Carl Jung é conhecido por suas contribuições significativas à psicanálise e psicologia analítica, expandindo seus horizontes com um vasto conjunto de ideias.
Ele desenvolveu uma metodologia pessoal de estudo para alcançar os resultados que sua mente brilhante considerava possíveis.
Hoje, vamos explicar o que é Psicologia Analítica, destacando três características principais e três técnicas bem utilizadas.
O que é Psicologia Analítica?
A Psicologia analítica se trata de um meio de busca terapêutico baseado nos ensinamentos de Carl Gustav Jung.
Ele e os pós-junguianos se empenharam como contribuintes no resgate daquilo que seria a essência humana.
Ou seja, o trabalho desse método terapêutico é fazer com que uma pessoa viva da forma como ela é.
Também chamado de terapia de orientação junguiana, o trabalho de Jung busca a união da consciência com os aspectos inconscientes.
Dessa forma, a terapia poderia criar o equilíbrio necessário entre os mundos externos e internos da psique humana.
Como ela funciona?
A Psicologia analítica atua de modo a levar paciente e terapeuta a unir esforços para chegar ao entendimento da solução.
Logo os dois atuam juntos na busca pela real essência do indivíduo.
Nesse contexto, o paciente estará livre para falar o que bem entender, comentando qualquer situação que ele acredite precisar de análise.
Por sua vez, o terapeuta tentará entender os símbolos da situação e como isso é representado pelo visitante.
Assim, o paciente poderá entender mais de si e como sua presença interfere no mundo.
A interpretação de símbolos pelo terapeuta visa superar o óbvio.
Ao se desprender do olhar superficial, o especialista consegue entender como a situação está se processando.
Essa compreensão é alcançada através da análise de vivências passadas, experiências, conceitos, preconceitos, crenças, e outros aspectos relevantes.
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Características
Carl Jung se desprendeu dos meios convencionais pelos quais a Psicanálise estava sendo levada até ali.
Dada à sua forma única de olhar a vida, não é de se estranhar que o método leve as digitais do seu criador, começando por:
1. Flexibilidade
O trabalho junguiano se desfaz totalmente da rigidez presente em outros meios terapêuticos.
Isso significa seguir os caminhos e movimentos da estrutura psíquica de um paciente, respeitando suas raízes.
Dessa forma, a terapia não é nem um pouco linear.
2. Restauração
Em síntese, a proposta de Jung opera de forma espiralada, retornando sempre que necessário ao que foi discutido.
Questões abertas no início da terapia podem ser revisitadas em outro momento para receber novas perspectivas de análise.
3. Simbolismo
As experiências simbólicas vividas por todos são muito importantes ao trabalho em consultório, evitando-se focar na individualidade.
Finalidade
O trabalho da Psicologia analítica contribui para o entendimento das causas de determinados sentimentos, emoções e comportamentos.
Por meio das dinâmicas inconscientes que existem em cada uma dessas instâncias transformamos nosso relacionamento conosco e com o mundo.
A integração de conteúdos inconscientes ao nosso Eu permite o aprendizado a partir da observação pessoal e das outras pessoas.
Logo, deixamos de lado o ato de julgar para que possamos aceitar o outro sem discriminação. Assim, mudamos a forma de agir que costumávamos ter até então.
Ainda que não seja possível mudar eventos passados, o simbolismo dessas experiências pode se remodelar e ressignificá-las.
Desse modo, uma mudança bastante positiva e transformadora em nossa postura pode acontecer.
Técnicas
O trabalho da Psicologia Analítica se destacava por muitas vezes contrapor o que era estabelecido na Psicanálise.
Uma vez que se propunha a fazer diferente, nada mais justo do que construir sua própria narrativa para iniciar o seu trabalho.
Embora sejam simples, algumas das técnicas de trabalho se mostraram eficazes, como:
1. Desfazer-se do divã
Tão comum na terapia, aqui ele não era mais necessário, pois desviava a atenção do paciente do terapeuta.
No trabalho junguiano, é necessário o confronto direto e mais pessoal para formar relações em vez de se distrair olhando o teto.
O analista deve ser aberto com as informações que recebe.
2. Análise dos sonhos
Jung defendia que os sonhos são produtos psíquicos que carregam uma mensagem do inconsciente, sendo essenciais à psique.
Segundo Jung, há um propósito em trazer esses conteúdos para serem elaborados conscientemente por meio de uma visão mais ampla.
3. Camadas inconscientes
Conforme nos aprofundamos no inconsciente encontramos duas camadas, sendo a primeira de experiências esquecidas e a segunda de instintos da humanidade.
No trabalho de Jung, se cria uma ponte com o inconsciente para que possamos nos tornar pessoas mais desenvolvidas.
Comportamento do terapeuta
Na Psicologia analítica, o terapeuta deve ser muito participativo durante as sessões. Para um trabalho eficaz, ele precisa ouvir atentamente e fazer observações que estimulem a reflexão do paciente.
De acordo com Jung, a interação genuína entre o terapeuta e o paciente é fundamental para o sucesso da terapia. A conexão verdadeira entre as duas partes é o principal fator para o bom desenvolvimento do processo terapêutico.
Portanto, o relacionamento terapêutico é crucial para a condução eficiente da terapia.
Quando a Psicologia analítica é necessária?
A Psicologia analítica é útil para qualquer pessoa que sinta que seu bem-estar está comprometido. A terapia pode ajudar a lidar com pensamentos negativos, emoções conflitantes e estresse.
Ela é eficaz para quem quer mudar sua realidade e crescer pessoalmente, revisitando e ressignificando aspectos da vida. O autoconhecimento adquirido na terapia traz mais tranquilidade em diversas áreas da vida.
Além disso, a terapia permite remodelar a personalidade, trabalhando em defeitos, bloqueios e qualidades desejadas. Ao analisar influências externas sobre o Eu, é possível transformar crenças limitantes e revelar sua verdadeira essência.
Considerações finais sobre Psicologia analítica
A Psicologia analítica tem se mostrado eficaz na reformulação da postura dos pacientes em consultório.
Com base nas ideias de Carl Jung, temos a oportunidade de alcançar nossa melhor versão.
Embora o caminho até lá possa ser desafiador, dispomos das ferramentas necessárias para superar qualquer bloqueio que surja à nossa frente.
Ademais, mostrar os benefícios da relação e participação do paciente e terapeuta ajuda a quebrar a imagem de distanciamento.
Mais do que analista e analisado, ambos são parceiros na busca por entendimento e evolução pessoal da verdadeira essência.
Não apenas o visitante sai ganhando, como também o terapeuta adiciona à sua bagagem vivências inspiradoras e de auxílio coletivo.
Outro caminho para se chegar ao mesmo destino de evolução pessoal é o nosso curso online de Psicanálise.
Através de nossas aulas você será capaz de mergulhar na própria essência, resgatando o seu autoconhecimento e o seu potencial de crescimento.
Tal como a Psicologia analítica, o nosso curso de Psicanálise é uma chave acessível e universal para entendermos e aprimorarmos nossa essência!