Bastante criticada em seus primórdios, a Psicanálise encontrou um árduo caminho para se consolidar como um dos mais famosos métodos de terapia. Ainda hoje, questiona-se o real funcionamento dela no tratamento de doenças psicológicas. Continue a leitura e veja se os profissionais dessa área podem realmente tratar doenças.
Conflitos
A ideia de buscar tratamento de doenças mentais e físicas através de um diálogo metodológico revolucionou a Medicina do século XX. Isso porque, até então, a psicoterapia era regrada a métodos arcaicos, como sangrias ou banhos. Nesse contexto, esses métodos, em muitas ocasiões, terminavam por dar fim à vida do paciente. Assim, uma sangria mal feita acabava causando uma hemorragia.
A Psicanálise quebrou muitos paradigmas e tabus na época a respeito da sexualidade e dos preconceitos atrelados a ela. Isso se deve ao fato de Sigmund Freud ter criado técnicas que decifram e atribuem os comportamentos erráticos e psicóticos que as pessoas têm com o desejo sexual reprimido. Dessa forma, ao longo dos anos, têm se obtido excelentes resultados com relação a isso.
Ainda assim, muitos especialistas criticam a eficácia da psicanálise. Alguns afirmam que a interpretação livre dos problemas do paciente gera resultados aleatórios por parte do psicanalista. Nesse contexto, muitas das teorias tentam, basicamente, entender o caminho complexo criado por Freud pra solucionar estes problemas.
Origem das doenças
Enquanto trabalhava em um hospital e posteriormente em uma clínica psiquiátrica, Freud se dispôs a ouvir os problemas dos pacientes do local. Assim, ao analisar todos os relatos, viu que a sexualidade sempre esteve atrelada na postura que a sociedade relegava como imoral. Nesse contexto, para se prevenirem, os pacientes moviam um aspecto inerente do seu ser a um lugar visto denominado “inconsciente”.
Este campo da mente era inacessível a qualquer método de intervenção proposto pelos médicos. Contudo, este mesmo lugar era responsável por guardar todos os desejos considerados proibidos pelos demais. Ali estava o catalisador de comportamentos adversos e até de doenças psicóticas.
Apenas a Psicanálise era capaz de entrar naquele ambiente e desvendar a estrutura daquele lugar. Segundo Freud, ela dispõe das ferramentas necessárias para garimpar as informações precisas e trazê-las ao mundo real.
A psicanálise pode tratar doenças ou não?
Em suma, sim. A Psicanálise é um método aprovado para o tratamento de patologias psíquicas. Como dito acima, é ela quem identifica as estruturas da psiquê humana sem receio algum. Ao mesmo tempo em que está ciente da “sujeira” que tentamos esconder, ela se mostra resiliente no tratamento desse tipo de recalque.
Por outro lado, o tratamento de doenças mentais não deve necessariamente seguir apenas por um caminho. Não por duvidar da eficácia de um tratamento, de maneira alguma. Mas a complementação de técnicas se mostra mais capaz de atingir um resultado satisfatório, preciso e duradouro.
Por exemplo, em alguns casos se faz a indicação do uso de remédios. Isso porque eles aliviam e atém inibem sintomas oriundos dessas patologias. Nesta parte, o psiquiatra entra em ação, já que tem autoridade legal para prescrever medicamentos. Unindo o trabalho deste profissional com o exercido pelo psicanalista, o paciente tem chances maiores de obter um equilíbrio em sua saúde.
O papel do psicanalista
O psicanalista é o guia mental que o paciente necessita para sair de uma situação de conflito mental. Assim sendo, é ele quem mostra os caminhos a serem percorridos para que o cliente encontre o alívio que precisa para o sofrimento que o persegue. De forma sucinta, veja algumas das responsabilidades do psicanalista:
Trabalhar o “Eu”
Um dos papéis do psicanalista é de equilibrar o “Eu” interior do paciente. Por meio disto, ele torna mais clara a relação do mesmo com os seus questionamentos e os conflitos externos. Isso é para estabilizar as divergências que cada pessoa expõe diante de adversidades.
Inconsciente
Mais específico que outros profissionais, cabe ao psicanalista interpretar o campo inconsciente de seus pacientes. Ademais, deve verificar como isto afeta seus pensamentos, palavras e ações. Nesse contexto, o meio pelo qual ele consegue isso é através da escuta e da fala.
Habilidades necessárias
Para ser um profissional apto a tratar doenças, o psicanalista deve trabalhar de forma contínua para melhorar as próprias habilidades. São elas que determinarão o sucesso da terapia com os pacientes. Desta forma, as chances da eficácia do tratamento aumentarão bastante. Assim sendo, confira o que um bom psicanalista deve possuir para tratar de doenças:
Saber ouvir
Para entender os mecanismos que levam o paciente a praticar desvios comportamentais, o psicanalista deve ouvir. Assim, ao ouvir as queixas do cliente, ele adentrará pelas portas da sua inconsciência e identificará os catalisadores de suas ações. Nesse contexto, uma terapia bem aplicada é capaz de fazer uma varredura completa.
Priorizar o paciente
Ao mesmo tempo em que se envolve na terapia, o psicanalista deve ter a consciência de que não deve se envolver com o paciente. Isso de forma profissional, se identificando o suficiente apenas para entender o que o aflige. Deste modo, não desviará do rumo da terapia e nem absorverá uma carga que não lhe pertence.
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Ter empatia
Como dito acima, o profissional deve se envolver o suficiente para entender o problema do paciente e apenas isto. Nesse contexto, ser empático o faz enxergar com a perspectiva do seu cliente. Isso inibe qualquer vontade de julgar ou condenar tal condição alheia. Deste modo, temos um profissional mais humanizado.
Ser paciente
Embora a Psicanálise tenha um método efetivo de tratamento, cada paciente é único, mesmo com as similaridades de seus problemas. Assim sendo, enquanto um entrará fácil na terapia, outro pode demorar mais em aceitar o tratamento. O psicanalista deve ser paciente e respeitar o tempo de cada indivíduo, sem forçar nada.
Ser analisado para poder analisar
Basicamente, serve para o psicanalista se conhecer, perceber seus medos e suas angústias. O profissional deve ser capaz de saber e entender o processo ao qual o paciente é submetido. Para isso, ele mesmo tem de ser um paciente, tendo outro psicanalista como um supervisor e guia nos primeiros passos da sua carreira.
Um psicanalista é altamente capaz de auxiliar nas doenças de seus pacientes. Ele é moldado para acompanhar as nuances da personalidade do cliente, sendo capaz de entender o que está por baixo de suas atitudes e palavras. São elas que municiam este profissional para que entenda o papel do cliente na própria vida.
Ainda assim, o psicanalista deve receber a ajuda de outro profissional. Não para atestar a sua incapacidade diante de algo, nada disto, mas para auxiliá-lo. Isso porque cada profissional tem atribuições específicas.
Por exemplo, enquanto o psicanalista se encarrega de destrinchar o inconsciente das palavras e chegar em um diagnóstico, o psiquiatra entra com a parte medicamentosa, já que é o único com aval legal para executar tal atividade. Assim sendo, a união entre membros se mostra um recurso valioso ao tratar doenças.
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Isso eleva a sua percepção quanto à ocupação, tornando-o moldável para todos os tipos de queixas. Basicamente, você se tornará a chave para o alívio de muitos pacientes que querem tratar doenças.