Psicologia do Esporte: o que é, como atua?

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A Psicologia do Esporte é uma área secundária da Psicologia, portanto é pouco conhecida. No entanto, é fundamental para o entendimento e auxílio dos profissionais do esporte.

Vamos conhecer um pouco mais dessa profissão, seus objetivos, contexto histórico e quem são os profissionais atuantes.

O que é a Psicologia do Esporte

A Psicologia do Esporte é considerada uma área interdisciplinar da Psicologia e das Ciências do Esporte.
No ramo esportivo, faz-se necessário a atuação de um profissional que enxergue os diferentes tipos de comportamentos dos sujeitos envolvidos nas atividades esportivas.

Ao longo das décadas, esportes de massa como futebol e basquete se beneficiaram de técnicas e táticas que exigem mais do físico do(a) atleta.

No entanto, a comunidade acadêmica acredita que o acompanhamento psicológico é necessário para um melhor rendimento nas competições.

Assim, o profissional deve conhecer os principais conceitos da Psicologia. Ou seja, obedecer a um rigor metodológico para trabalhar com atletas. Esses trabalhos envolvem:
*Aconselhamentos;
*Prevenção de lesões;
*Acompanhamentos em exercícios físicos, para melhorar a saúde física e mental.

Pequeno contexto histórico da Psicologia do Esporte

A trajetória da Psicologia do Esporte inicia na Idade Antiga, com os filósofos Platão e Aristóteles. Além de política, eles discutiam sobre o corpo humano, seus movimentos e percepção sensorial e motora, bem como as suas funções, benefícios e objetivos.

Platão criou a teoria política, que engloba três tipos de caráter, que moldam as vidas das pessoas. De outro lado, também refletiu sobre o corpo. Neste caso, o caráter em questão é o Caráter Irascível.

Segundo Platão, nas pessoas dotadas dessa qualidade, prevalecem a ira e a cólera, a agressividade e a força. Assim, tais características estariam mais presentes no coração e seriam ideais para um soldado, por exemplo.

Ademais, essas características foram encontradas, principalmente, no exército de Esparta, cujos homens passavam por um treinamento rigoroso. Por isso, eram bastante comprometidos com o grupo. Esse foi um dos motivos que levaram a vitória de Esparta contra Atenas, na guerra do Peloponeso, de 431 a.C a 404 a.C.

Desenvolvimento no final do século XIX

Ao longo dos séculos, pouco se estudou sobre o vínculo entre o movimento do corpo e o estudo da mente. Apenas no final do século XIX alguns estudos comprovaram os efeitos da prática esportiva:
*Contribui para o desenvolvimento da capacidade de compreensão da realidade;
*Promove melhores julgamentos diante de ambientes diversos;
*Permite uma adaptação mais célere com o convívio com diferentes personalidades.

Assim, os estudos que relacionam a influência do aspecto psicológico ao desempenho de atletas em modalidades esportivas se desenvolveu paralelamente ao da própria Psicologia como uma ciência autônoma.

Como consequência, os primeiros escritos têm autoria atribuída a especialistas que não eram necessariamente do ramo da psicologia. Temos entre eles, jornalistas, educadores e atletas.

Desta forma, estes especialistas ainda não tinham base científica suficiente para relacionar com clareza essas variáveis. Todavia, estes estudos foram importantes para formar a estrutura teórica que serviram de base para os futuros intelectuais.

Investimento dos estudos pelo mundo

O primeiro a se debruçar sobre a relação entre os benefícios do esporte com o desenvolvimento de uma mente sã foi T. Lee, em 1901. Ele ressaltou que o sucesso de um atleta tinha relação com o seu controle emocional.

Assim sendo, o segredo do ganho de massa muscular, perda de gordura e controle na alimentação estavam atrelados fortemente a uma mente saudável.

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    Países como Alemanha e União Soviética passaram a financiar psicólogos e criar institutos que publicassem estudos acerca desse tema. No entanto, a academia considera o americano Coleman Griffith, o pai da Psicologia do Esporte. Ele foi o primeiro professor a lecionar um curso nesta área, em 1923.

    Depois disso, a Universidade de Illinois criou o primeiro laboratório de Psicologia do Esporte dois anos depois.

    Desde então, a Psicologia do Esporte passou a ser fortemente pesquisada e desenvolvida nas universidades e centros esportivos ao redor do mundo. Especialmente em países que já tinham uma tradição em esportes olímpicos, como a Tchecoslováquia, EUA e Alemanha.

    Psicologia do Esporte No Brasil

    Primeiramente, a Psicologia Esportiva surge no Brasil, em 1979, com um enfoque clínico e educacional. Ademais, neste ano é fundada a Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, Atividade Física e da Recreação (SOBRAPE).

    Logo, o país é destaque na América Latina, pelo grande número de estudos publicados na área. Além disso, destaca-se também pela criação de laboratórios de Psicologia do Esporte, situados, principalmente, na região sul do Brasil.

    A disseminação dessa área coincide em certo ponto com a popularidade do futebol, que ocorreu a partir dos anos 50. Isso porque o futebol é um dos esportes mais praticados entre os brasileiros.

    Relação da Psicologia do Esporte com áreas correlacionadas

    A Psicologia do Esporte é uma ciência estudada em diferentes cursos. Nos cursos de Educação Física, a Psicologia do Esporte consta como matéria obrigatória há mais de três décadas. Por outro lado, nos cursos de Psicologia, ela consta apenas como disciplina eletiva.

    Dada tal dificuldade em especialização, apenas algumas universidades dispõem de mestrado e doutorado nessa área. Como resultado, poucos profissionais se formam nesse ramo.

    Atuação do Psicólogo do Esporte

    Sendo assim, quais os espaços que podemos enxergar o campo de atuação desse profissional no meio esportivo?
    O Psicólogo pode ingressar como:
    *Professor;
    *Pesquisador;
    *E/ou como consultor.

    Haja vista que ele irá se tornar um integrante de uma equipe. De maneira que, é importante que o terapeuta não se coloque como alguém acima dos demais, detentor único do conhecimento.

    Portanto, ele é alguém que conhece profundamente as pessoas com as quais ele irá atuar. Por isso é capaz de detectar suas fraquezas, seus desejos e ansiedades.

    O futebol é um esporte que tem como atletas jovens, geralmente, oriundos de famílias desfavorecidas, desestruturadas. Logo, o psicólogo deverá agir no sentido de auxiliar os atletas a desenvolverem confiança e conhecimento do papel que eles ocupam naquela organização.

    À vista disso, não só o aconselhamento, mas também o auxílio à recuperação física e mental do atleta. Especialmente, aqueles que possam oferecer alguma resistência, por algum motivo que só este profissional será capaz de descobrir.

    Considerações Finais

    Diante do exposto, entendemos que a Psicologia do Esporte é um ramo essencial para o acompanhamento dos atletas profissionais e amadores. Por isso, não perca a oportunidade e se matricule no nosso curso online de Psicanálise clínica para aprofundar seu conhecimento nessa e em outras áreas.

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