Psicopatia infantil: significado, causas e tratamentos

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Diariamente, somos expostos a situações bastante desagradáveis envolvendo psicopatas e as atrocidades que causam. Entretanto, acabamos esquecendo que isso advém da sua infância, sendo o resultado progressivo de uma patologia psíquica. Saiba o que é psicopatia infantil, quais as causas e como tratá-la, se possível.

O que é psicopatia infantil?

A psicopatia é uma doença psíquica onde o enfermo possui diversos comportamentos antissociais. Isso inclui atitudes amorais e a falta de demonstração de remorso ou arrependimento por suas atitudes. Como o diagnóstico só pode ser feito em indivíduos acima dos 18 anos, em crianças é chamado de transtorno de conduta.

Contudo, não é totalmente errôneo afirmar a existência da psicopatia infantil. Isso porque a psicopatia não é um fenômeno sem história ou de aparição espontânea em algum momento da idade adulta. Ela começa ainda na infância, canalizando através de sentidos infantis tudo o que pode fazer na vida do doente e dos demais.

Se adentrarmos na vida de um psicopata ainda na infância, podemos perceber certos movimentos bastante perturbadores. Normalmente, uma criança interage com o mundo a fim de captar novas impressões para aprender, sabendo sobre certo ou errado. Já um psicopata ignora isso, bem como a dor que causa, demonstrando pouca afinidade sentimental com o objeto de tortura.

Causas

Até o momento, as causas da psicopatia infantil permanece pouco esclarecidas. Muito se especula através de teorias parciais, embora não sejam completas. Algumas teorias apelam para o lado biológico, afirmando que anomalias no cérebro provocam o problema. A deformação nas amígdalas pode ser um catalisador do problema.

Por outro lado, especialistas defendem que uma infância de maus-tratos influencia bastante no quadro. Segundo eles, o que deveria ser uma construção de um indivíduo acaba por ser tornar uma perversão do mesmo. Sua jornada ao crescimento permanece, mas os ingredientes são invertidos. Como resultado, nutre uma forte apatia por qualquer noção de afeto.

Também há os que defendem um misto das duas teorias, complementando o estudo do problema. A genética permitiria uma anomalia que causasse a falta de empatia e de emoções importantes. Ademais, a educação que recebe, junto com o ambiente em que vive, também contribuiriam para a doença. Esses ingredientes levariam um indivíduo a desafiar a legalidade.

Características

As características abaixo são percebidas de forma muito superficial em quem tem psicopatia infantil. Por isso, é preciso um estudo mais detalhado da situação do menor, visto que a certeza é indispensável na hora de diagnosticar um indivíduo. Ainda assim, é bom ficar atento. Mesmo que não se trate de um transtorno de conduta, tais atitudes devem ser trabalhadas e corrigidas:

Narcisismo

Não existe o que os outros ou a sociedade pensa, mas, sim, o que ele acredita. Psicopatas ignoram qualquer norma existente, fazendo e construindo sua própria conduta. Eles são a lei porque se veem além dos que os outros impõem e acreditam.

Falta de empatia

Há um desapego total com qualquer emoção alheia. Psicopatas não se importam com que os outros sentem, demonstrando desinteresse em entender qualquer tipo de emoção. Graças a isso, são impossibilitados de criarem qualquer vínculo emotivo verdadeiro.

Ausência de culpa

Psicopatas infantis ignoram o mal que provocam nos outros. Seu potencial destrutivo é infinitamente maior do que qualquer sinal de arrependimento. Isso acontece porque racionalizam com extrema facilidade o que fizeram em um ambiente. Como resultado, acabam ignorando a responsabilidade de suas ações.

Manipulação

Mesmo que não se importem com emoções, conseguem simulá-las a fim de obterem o que querem. Isso acontece quando são descobertos e querem se livrar de qualquer consequência. A mentira e manipulação se tornam seus subterfúgios, já que insistem nelas até que sua história convença.

História

A psicopatia infantil já fez diversas vítimas ao longo da história. Um dos casos mais recentes e chocantes aconteceu em 2014 nos EUA, com o assassinato de Payton Leutner. Após as investigações, e com o relato da própria vítima antes de morrer, suas duas colegas a esfaquearam 19 vezes. O trio tinha 12 anos cada na época do crime.

As acusadas Morgan Geyser e Anissa Weier afirmaram à polícia que o assassinato de Payton faria parte de um tributo. A morte da garota serviria para “agradar” Slenderman, uma lenda urbana da internet surgida nos anos 2000. Durante meses, as garotas planejaram o assassinato da vítima, bem como escolhendo um lugar para realizar o ato.

Quando perguntada, Morgan afirmou ser estranho não sentir remorso pela atitude. Segundo a investigação, desenhos perturbadores foram encontrados na sua casa, além de mensagens macabras e até bonecas com membros decepados. As garotas possuíam uma percepção distorcida da realidade, bem como do certo e errado e da dor que causaram.

Tratamento

Infelizmente, o tratamento para a psicopatia infantil tem chances limitadas de sucesso. Em casos mais complicados, por exemplo, especialistas indicam não nutrir quaisquer expectativas. Já em situações de menor agravo, eles indicam a existência de convivência razoável entre a criança e os demais.

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    Não existe até o momento um tratamento 100% eficaz que faça com que a criança se torne alguém íntegro. A lealdade ou qualquer outro aspecto oposto à psicopatia infantil é dificilmente ensinado. Contudo, perceber a existência de indícios e trabalhar no ambiente em que ela vive pode amenizar qualquer impulso.

    Pode parecer perturbador descobrir esse tipo de quadro em alguém tão pequeno. Entretanto, é preciso intervir assim que os sinais começam a surgir. A psicopatia infantil ou transtorno de personalidade abre as portas para algo destrutivo e bastante perigoso no futuro.

    Desde sempre, se mantenha perto de seus filhos, observando suas atitudes e determinados comportamentos. Tente direcionar esses impulsos a algo construtivo, moldando positivamente a mente da criança. Além disso, jamais abra mão de uma ajuda especializada. Por vezes, um diagnóstico completo do transtorno nos ajuda a tomar uma diretriz melhor.

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