorno bipolar I: caracteriza-se por episódios de mania ou hipomania e episódios de depressão maior.
  • Transtorno bipolar II: caracteriza-se por episódios de hipomania e episódios de depressão maior.
  • Ciclotimia: caracteriza-se por episódios de hipomania e episódios de depressão leve.

Sintomas do transtorno bipolar

1. Episódios de mania:

  • Humor eufórico ou irritável
  • Aumento de energia e atividade
  • Diminuição da necessidade de sono
  • Fala rápida e pensamentos acelerados
  • Aumento da autoestima
  • Comportamento impulsivo

2. Episódios de hipomania:

  • Sintomas semelhantes aos da mania, mas menos graves

3. Episódios de depressão:

  • Humor triste ou deprimido
  • Perda de interesse ou prazer nas atividades
  • Mudanças no apetite ou no peso
  • Dificuldade para dormir ou dormir demais
  • Perda de energia ou fadiga
  • Dificuldade em pensar, concentrar-se ou tomar decisões
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa
  • Pensamentos de morte ou suicídio

Tratamento para o transtorno bipolar

Falando de forma abrangente, longe de querer ser uma verdade absoluta, mas no geral a pessoa que sofre de bipolaridade, terá que ser tratada para o resto de sua vida. Isso porque esta é uma patologia que não tem cura.

Nesse contexto, assim como a depressão ou ansiedade, ela terá momentos que variam entre crises leves e crises severas, dependendo do tipo de classificação da doença.

Assim sendo, se torna mais fácil identificar uma pessoa em crise. Basta verificar se os seguintes sintomas se aplicam a um indivíduo:

  • depressivo;
  • sem energia ou vontade de fazer qualquer coisa;
  • se torna triste e fechado;
  • procura pelo isolamento;
  • perde sua autoestima;
  • mantém pensamentos pessimistas;
  • e encontra muita dificuldade para dormir, comer ou se relacionar.

No entanto, quando uma pessoa está no momento de euforia, ela exibe outros sintomas. Veja alguns deles abaixo.

  • sente-se mais confiável;
  • hiperativa;
  • demonstra um excesso de vaidade e de autoconfiança;
  • momento de excitação exacerbada.

Desta forma, esta pessoa que estava presa à sua baixo autoestima, isolada e triste, se liberta neste momento de todas estas angústias. A partir de então, passa a exagerar na fala. Sendo assim, precisa falar, fazer sexo, abraçar, beijar, e comer. Nesse contexto, a pessoa se torna extremamente motivada por impulsos.

Por se tratar de uma doença mental crônica e ainda aliada aos sentimentos, tudo no bipolar é 100%. Ou o indivíduo está 100% triste ou 100% feliz. No entanto, isto muda de um momento para o outro.

O momento da felicidade é para quem sofre do transtorno bipolar uma libertação daquele momento que antecedeu a este. Ou seja, o da depressão. Por essa razão, tudo é muito excessivo.

Seria quase uma forma ainda que inconsciente de se preparar para a fase seguinte que será de depressão e sofrimento.

A cura do transtorno

Existe tratamento para o transtorno bipolar, mas a cura não é considerada.

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    Ainda não se sabe de onde vem o transtorno bipolar, causas externas não tem aqui quase nenhuma relevância, porém suas causas são:

    • Genética: acredita-se que o transtorno bipolar seja hereditário
    • Desequilíbrios químicos cerebrais: acredita-se que o transtorno bipolar seja causado por desequilíbrios de certos neurotransmissores no cérebro
    • Eventos da vida: eventos estressantes da vida podem desencadear um episódio de humor em pessoas com transtorno bipolar

    O tratamento se dá com remédios e terapias. No entanto, o maior problema encontrado aqui, é que o paciente quando se sente um pouco melhor, abandona os tratamentos. Além disso, a pessoa abandona principalmente os remédios, o que faz com que a doença volte a um estado de crise novamente.

    Nesse contexto, é imprescindível lembrar que em momentos de calmaria, a doença não deixou de existir. Estava apenas sendo controlado por remédios.

    Qual o papel da Psicanálise neste tratamento?

    Vale aqui lembrar que a psicanálise é uma terapia, e que sua função é ajudar o paciente, com questionamentos, a descobrir quais são suas fobias, frustrações, desejos, e “nós “sentimentais.

    Desta forma, a psicanálise ajuda o paciente a entender o que de fato está acontecendo com ele, se algum fator externo ou alguma pressão interna desencadeia as crises mais severas.

    Mas ela por si só não ajudará a pessoa que sobre de transtorno bipolar, o que a psicanálise faz é orientar o paciente, aliado aos remédios que já foram receitados por um psiquiatra, pois esta pessoa precisa passar por um psiquiatra e só ele poderá prescrever remédios e ajustá-los para cada indivíduo.

