A psicofobia trata, em específico, do preconceito que as pessoas têm contra quem apresenta transtornos ou deficiências mentais. Portanto, esse é um problema muito comum na sociedade atual, onde tudo é considerado frescura e exagero.
Problemas e deficiências mentais não são brincadeira. São doenças que devem ser levadas a sério e observadas por amigos e familiares, afinal, uma pessoa não inventa que está com depressão ou que sofre com ansiedade
Por isso, a fobia que a sociedade tem para com essas pessoas precisa ser revista e discutida. Não podemos ficar calados enquanto pessoas próximas são alvos de preconceitos por outras pessoas.
Significado de psicofobia
O termo “psicofobia” representa um medo exagerado produzido pela mente. Porém, no Brasil, o termo é atribuído ao medo que se tem de pessoas que apresentam algum transtorno mental.
Dessa forma, pessoas com comportamentos psicofóbicos evitam se relacionar ou desacreditam de pessoas com problemas reais.
O que é psicofobia
A psicofobia acompanha séculos de preconceito. Por muito tempo, pessoas com transtornos mentais eram acusadas de praticar bruxaria e possessão, e muitas foram perseguidas e mortas por isso. Com o avanço da ciência, hoje sabemos o que são problemas mentais e como tratá-los.
Assim, a fobia acontece quando alguém com deficiência mental é negligenciada ou chamada de “louca”. Outra maneira é inferiorizar os problemas de uma pessoa que tem, por exemplo, depressão ou pensamentos suicidas.
Portanto, essa fobia psíquica é caracterizada pelo medo de se relacionar com pessoas que apresentam transtornos mentais.
Quais são os alvos da psicofobia?
Qualquer pessoa que apresente um transtorno ou deficiência mental, é alvo de preconceitos oriundos dessa fobia. Por isso, os transtornos mais comuns que recebem o preconceito expressado por atitudes psicofóbicas, são:
- Anorexia e bulimia
- Ansiedade
- Autismo
- Bipolaridade
- Demência
- Depressão
- Esquizofrenia
- Síndrome do Pânico
- Transtorno Obsessivo Compulsivo
- Transtornos Alimentares
Exemplos de psicofobia
Comportamentos psicofóbicos podem ser propositais ou despercebidos. Por isso, precisamos sempre nos atentar com a maneira como falamos com as pessoas, ainda mais com aquelas que apresentam algum transtorno mental. Afinal, o assunto é sério.
Por isso, listamos os tipos mais comuns de atitudes psicofóbicas, que são são:
- “Isso é frescura, vai passar.”
- “Você é louca, precisa ser internada.”
- “Nossa, você é só enxerga doença. Isso é ser hipocondríaco.”
- “Deixe dessa preguiça! Vá arrumar um trabalho!”
- “Nossa, você tem energia demais! Está me irritando você se mexendo toda hora!”
- “Sossega, você não para um minuto!”
- “Isso aí não é depressão. É comodismo!”
As palavras são poder!
Os exemplos citados ilustram o quanto nossas palavras machucam. Afinal, o que dizemos pode afetar de forma significativa a autoestima de alguém. Vivemos em uma sociedade delicada, onde o stress diário nos coloca a ponto de desacreditar de nós mesmos.
É por isso que se você não gostaria que alguém desacreditasse de você, não deveria fazer isso com os outros. Duvidar das condições mentais de um amigo, por exemplo, pode levá-lo à depressão ou agravar um quadro.
Uma vez que nossas palavras possuem muita força, devemos usá-las para construir relacionamentos e ajudar pessoas. Assim, eleve a autoestima de alguém. Faça um elogio. Não se afaste porque a pessoa está com um problema. Ou seja, esteja presente e ajude!
E, atitudes também são poderosas!
Além das palavras, nossas atitudes dizem muito sobre quem somos. Portanto, ser aquilo que mostramos é importante. Não adianta dizer que você é uma ótima pessoa, sempre pronta a escutar os outros: seja essa pessoa.
Não minimize, não duvide, não questione. Você pode ser uma pessoa muito importante para alguém que possui algum transtorno. Mande mensagens, telefone, mostre que a pessoa é importante para você e que está tudo bem sobre o problema que ela está enfrentando.
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Mostre para essa pessoa que ela pode contar com você! Não seja uma pessoa psicofóbica com quem você ama.
Psicofobia e a Covid-19
O isolamento social causado pela pandemia do vírus da covid-19 em todo o mundo foi um estopim para o aumento de casos de depressão. Não apenas isso, mas muitas pessoas também recorreram ao suicídio durante o isolamento.
A internet tem muitos exemplos de comportamentos psicofóbicos durante a crise enfrentada entre os anos de 2020 e 2021. E, ela mesma, é um dos maiores propagadores de atitudes preconceituosas por meio das redes sociais.
A lição que podemos tirar dessa situação é: até que ponto fomos agentes causadores de mudanças negativas? Até que ponto nossos comentários nas redes sociais prejudicaram alguém?
Preconceito, não!
Devemos buscar evitar o preconceito contra pessoas que apresentam transtornos mentais. Isso é necessário porque o preconceito, na maioria dos casos, atrapalha o tratamento e piora o quadro do paciente.
O preconceito pode levar um paciente a surtar, mesmo que ele não apresente nenhum risco e tenha seu estado controlado com observação e remédios. Quando surta, uma pessoa fica fora de si e não consegue responder por seus atos.
Por causa da rotulação e do preconceito, as pessoas deixam de buscar ajuda. Elas ficam com medo e com vergonha de como serão vistas. Isso faz com que tratamentos não sejam eficazes e que muitas pessoas recorram a tratamentos errados ou ao suicídio.
12 de abril, dia de combate à psicofobia
No dia 12 de abril celebra-se o dia de combate à psicofobia. A data está em vigor desde fevereiro de 2016, e foi criada pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Este dia, além de lembrar sobre o perigo de comportamentos psicofóbicos, é um alerta para que cuidemos da nossa saúde mental.
Conscientização e combate à psicofobia
Combater essa fobia é necessário e urgente. A principal maneira de fazer isso é conversar sobre esse mal e conscientizar as pessoas.
Fazer piadas, diminuir os problemas, desacreditar do outro, são atitudes psicofóbicas. Pensamos que não, mas cada vez que praticamos isso, estamos prejudicando o tratamento de uma pessoa que precisa de ajuda.
Temos que ser mais abertos e mais conscienciosos. Com rotinas como as que temos hoje, com as redes sociais interferindo na nossa saúde mental, é imprescindível que possamos nos ajudar e estar atentos ao que acontece ao nosso redor.
Considerações finais
Estamos tão acostumados com as máscaras que a internet coloca nas pessoas, que não levamos mais o outro a sério. Afinal, é mais fácil fazer piada ou desacreditar de uma condição do que efetivamente prestar ou oferecer ajuda.
Todos, em algum momento, temos algum pensamento ou atitude psicofóbica. Alguns de nós tem consciência do que faz, mas a maior parte não. E, pior, é uma atitude premeditada. Então, como ajudar o próximo, que pode ser uma pessoa que você ama, se você não desarma seus
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O mundo está recheado de pessoas que pregam discursos de amor e de solidariedade. Mas o quanto essas pessoas praticam o que dizem? Que tal começar olhando ao nosso redor e revendo nossas atitudes? Estamos ajudando o próximo ou o enclausurando ainda mais?
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