O que são psicopatologias e como os especialistas as diagnosticam e tratam? Neste artigo, vamos fazer uma síntese sobre as principais psicopatologias.
Desde Freud, fortaleceram os estudos sobre a somatização, isto é, sobre como sintomas psíquicos modificam o organismo humano e acarretam doenças físicas.
As psicopatologias e os processos psicossomáticos
Hoje em dia é grande o número de acometimentos de doenças que trazem grandes transtornos para o indivíduo. A maior parte delas é de cunho psicológico. São várias patologias orgânicas desenvolvidas por processos psicossomáticos, ou seja, as psicopatologias.
Mas, sem dúvida nenhuma das que trazem diretamente problemas de ordem psíquica são muito mais relevantes. Isto se dá pelo fato de que algumas trazem transtornos tanto para o indivíduo, família e sociedade.
Às vezes, tratamentos mais complicados, precisam ser descobertos. Assim, poderá se adentrar na psique humana e desvendar a origem da desordem.
Os profissionais responsáveis por tratar as psicopatologias
São imprescindíveis para auxílio na compreensão da origem das disordens psíquicas:
- o psicanalista: profissional formado em um Curso de Formação em Psicanálise;
- o psicólogo: profissional formado em uma faculdade de psicologia;
- o psiquiatra: médico com especialização em tratamentos de transtornos da mente.
O trabalho deles se configura como uma tarefa árdua, mas imprescindível para os sujeitos e a sociedade.
Diversos tipos de psicopatologias
Várias podem ser as abordagens para resolver ou minimizar os conflitos advindos da psique, pois cada psicopatologia tem sua peculiaridade. Consequentemente, possui um tratamento específico.
Podemos citar aqui o caso da Esquizofrenia que após ser muito estudada entrou num consenso de sua subdivisão.
Ela pode ser:
- paranóide
- hebefrênica
- catatônica
- indiferenciada
- residual etc.
Ainda contamos com o transtorno esquizofreniforme e o esquizoafetivo. Em todos os seus subtipos as recidivas são constantes por se tratar de uma certa cronicidade dos quadros. Portanto, a necessidade da continuidade do tratamento proposto é melhor sendo com uma equipe multiprofissional.
As psicoses e seus sintomas
Os sintomas psicóticos podem decorrer de tensões psicológicas de patologias cerebrais e orgânicas, ou de interação das duas. Por isso, as perturbações psicóticas são divididas em duas categorias gerais.
São as psicoses funcionais e psicoses orgânicas, de acordo com o fato de haver ou não uma patologia cerebral demonstrável e ligada a doença.
Dividimos as psicoses funcionais em quatro tipos ou agrupamentos básicos: reações esquizofrênicas, reações paranoides, reações afetivas e reações psicóticas involutivas.
Não se pode confundir psicose com conflitos psicológicos. Por exemplo, na impotência e frigidez, esses fatores podem insurgir causando transtornos da personalidade. Mas, são de outra origem como por exemplo fadiga, preocupação, stress e outras doenças que podem afetar a sexualidade temporariamente.
Ou seja, fatores tais como o medo, falta de afinidade emocional com o par sexual, satiríase e ninfomania, violação, homossexualidade e etc.
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A relação da sexualidade com as psicopatologias
Distúrbios de conduta relacionados à sexualidade podem se tornar psicopatologias se não forem tratados a tempo. Além de alguns serem considerados crimes pela justiça, como a pedofilia, eles causam grandes prejuízos para quem os vivencia.
Muitas vezes, as pessoas que apresentam esses distúrbios não agem de acordo com eles por reconhecerem que se trata de um desvio. Assim, elas sofrem por não entenderem a causa desses sentimentos.
É na Psicanálise que, muitas vezes, conseguem entender o motivo pelo qual os fizeram a ter tal conduta. Muitas são tratáveis e outras são mantidas num contexto mais aceitável. Quando estes desvios se tornam excessivos, podem trazer dificuldades de convívio em coletividade. Sendo assim, podem se transformar em uma psicose propriamente dita.
A precocidade sexual é, sem sombras de dúvidas, uma condição favorável a tais desvios. Uma criança precoce é normalmente sensível a presença do sexo oposto antes da puberdade. Haja estabelecido nela os canais normais do desejo sexual, está particularmente propensa a converter-se em presa das extravagâncias do simbolismo.
As questões do humor
Ao explorar os transtornos de humor, podemos citar vários, como a depressão, que é conhecida como o mal do século. A ansiedade, que é uma resposta bio-psicológica normal, comum não só nos humanos, mas em outros animais.
Ela mantém a função biológica de promover um estado de alerta mais aguçado. Assim, leva o indivíduo a se preparar antecipadamente para enfrentar uma possível ameaça à integridade física.
Outro estado similar, é o medo que se difere da ansiedade por ser direcionado à algo conhecido. O mundo em que vivemos, muito globalizado, consumista, e com grande inversão de valores, está com certeza fazendo com que mais pessoas se sintam ansiosas.
Temos que acompanhar o desenvolvimento ditado por uma sociedade que não oferece a todos as mesmas oportunidades. Com isso, arrumam-se muitos conflitos na personalidade por auto afirmação, reconhecimento, enfim, por situações muitas vezes não condizentes com a realidade do sujeito.
Daí começam as cisões de humor. Elas podem levar a algum desajuste emocional. Consequentemente, trazer à tona certas psicopatologias e neuroses.
Conclusão
Enfim, cabe ao profissional de saúde, e áreas afins, ter a sensibilidade de entender as psicopatologias que afetam a saúde bio-psíquica-social-biológica. Ele poderá encaminhar e orientar o sujeito a adesão ao tratamento psicoterapêutico para tratamentos de neuroses, psicoses, perversões e etc.
Caso haja a necessidade de associar os tratamentos psicoterapêuticos com os farmacológicos, ocorrerá uma abordagem multiprofissional. Isto é, ela trará um melhor resultado para o sujeito, se aderida.
Este artigo foi exclusivamente criado por Fabiana Amorim, para o blog do Curso de Formação em Psicanálise Clínica.
One thought on “Psicopatologias na abordagem da Psicanálise”
Olá, meu comentário não é necessariamente sobre este pots, que alias esta muito bem explicativo, parabéns. Gostaria de saber como podemos pensar a psicopatologia a partir do conceito de recalque em Freud. Grata