    Assim como é papel do psicanalista, conscientizar o paciente da importância de manter o uso dos medicamentos.
    Em casos mais severos da doença, haverá a necessidade de internação do paciente para lhe preservar a vida, pois eles tendem a tentar o suicídio.

    O terapeuta, no caso aqui o psicanalista, precisa estar muito atento com estas variações severas da doença, e se a terapia for em grupo (com a família), a mesma deve ser informada da possibilidade e prestar mais atenção ao paciente.

    O que o tratamento psicanalítico oferece ao paciente?

    Será sempre uma questão de aprendizagem e conscientização de sua condição, portanto cabe ao psicanalista:

    • Livrar o paciente de emoções negativas ligadas ao passado
    • Explicar ao paciente as consequências, caso não faça o tratamento farmacológico e terapeuta de forma continua
    • Ajudar o paciente a entender e aceitar a sua condição patológica
    • Fortalecer o paciente, no sentindo de ele próprio não permitir que qualquer gatilho externo, provoque uma crise mais severa
    • Trabalhar e ajudar o paciente a lidar com toda e qualquer situação adversa, que a própria vida nos oferece o tempo todo

    E este trabalho será constante, e para o resto da vida de quem sofre com o transtorno bipolar.

    A mente também adoece:

    Precisamos antes de mais nada, acabar com o preconceito que existe quanto às doenças mentais. É necessário entender que se o corpo pode ficar doente, a mente também pode.

    Nesse contexto, é importante compreender que qualquer um de nós ou da nossa família está sujeito a desenvolver uma doença mental. No entanto, essa é uma situação que não deve e nem pode ser equivalente ao final do mundo.

    Reagindo da maneira correta, poderemos minimizar as consequências negativas do transtorno para nossos familiares.

    Assim, quanto antes observamos e agirmos, mas rápido será o início do tratamento. É importante reiterar que este é um processo que não levará à cura, mas que pode oferecer ao paciente uma vida mais feliz e plena.

    Assim como a importância dos remédios, quem sofre de transtorno bipolar pode aparentar uma melhora sem o uso dos remédios. No entanto, lembre-se de que a pessoa está sujeita novas crises.

    Nesse contexto, esse momento de ausência de crises faz com que a pessoa se sentir bem a ponto de largar seus medicamentos.

    A importância do tratamento com psicanalistas e psiquiatras

    Contudo, quando a crise voltar, e ela pode voltar, é possível que volte mais intensa. Nessa tipo de situação é comum que algumas pessoas que sofrem com o distúrbio queiram se suicidar.

    Por essa razão, é muito importante o acompanhamento de um psicanalista. Isso para lembrar o paciente de que sua condição não tem cura. Assim sendo, o tratamento que deve ser seguido à risca.

    Da mesma maneira,  o acompanhamento de um psiquiatra feito de maneira regular garantirá que os remédios e suas dosagens sejam ajustados de acordo com a necessidade do paciente.

    Vale lembrar que cada pessoa reage de forma diferente aos medicamentos. Nesse contexto, o que é bom para um paciente, não necessariamente será bom para outro.

    Assim sendo, o acompanhamento do psiquiatra se faz necessário. Ele é quem fará com o paciente testes de adaptação dos medicamentos e suas dosagens.

    Conclusão:

    Por fim, o que uma pessoa com transtorno bipolar precisa entender é que esta será uma condição para sempre em sua vida. Assim, os tratamentos serão indispensáveis para ajudar alguém  a ter uma vida mais confortável e feliz.

    Por essa razão, não abandone os tratamentos seja você ou algum familiar que esteja sofrendo com o problema. Eles são fundamentais para que você possa continuar com a sua vida o mais feliz e saudável possível..

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    3 thoughts on “Como a Psicanálise auxilia no Transtorno Bipolar

    1. Maria Helena Ferreira disse:

      Boa noite conteúdo muito bom ,mas fiquei agora preocupada ,pois tenho um neto que tem esses sintomas ,faço de tudo pra ajuda-lo do atenção converso muito com ele tentando descobrir o que se passa dentro dele , as vezes se abre e ate melhora mas depois volta tudo de novo, claro que nao estou dando um diagnostico pra ele ,mas me preocupei agora ,como ajuda-lo?

      1. Lucia Soares disse:

        Oi Maria vendo aqui seu comentário resolvi te responder, procure ajuda, leve seu neto ao profissional de saúde, com certeza ele ficar bem fazendo terapia. Não busque diagnostico, mais ajudá-lo o mais rápido possível.

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